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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Embora contrariado, o Presidente da República Cavaco Silva, finalmente, indigitou António Costa como primeiro-ministro do novo Governo de Portugal.
A responsabilidade é enorme. Ninguém lhe vai perdoar se falhar e voltar a défices excessivos que eventualmente possam dar lugar a novos resgates. Os partidos que se comprometeram dar apoio parlamentar ao governo PS não podem falhar. A direita que perdeu votos vai andar por aí atenta a tudo e tudo sirva para fazer oposição, por mais sórdida que seja. Aliás, como já tem vido a ser seu hábito.
Logo que a decisão do Presidente da República foi conhecida alguns partidos, nomeadamente o BE através de Catarina Martins perfilou-se frente às câmeras das televisões falando como se o seu partido fosse o principal e único protagonista das mudanças que constam do programa de Governo do Partido Socialista, esquecendo-se que houve outros parceiros na negociação. Nesse aspeto o PCP foi mais comedido. Esperemos que isto não sirva para começar a gerar conflitos tendo como base a propaganda partidária, que a oposição de direita irá aproveitar em pleno. Não é estratégico os partidos que assinaram o acordo iniciarem uma competição onde cada um pretende chamar a brasa à sua sardinha, o que apenas servirá para dar argumentos e razão à direita.
Das centrais sindicais e dos sindicatos nelas filiados espera-se uma contenção reivindicativa responsável.
Ao presidente da CGTP, Arménio Carlos, pede-se uma outra atitude e contenção verbal e parar com a contínua guerra aberta respeitando os outros dirigentes quer da UGT quer das associações patronais, da mesma forma que o respeitam a ele. Refiro-me, neste caso, ao presidente da CIP.
Arménio Carlos, quando fala, parece estar sempre em guerra aberta com todo e qualquer representante das confederações patronais quando em negociação ou em debates. Não negoceia, exige, reivindica, vendo apenas e só um lado da questão, esquecendo-se que existe uma economia para crescer e gerar postos de trabalho. Torna-se por vezes inconveniente, o que pode conduzir a ruturas que, nem agora, nem num futuro próximo, interessam a qualquer das partes, nem aos portugueses. Gerar conflitos apenas ajuda a direita. Não é o momento de vanguardismos de esquerda, mas de calma e consensos. Se assim não for quem ganha sempre é a direita. E, nas próximas eleições, se a direita volta a ganhar, as vítimas serão sempre os mesmos, os que afinal pretendem defender!
Pensem nisto.
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