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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
A quem disser que tenho uma obsessão em publicar “posts” relacionados com Passos Coelho eu digo que é verdade. E como não a ter quando este senhor vai para fora, desta vez em Paris, fazer uma oposição disfarçada ao seu país, desta vez, embora de forma suave, mas intencional, para quem o quisesse ouvir, inclusivamente os tais mercados de quem ele se socorria quando esteve no governo para aterrorizar que sem se lhe opunha.
As medidas extraordinárias utilizadas, ou não, para diminuir o défice, dizem apenas respeito aos portugueses e são validadas e escrutinadas por Bruxelas, e basta.
Passos vai para fora fazer oposição, não contra o governo, mas ao próprio país, desdenhando recorrendo a uma espécie de elogio ao que foi conseguido. Mais ainda, lamenta-se e coloca-se no passado como vítima. Afinal, vai pedir lá fora que também o ajudem a fazer oposição. Vejamos então as suas declarações com sublinhados meus.
O líder do PSD afirmou em Paris, perante uma centena de pessoas na sede do partido Les Républicains, que o défice de 2,1 por cento do PIB foi alcançado com "medidas extraordinárias" e "será outro desafio enorme este ano para chegar ao mesmo nível".
"O objetivo do défice foi alcançado, porém, com medidas desta natureza. O que significa que será outro desafio enorme, este ano, para ver se conseguimos chegar ao mesmo nível e outro tanto para o ano a seguir e por aí fora. Será difícil", indicou Pedro Passos Coelho, em Paris.
O líder do PSD afirmou, ainda assim, estar "satisfeito" por se ter cumprido "um défice claramente abaixo de três por cento", o que "é bom" tendo em vista uma saída do Procedimento por Défice Excessivo. Claro que aqui finge-se congratulado, também era o que mais faltava! Mas logo a seguir capta os louros para ele, “Fizemos muito por isso quando estivemos no Governo e achamos que o país fez o esforço que precisava e que merece para poder sair desse procedimento” disse.
E lá vai no seu propósito lançando para o ar o lamento alertando para que o número foi alcançado através de receitas extraordinárias que se fosse ele a tomar "caía o Carmo e a Trindade".
Chega! A oposição faz-se cá dentro! Será que não está preocupado com os mercados?
Uma breve referência ao que se passou em Paris. Foi um exemplo lamentável do terror praticado contra a democracia e as culturas europeias que causou indignação mundial. Que mais se pode esperar de quem não respeita a sua própria cultura e regressa a um estado de barbárie? Esperemos que estes atos de extrema violência não sirvam de pretexto para que alguns ditadorzecos que por aís andam comecem a gritar aos quatro ventos, agitando os papões da segurança, dando oportunidade para porem em causa a liberdade democrática.
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Vamos então voltar à nossa República começando pela expressão "ter dois pesos e duas medidas" segundo os Novos Dicionários de Expressões Idiomáticas – Português, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 2006, «diz-se de pessoa que não usa de imparcialidade, isenção, equidade em seus juízos, atos, decisões», isto é, julgar de forma parcial duas situações iguais. Aquela expressão aplica-se na íntegra ao atual Presidente da República que tem demonstrado a sua aplicabilidade na prática corrente da sua política.
É o exemplar perfeito da falta de carácter político. Revanchista, tendência para ditador que, infelizmente para ele, não pode exercer como acha que deveria. Utiliza o poder que lhe foi concedido pelos eleitores para impor a sua vontade e do seu partido.
Nas suas intervenções proclamava a instabilidade governativa como prejudicial a Portugal sugerindo esse facto como prejudicial caso a coligação de direita não ganhasse maioria absoluta que agora parece ter deixado de ter qualquer importância. Num regresso ao passado relembra agora que ele, quando primeiro-ministro, e que no tempo de José Sócrates, que agora já serve de exemplo, também houve governos de gestão.
Ainda hoje numa missão de propaganda do ex-governo que protegeu voltou a elogiá-lo e regressou mais uma vez ao passado. Este Presidente não é mais do que uma pouca-vergonha para Portugal. Uma mancha na história da nossa democracia.
Os mercados, os credores já não são relevantes. Provavelmente, Cavaco Silva estaria interessado em que reconhecessem que havia instabilidade governativa para poder justificar as decisões políticas mal-amanhadas que viesse a tomar. Parece que os tais mercados não até hoje não o demonstram porque Lisboa dispara 2,5%. A melhor sessão desde as eleições. Isto também foi devido ao anterior Governo ou ao de gestão de Passos Coelho?
Onde estão agora os superiores interesses da nação? O que diz e o que faz são antagónicos. "Agrei sempre…, mas sempre de acordo com os interesses superiores de Portugal...", proclama. Mas será? A prática não o confirma.
Cavaco Silva, enquanto Presidente, diz que não é político. Mas que afirmação mais disparatada. Não terá a função de Presidente da República, um dos órgãos de soberania, uma função também política. É um político até de mais agravado pelo seu partidarismo porque age como um Presidente partidário.
Os disparates de responsáveis políticos têm proliferado por aí, os meus também, mas tenho desculpa porque não desempenho qualquer função política nem exerço qualquer cargo nessa área, pelo menos até ver… Nunca digas desta água não beberei.
Comentando o hediondo crime praticado em Paris perpetrado por assassinos a soldo de "seitas" que dizem praticar ideais muçulmanos que, neste e noutros casos de impulso jihadista ou semelhante, revelam são ser mais do que assassínios.
A este propósito veio uma deputada europeia do PS, Ana Gomes, afirmar no Twitter que "o terrorismo é um dos resultados da austeridade". Criando polémica, esta afirmação veio logo a ser por ela "explicada" tentando justificar o injustificável.
Apenas lhe faltou associar a austeridade à criação de um pseudo estado islâmico (EIIL-Estado Islâmico do Iraque e do Levante) e do seu líder califa Abu Bakr al-Baghdadi que veio ressuscitar a idade média dos califados, e, já agora ao que se está a passar no Iraque e na Síria.
O disparate não paga imposto mas devia, e bem alto.
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