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Desvairados e absurdos

por Manuel_AR, em 19.06.14

Tendo em conta as declarações atabalhoadas de Poiares Maduro quanto às declarações prestadas sobre o ACÓRDÃO N.º 468/2014do Tribunal Constitucional divulgado ontem mostra que os propósitos do está empenhado em criar crises institucionais a vários níveis e entrou no domínio do desvairo e do absurdo e já chegou também ao Presidente da República a partir do momento em que o primeiro-ministro faz publicamente declarações sobre o que ele deveria fazer antes do próximo Orçamento de Estado.

Durante o encontro do Partido Popular Europeu que decorre em Vilamoura, aos pedidos de comentário às decisões do Tribunal Constitucional Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão, afirmou: "Ensinaram-me a não comentar nunca as decisões dos tribunais constitucionais, porque nós também temos na Alemanha um Constitucional".

Mas nós, aqui em Portugal, temos uns importantes e talentosos pensadores que andam por aí e não ouvem estes recados.

Surgiu agora há algumas semanas, às quartas-feiras, no Jornal i uma página inteira com a opinião (diria antes propaganda ao Governo) de Feliciano Barreiras Duarte, deputado do PSD, eis secretário de Estado Adjunto do Ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares que Miguel Relvas foi buscar em 2011 para seu adjunto. É jurista e professor na Universidade Lusófona. Sem querer colocar em causa a sua competência, estamos clarificados.
Não quero colocar em causa o pluralismo daquele órgão de comunicação social, mas uma página inteira em que três colunas são de opinião e o resto meras considerações e pensamentos propagandísticos é demais.  

Claro que, ao lermos as opiniões de mais um iluminado pensador, não estranhamos que chame ao Tribunal Constitucional o tribunal do setor público porque, segundo ele, "As múltiplas decisões que o Tribunal Constitucional tem tomado, tem vindo a alimentar uma ideia clara de que é normal que o Tribunal Constitucional seja o tribunal do sector público e dos reformados portugueses...". É insistir no absurdo. O porquê do absurdo? Porque é absurdo que as medidas tomadas têm sido sempre, e apenas, sobre os mesmos visados, os atrás referidos. Logo, tem que ser sobre aqueles sectores que o T.C. se tem que pronunciar.
Que outras medidas foram tomadas, que não sobre o sector público e reformados, que pudessem ser inconstitucionais e postas em causa pelo T.C.?

Entretanto o Partido Socialista está absorto com os seus problemas deixando para o PCP e Bloco de Esquerda as oposições do costume.

A oposição do PS deixou d e ser assertiva, se é que alguma vez o foi, com a atual direção.

Será que estamos todos no domínio do desvairo e do absurdo?

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publicado às 20:52

O nosso agente em Portugal Vitor Gaspar

por Manuel_AR, em 02.05.13

 

 

 

 

Recordo-me de um filme baseado na obra de Graham Greene, “O nosso agente em Havana”. Era uma comédia que tratava de um conflito entre regimes em Cuba que leva os serviços secretos ingleses a contratarem um inesperado espião: um vendedor de aspiradores à beira da ruína. Em Portugal também temos um agente infiltrado e o enredo é mais um drama do que uma comédia.

Têm chamado a Vítor Gaspar um agente da “troika” ou até um funcionário da “troika”. Mas penso que é muito mais do que isso, é um agente infiltrado da política alemã e do seu ministro das finanças Wolfgang Schäuble de quem é amigo e segue à risca as instruções de Angela Merkel que vai dizendo o que deve ou não ser feito em Portugal. É por isso que Vítor Gaspar, agente duplo, não altera em nada o rumo que está a seguir. Seguindo escrupulosamente as missões que lhe são incumbidas, prepara a sua carreira profissional para outros voos.

Em abril passado o ministro alemão das Finanças, em declarações ao Bayerischen Rundfunk, tv e rádio da Baviera - serviço público de radiodifusão, pediu novas medidas ao Governo português.

De acordo com o ministro das Finanças alemão, "Portugal tem feito grandes progressos nos últimos anos (...) e está prestes a ganhar acesso aos mercados financeiros", mas o país tem agora responder à decisão do Tribunal Constitucional com novas medidas.

É de notar que numa classificação liderada por Wolfgang Schäuble, em novembro de 2012, Vítor Gaspar deu um salto no “ranking” dos ministros das finanças realizado pelo “Financial Times”. De 18º, o ministro das Finanças português surge, este ano, na 10ª posição, logo atrás de três estreantes: Steven Vanackere (Bélgica), Vittorio Grilli (Itália) e Peter Kazimir (Eslováquia). 

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publicado às 20:31


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