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Estamos ainda no rescaldo do debate na Assembleia de República sobre o Estado da Nação. No que respeita ao Governo era o que se esperava, enunciado do que fez e do que pretende fazer com umas pinceladas aqui e ali com cores promocionais, o que é natural nas intervenções dos representantes de qualquer governo em democracia.

Se os discursos de Costa, Carlos César, Augusto Santos Silva e ministro da saúde Adalberto Campos Fernando estavam bem estruturados tendo em vista o pretendido, os da oposição de direita com Luís Montenegro do PPD/PSD, Passos Coelho e Assunção Cristas e Telmo Correia do CDS foram os do repete, repete não saindo qualquer novidade que os portugueses pretendessem ouvir a não ser a lamúria costumeira já deteriorada pelo passar do tempo agarrando-se como gato a bofe aos tristes, lamentáveis, mas inesperados acontecimentos do último mês.

Falam, tentando, como de costume, enganar-nos, conotando factos e com eles forjando mentiras fazendo-as passar por verdades. Tal como Telmo Correia transformou opiniões pessoais sobre o que vai vendo e ouvindo, e procura, sem o conseguir, em verdades. Assunção Cristas fez da sua intervenção numa espécie de chá canasta em que amigas falam das últimas sobre política.

“The revolution is not a tea party” é uma frase de Mao Tse Tung que escreveu num ensaio durante a Revolução Cultural Chines que associo à forma como Cristas faz política, como se fosse uma conversinha em encontros de chá canasta. As intervenções da direita mais uma vez nada de novo apresentaram a não ser a lamúria derrotista e costumeira de casos e casinhos. Assunção Cristas do CDS primou pela repetição do que vinha a dizer durante a semana pretendendo mostrar-se como a aguerrida representante duma direita minoritária agitada e barulhenta à qual António Costa soube responder à altura, desmontando com assertividade o seu discurso. Identicamente o fez Carlos César.

Elogio às medidas tomadas pelo Governo, mas ainda poucas, foram coloridos com alguma oposição por parte das intervenções de Jerónimo de Sousa e Cristina Martins   e de alguns outros deputados das bancadas PCP e BE. Era que se esperava.  

Na minha opinião um deslize, inconveniente na oportunidade foi o de António Costa ao pretender apanhar boleia do PCP e do BE sobre o caso dos despedimentos da PT, agora Altice, fazendo referência menos institucionais a uma empresa privada o que posso tomar por um deslize emotivo. Aqui acompanho Passos Coelho, apenas e só quando afirma que "uma perspetiva muito negativa da visão que um primeiro-ministro tem, numa economia social de mercado, do que é a função do Governo"

Finalmente, quem assistiu a todo o debate do Estado da Nação e viu os jornais televisivos foi confrontado com alinhamentos noticiosos do acontecimento através duma seleção que pendiam mais para a direita e menos relevância para as de António Costa. Escolha seletiva favorecedora das intervenções desastrosas da direita, o que foi evidente. Pretenderam assim relevar mais o discurso da direita do que as intervenções relevantes que desmontavam o que era dito. É assim que vai a nossa televisão. E, na TVI24, claro, o comentário do neoliberal, direitista e admirador de Passos Coelho, António Costa eis diretor do Diário Económico, e sem contraditório, mais uma vez.   

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publicado às 19:15

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O primeiro-ministro o vice-primeiro-ministro e os ministros preocupam-se mais com a propaganda ao governo, com a Câmara de Lisboa e com António Costa do que em governar.

 

E agora Paula Teixeira da Cruz o que vai fazer após arquivamento por falta de provas do inquérito sobre a "sabotagem" do Citius? Pediu desculpa mas o caso era técnico, mas era técnico e não político mas pediu desculpas. Frustrada a intenção de arranjar dois bodes expiatórios forjados através de um relatório interno encomendado o que fazer agora? Aconselha-se uma saída limpa da ministra, talvez?... Ou….

 

Falcatruas e corrupção relativas aos vistos Gold elogiados e fomentados por Paulo Portas. Tábua de salvação para Teixeira da Cruz que está a tirar dividendos políticos que serve de lavagem para a sua imagem. Implicados há-os também no seu ministério, no seu partido e no seu governo. Deve ser com grande mágoa que diz o que já disse em tempo que a justiça é para todos e que ninguém escapa, a impunidade acabou seja para quem for. Grande tábua de salvação para a barraca da reforma da justiça. Lá por dentro deve haver um vale de lágrimas. Falta saber se tudo isto não vai ficar em águas de bacalhau…

 

Cavaco pergunta o que é que os gestores da PT andaram a fazer mas a talvez a aterosclerose o tenha feito esquecer que condecorou um desses gestores, Zeinal Bava, a 10 de junho passado. Mas lá vai lançando para o espaço político a ideias do manifesto de se evitar o desmembramento da PT.

 

Poupanças e austeridade só para alguns. A AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, vai abrir delegações na Coreia do Sul, Equador, Gana, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Finlândia, Noruega e Timor Leste. Via cria uma rede de especialistas, mais uma. Quanto nos vai custar tudo isto? A eficácia é duvidosa e terá sido avaliada. Talvez mais uns tachos para dar empregos a desempregados das famílias da maioria do Governo. P'ra a frente Portugal!

 

Passos Coelho aparece em tudo quanto é sítio debitando discursos comicieiros de pouca envergadura para poder aparecer nos ecrãs das televisões e fala apenas para os seus apaniguados do partidos e da coligação. Será que ainda não se apercebeu que estamos fartos da sua imagem?

 

A saga da família Espírito Santo continua… Até onde não sabemos. Será que irá acabar sem condenações e em prescrições como é habitual para certos senhores privilegiados. Quanto ao BPN o silêncio continua. Será que a Presidência da República decidiu desviar o seu exercício de influência para outros campos que não sejam o Governo e a Assembleia da República?

 

António Costa é criticado por criar as tais taxas e taxinhas nomeadamente a de um euro para as dormidas em hotéis a reverter para um fundo de investimento destinado a melhorar infraestruturas para o turismo. Costa contra ataca e diz que o Governo cobra 12,50 euros por cada embarque dentro do espaço europeu e 23 euros se for para fora do espaço europeu e em cada dormida cobre 4,61 euros relativos ao IVA. E aos turistas também lhes é cobrado 23% de IVA que antes era de 13%. Quem que ganha e quem é que perde a lançar o disco das taxas?

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publicado às 18:39


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