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Pafirizar o país outra vez?

por Manuel_AR, em 21.09.15

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Passos Coelho e a coligação inventaram um novo verbo que é "Syrizar", coisa absurda não só pelo assassínio da língua com a introdução de neologismos absurdos e sem sentido. Assim, seguindo a mesma lógica, também podemos encontrar um verbo adequado para o que a coligação causou em Portugal. O verbo "Pafirizar" resulta de "PaF", acrónimo adotado pela coligação PSD/CDS liderada por Passos Coelho, e que poderá significar a ação que transformou Portugal num país espartilhado, vampirizado, empobrecido e deprimido.

Hoje foi iniciada oficialmente a campanha eleitoral e, pelo andar da carruagem, começa cada vez menos a haver paciência para ouvir as intervenções dos partidos, mas há um que já cansa: o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que a maior parte das vezes fala sem que a maior parte das pessoas o entenda e nada diz o que irá fazer se for novamente governo. Discute o programa dos outros sem apresentar o seu. Mais parece estar a dar aulas de formação à moda antiga em que o formador fala… fala… fala cansando o seu auditório. Talvez lhe tenha ficado o jeito que dos tempos da formação na Tecnoforma.  

Explica… explica… explica… mas não convence a não ser os seus eleitores fixos e tradicionais. Quando faz as suas preleções do tipo mestre-escola, com uma voz abaritonada, o que me vem à memória são as "cantigas" que cantou antes de ganhar as eleições passadas para atrair votos e gerar simpatias e que, depois durante estes exaustivos e cansativos anos de governação, desafinou com armadilhas e embustes sucessivamente desmascarados.

O argumento mais utilizado é o de encontrámos um país a braços com a troika, mas não diz que contribuiu para o memorando que ajudou a negociar e que Eduardo Catroga, na altura o coordenador do programa eleitoral do PSD, reiterou a importância da "influência social-democrata no acordo com a "troika". Quem quer que na altura tivesse ido para o governo, sem radicalismos, teria feito muito melhor ao país sem a destruição social e económica há muito premeditada pelos ultraliberais infiltrados no PSD a que se juntou depois o CDS.

Se Portugal está mal os únicos responsáveis são o PSD e o CDS da coligação PaF que agora se apresenta com pretensões de ganhar as eleições.

Dizem agora que, daqui para a frente, tudo vai ser diferente e melhor pretendendo mostrar um rosto mais social-democrata com preocupações sociais contrariando até o que então disseram. Já demos para esse peditório. E não se podem queixar que não tiveram condições para governar porque fizeram tudo o que quiseram e apoiados por um presidente partidarizado que os apoiava e lhes desculpava as falhas.

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publicado às 00:03


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