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Uma macacada qualquer

por Manuel_AR, em 21.02.14

 

Vai começar hoje o congresso do PSD que se prevê dominado por um grupelho neoliberal que assaltou por dentro o partido e que nada tem a ver com a sua matriz política e ideológica. Este congresso fachada servirá apenas para manter Passos Coelho no poder e fazer pré-campanha eleitoral tendo em vista a eleições quer para o Parlamento Europeu que para as legislativas de 2015. Ao mesmo tempo irá seduzir e empurrar o Partido Socialista para, com eles, se amalgamar no colapso de Portugal e no falhanço das políticas praticadas que foram criticadas no relatório do FMI (cheio de contradições porque dá uma no cravo outra na ferradura). Como quem diz, está mal o que foi feito mas vamos fazer mais do mesmo.

É previsível que o discurso de Passos Coelho, a partir da moção de estratégia global, faça um olhar de sedução para atrair os incautos do costume e que ainda querem acreditar nas boas intenções e na política que foi praticada ao longo destes três últimos anos.  

Vai com certeza reproduzir-se por outras palavras, o que afirmou o líder da bancada neoliberal Luís Montenegro: "Vida das pessoas não está melhor, mas a do país está muito melhor". Como se o país fosse separado das pessoas. Mas afinal para quem está esta gente a governar?

Quanto ao resto já se sabe o que vai sair dali. Propaganda e mais propaganda, mais do mesmo disfarçado de boas intenções adoçadas pelos espertalhões do costume.

Este conclave não é mais do que o apoio a um grupelho clientelista do PSD, esvaziado de quaisquer expectativas sobre um verdadeiro debate político sério sobre o país. Sairão deste conclave discursos impregnados de mensagens divisionistas dos portugueses que colocarão em causa, mais uma vez, a coesão nacional, conceito desconhecido pela que a ignorância destes senhores, que apenas empinaram manuais e os aplicam com palas laterais (antolhos).

Vai longe o tempo dos verdadeiros congressos do PSD antes da viragem da seta ao contrário. Este congresso vai ser mais uma macacada qualquer.

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publicado às 19:45

 

Desesperada, a direita dispara em todos os sentidos ao mínimo restolhar, na voz de discípulos diletos, alguns que, identificados com a profissão de sociólogos, opinam em revistas de tiragem semanal, como se a sociologia fosse uma ciência credenciada para defesa da direita ou de qualquer outra ideologia. Faz-me recordar o disparar em todas as direções, num certo tempo do estrebuchar de José Sócrates, provocado, neste caso, pela direita e pela esquerda em uníssono.

A direita perdeu o rumo, está visto!

Ataca a esquerda radical (como lhe chamam) porque apresenta propostas que não lhe convém sequer ouvir, mesmo que sejam oportunas e positivas. Opção ideológica?

Ataca o centro esquerda por que não “tem sentido de estado“ e não se junta a ela para compactuar com as suas medidas. Haveria nisso todo o interesse porque, logo que surgisse oportunidade, face a um falhanço das políticas praticadas seria metido no rol dos culpados das medidas falhadas e assim a queda seria conjunta. É tática do se tudo corre bem fui eu que fiz, se corre mal também lá estiveste.

Ataca alguns elementos que, indiscutivelmente de direita, se atrevam a discordar dos pontos de vista do Governo.

Ataca personalidades de direita porque criticam algumas medidas do Governo. Recorrem então ao seu passado para as denegrir, indo ao ponto de as acusarem de ter pertencido ao regime do Estado Novo.

Ataca personalidades de direita, esquecendo-se que alguma daquela direita, infelizmente cada vez menos, combateu por dentro, e à sua maneira, o antigo regime. Como se as pessoas, ao longo do tempo, tivessem que ser como burros que olham sempre em frente sem ligarem ao que se passa ao lado.

Ataca militantes da direita que fazem ou fizeram parte do Governo, quando expressam opiniões contrárias às oficiais.

Ataca os que criticam agora o Presidente da República, não o tendo feito anteriormente com outros Presidentes, esses sim, eram “pantomineiros”, (tal qual foi escrito), e não pantomimeiros como o deveria ter sido. Acusa-os ainda de negociatas obscuras, ignorando (propositadamente) a problemática enredadora, essa sim obscura, de outros que consideram impolutos. É verdade, neste caso, tudo é sempre feito de forma legal e transparente, claro!!

Ataca ainda a comunicação social que dá cobertura à esquerda e veicula as suas ideias contra a coitadinha da direita indefesa que se esquece entretanto da quantidade de comentadores políticos militantes de direita, assim como economistas da mesma área que proliferam pelos canais televisivos.

Para concluir basta dar uma vista de olhos pela maior parte dos “blogs” de direita que mais parecem fóruns de discussão anárquica e verborreica, cujos textos desprezam a qualidade e a objetividade da escrita. Admito, contudo, que, apesar da discordância de ideias, há alguns com qualidade.

Na maior parte, o discurso anti democrático e anti esquerda é tal, que chegam ao cúmulo de ofender pessoalmente autores que publicam artigos de opinião em jornais, apenas e porque não estão em consonância com o pensamento deles, entrando, à falta de outros argumentos, num processo asneirento de ofensas pessoais em vez de comentários sobre pontos de vista. Faltou-lhes, decerto, alguma educação cívica e valores que não lhes foram incutidos ou não quiseram de todo assimilar. Dirão os que me estão a ler que a esquerda também tem “blogs” que não primam nem pelo civismo, nem por imperativos éticos. É totalmente certo, mas convenhamos que a maior parte dos da direita deixam muito a desejar.

Podemos sempre ver o feio como belo, e o belo como feio. Opiniões!

Deixemo-nos de “tretas”. A direita releva toda a informação e argumentos que lhe interessam, omitindo a que não lhe interessa, mesmo que verdadeira. Obviamente que a esquerda poderá também, como é óbvio, fazer o mesmo.

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publicado às 16:52

Resolvi ver o filme "A dama de ferro", mais pela expectativa de saber como o realizador aborda e caracteriza aquela personagem controversa, do que pela minha simpatia por Margaret Thatcher  e pelas suas políticas extremistas de direita,  praticadas durante os seus dois mandatos que acompanhei pela comunicação social da época.

O filme  dá-nos uma visão do que foi o seu percurso político e mandato enquanto primeira ministra. Numa excecional  interpretação Meryl Streep  mostra-nos uma Thatcher em idade avançada,  com alzheimer, a reviver o passado.

Subtilmente, o filme propõe uma humanização da personagem levando o espetador a uma condescendência face aos contextos em que a Grã-Bretanha vivia à época, derivado aos desmandos sindicais e pela falta de vontade e força política do partido então no poder.

 

 

 

 

 

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publicado às 20:25


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