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Pela borda fora

por Manuel_AR, em 21.12.13

Caro Camilo Lourenço não me leve a mal esta crítica que nada tem de pessoal. Apesar de ser um cidadão comum, sem visibilidade pública, também me acho no direito de dizer o que penso como muitos que por aí proliferam e esgrimem os maiores argumentos e disparates para iludir o “povaréu”, designação já atribuída por Medina Carreira à maioria esmagadora dos portugueses.

 

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O neoliberal Camilo Lourenço e apoiante incondicional das políticas de Passos Coelho e deste Governo, fez publicar um novo livro, desta vez e do meu ponto de vista, pior do que o anterior. “Saiam da frente” são meia dúzia de ideias feitas baseada em argumentos discutíveis que, certamente, seriam rebatidos por qualquer deles. São ideias alinhavadas à pressa, plenas de pré juízos, sobre os que estão contra este Governo e se opõem a Passos Coelho e à sua trupe circense.

Não sei o que entende por mudar mentalidades. Mudar mentalidades é um conceito que é social e psicologicamente muito vasto e carece de definição e delimitação que é uma das coisas que deveria constar no esboço que escreveu. Mudar para melhor é outro conceito subjetivo e vago de sentido. Será que mudarmos para melhor é insistir em apoiar este Governo de um Passos Coelho desclassificado enquanto governante e nas suas medidas falhadas sem qualquer espécie de equidade. Quem é que insiste em condicionar o rumo de Portugal a uma política sem futuro onde apenas alguns, muito poucos, têm sido de modo oportuno salvos da crise como se verificou até aqui.

O título do livro, e porque estamos a falar de figuras públicas da democracia portuguesa, soa-me a qualquer coisa como banir, ostracizar, desterrar, desaparecer, o que nos permite supor algo sobre o pensamento do autor sobre o que deve ser a democracia.

E por que não Camilo Lourenço poupar a maioria dos portugueses aos seus remoques sobre todos quantos criticam o governo e deixar de os intoxicar com os seus comentários e análises medíocres e dejà vue. Encontrou uma mina de ganhar dinheiro e agora é vê-lo, ninguém escapa à sua fúria manifesta pelas fotografias do friso do livro, ao constatar que a expectativa que tinha com este Governo está a ser frustrada devido à incompetência que dele emana colocando todas as culpas no passado e já agora, em alguns no presente.

Não vivemos do passado, aliás, a história não lhe diz nada ao senhor Camilo Lourenço como já um dia afirmou. Vivemos do presente e do futuro que têm que ser melhorados. Devo recordar ao senhor Camilo Lourenço que ser de direita não é apoiar, a qualquer preço, um governo que governe mal e incompetente, por mais liberal que se seja. Apesar de tudo acho que deve continuar até ao fim da legislatura para mostrar o que vale e para demonstrar qualitativa e quantitativamente que tudo quanto fez esteve certo. Camilo Lourenço esquece-se, por conveniência, que o PSD e o CDS estavam há muito com a mira assestada no poder a qualquer custo para o compartilharem com as suas clientelas o que também tem conduzido à desgraça de Portugal. Recordo também que para isso quer o PSD quer o CDS deveriam ficar gratos à esquerda mais radical que os ajudaram a apanhar o poder.

Para o ajustamento a política deste Governo não tocou em privilégios instalados no aparelho de Estado e seus satélites e ainda os aumentou.

Já agora, parafraseando o livro que alinhavou, suponho que à pressa para sair na altura do natal, gostaria de colocar também um friso de alguns elementos, não só do Governo, que a maioria dos portugueses gostaria que lhe saíssem da frente, não no sentido de os ostracizar mas no sentido literal, porque estão sempre a tropeçar neles e já estão fartos de cair. É que já não há paciência.

Estou a ganhar por treze a seis. Aqui estão eles:

 

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publicado às 22:29


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