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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
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Os partidos da direita estão alerta com tudo o que possam aproveitar para obtenção de mais uns votinhos aqui e ali nas próximas eleições legislativas. Até a Câmara de Lisboa serve para o propagandismo eleitoral. Os socialistas e António Costa sabem o que os espera até lá.
Luís Rosa, desde que assumiu a função de diretor do Jornal i, não mudou em nada as suas convicções liberais (ou neoliberais?) e antissocialistas. Não tinha que mudar, é certo, o que, aparentemente, poderá significar coerência política. Entrar numa síndrome do tudo quanto vem à rede é peixe para atacar o que venha dos socialistas e de António Costa não revela muita isenção. Como já seria de esperar o alvo é António Costa a propósito do orçamento da Câmara Municipal de Lisboa para desviar as atenções do Orçamento de Estado 2015 apresentado pelo Governo
No editorial de hoje no Jornal i, jornal que passou para a posse de capitais angolanos, e ainda bem porque o salvaram, Luís Rosa queixa-se do aumento de impostos através de taxas da Câmara de Lisboa. Todos nós no queixaremos sempre destas, e de outras taxas e impostos também criados pelo governo de terrorismo social de Passos Coelho.
Luís Rosa faz ginástica para demonstrar que também nesta gestão da câmara houve aumento de impostos e taxas. Para ele há uma taxa que, sobremaneira, vai afetar o turismo em Lisboa que é a taxa de 1 euro, que transforma em 7 euros, devido pelo desembarque e pelas dormidas por cada turista estrangeiro, que, diz, "vai afetar a competitividade do setor que tem vindo a crescer".
Sejamos claros, será que 1 euro a mais pago por um turista estrangeiro que nos visita vai pôr em causa a competitividade? Para o nível de vida e o poder de compra de quem nos visita mais ou menos 1 euro (é mesmo 1 euro) não terá a mínima importância na despesa total de gastos.
Não tenhamos dúvida os preços dos hotéis que são os mais baixos de outras capitais da europa continuarão a sê-lo sem quaisquer dúvidas e qualquer estimativa honesta não apontará para o prejuízo do crescimento do turismo em Lisboa. Nem no turismo da classe baixa e média e muito mesmo no turismo da classe alta vai ter reflexos no que respeita à competitividade. Tudo isto são criações imaginativas para persuadir crédulos.
Não defendo taxas nem taxinhas nem as decisões tomadas nestas matérias mas, colocando-nos numa posição isenta vemos que nem mesmo os reformados que nos visitam durante a época baixa, a quem nos seus países não cortam reformas e pensões, irão sentir o peso nos seus orçamentos da estadia em Lisboa conforme nos querem fazer crer. Como se o problema do crescimento estivesse nestas taxinhas como lhe chamam.
A leitura que podemos fazer disto é a da já antecipada campanha eleitoral.
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