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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Houve quem criticasse a intervenção do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa quando afirmou que “Há uma forte possibilidade de haver uma crise na direita portuguesa nos próximos anos” e Rui Rio foi um deles ao responder que a crise não está na direita, mas no regime todo.
Desconheço em que base o Presidente da República se apoiou para fazer tal análise. Uma coisa é certa, aquela declaração do Presidente serviu para agitar o PSD e libertar os movimentos que estavam latentes e vieram agora à superfície da política interna do partido com respostas reativas.
Tomando como pretexto o desaire do PSD nas eleições europeias, esquecendo o seu passado desastroso, os resistentes desse passado tomaram como bode expiatório Rui Rio para o culpabilizar e pressionar a fazer uma oposição que leve o partido a ganhar as próximas legislativas. Como se tal dependesse apenas da vontade e da ação política do líder. Rui Rio é um líder direto, franco, sensato e confiável, características que, em política são raras e que para uma oposição não ligam muito bem. Fundamentalmente tem falta de matéria programática e dum projeto consistente e credível que atraia potenciais eleitores.
Esta corrente contra Rui Rio começou antes de janeiro de 2019 com Luís Montenegro a desafiá-lo para diretas relativamente à liderança. Recordemos que Hugo Soares acompanhou Montenegro quando este pôs em causa a liderança de Rui Rio. Por sua vez, em fevereiro de 2018, na altura o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou, que iria "devolver a palavra aos deputados para eleger uma nova direção parlamentar", depois de Rui Rio lhe ter manifestado o desejo de trabalhar com outra liderança de bancada apesar de as regras de escolha de deputados não poder "cada um" dos representantes no Parlamento ser escolhidos por Rui Rio. Ora o busílis do atual líder é mesmo esse o ter que lidar com esse grupo que herdou do passado e que há limitações que se lhe impõem que apenas podem ser colmatadas após as eleições.
O enfileirar de interessados à liderança do PSD começam a delinear-se e a revelarem-se na ribalta da política partidária.
A liderança de Rui Rio desde que tomou posse não tem sido fácil. Herdou um partido que saiu dumas eleições que ganhou juntamente com o CDS, mas cuja minoria parlamentar face a um acordo do PS com as esquerdas PCP, Verdes e BE não lhes permitiriam estabilidade governativa.
Os deputados da minoria parlamentar de direita, especialmente do PSD, constituída após as eleições de 2015, sob a liderança Hugo Soares, ligado a Passos Coelho e com vínculo ideológico aos neoliberais do partido mantiveram-se e Rui Rio, como novo presidente do partido, manifestou "desejo de trabalhar com outra direção parlamentar".
Dentro do partido elementos neoliberais ligados à anterior direção não têm apoiado Rui Rio com suficiente convicção, bem pelo contrário, têm feito tudo para o colocar em causa. Enquanto não houver eleições legislativas e o atual líder não poder indicar nova lista para o Parlamento continuará a sua liderança a ser posta em causa pela pressão do grupo de contras que lhe fazem oposição interna.
À parte de Luís Montenegro que não se sabe o que fará depois da primeira tentativa para “destronar” Rui Rio, há pelo menos três potenciais candidatos cujos nomes têm vindo a público numa tentativa de auscultar a opinião pública. Um deles é Miguel Pinto Luz vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e ex-líder da distrital de Lisboa que é apoiado por Miguel Relvas e que já teve intenções de concorrer aquando da saída de Passos Coelho. Outro dos candidatos é Moreira da Silva, ministro do Ambiente no governo de Passos Coelho, que anda por aí discretamente a efetuar contactos com as bases do PSD. O discurso ambientalista de Moreira da Silva poderá ir de encontro às tendências atuais com a subida dos partidos de base ecologista. Há ainda um outro potencial candidato que poderá ser Carlos Moedas que, na minha opinião seria um candidato forte e credível que poderá causar alguns estragos à esquerda, distanciando-se ele dos neoliberais “passistas”.
Pinto Luz disse em entrevista que não esperava resultados tão baixos nas europeias porque considerava “Paulo Rangel, de todos os cabeças-de-lista que se apresentaram nestas eleições, o mais bem preparado para desempenhar o lugar”.
Pinto Luz disse ainda que o PSD “não tem sido capaz de dizer bem alto e tornar clara a desgovernação deste Governo socialista.”, e acrescenta que “Tem sido, de facto, um desgoverno para este país”.
Parece-me que Pinto Luz está a passar um atestado de incompetência aos portugueses eleitores e, ao mesmo tempo, a passar-lhes um atestado de estupidez porque, a deduzir da afirmação, os portugueses não estão a ver a desgovernação. Tenha lá paciência Pinto Luz ainda está na fase de candidato potencial e já está a atacar e a ofender quem não vota em si ou no PSD?
Paulo Rangel foi o grande erro de Rui Rio que, talvez iludido por ele, ao escolhê-lo para cabeça de lista fez uma aposta falhada porque, como alguém escreveu num artigo de opinião que subscrevo na íntegra: “escolheu um profissional da baixa política que fez uma campanha inane, sem qualquer ideia e a cuspir ódio sempre que abriu a boca. O próprio Rio assumiu a calúnia como arma eleitoral, destruindo de vez a sua credibilidade. Fez tudo exatamente ao contrário do que devia ter feito, perdeu uma ocasião histórica para deixar o seu nome na História”, que pode ler aqui.
As intervenções de ontem na Assembleia da República por parte do PSD e do CDS, sobretudo as do primeiro, foram uma espécie de deserto inóspito onde nada sobrevive. Sem nada para dizer ou para oferecer como alternativa senão as mesmas receitas do passado vão-se fazendo de vivos através duma oposição circunstancial sobre a qual se vão arrastando, alimentando-se de nada. Atravessam um deserto de ideias como uma espécie que, aos poucos, se vai extinguindo.
São um grupo de gente que não produz nada de prático limitando-se a fazer oposição de casos. O PSD perdeu o prestígio que adquiriu pela sua história e pela elevação das suas ideias. Está agora a pagar o preço da sua deriva neoliberal. A sua oposição ao atual governo faz-me lembrar do conto de Christian Anderson, em que uma criança pôs em evidência um facto dizendo “olhem o rei vai nu” e, então, todos os presentes começaram a murmurar que, de facto, não trazia nada vestido, mas que, até então, não se tinham atrevido a gritar.
A direita está bloqueada, faz uma oposição casuística dos acontecimentos sem nada para apresentar. Argumenta com casos circunstanciais e sem um corpo que possibilite uma alternativa. A sua alternativa é a do passado, aliás confirmado pelo próprio Passos Coelho quando diz: “Este Governo e esta maioria têm um único cimento, que foi repor rendimentos. O nosso problema não é repor rendimentos, é repô-los ao ritmo que não ponha em causa o equilíbrio de que precisamos para não voltar atrás”, sustenta. O líder do PSD acrescenta que “o único cimento que esta maioria teve foi para reverter reformas estruturais importantes que se tinham feito” e acusa o atual Governo, do socialista António Costa, de não ter feito “nenhuma reforma estrutural”. Mas que reformas fizeram eles? O que significa para eles esse vago conceito a não ser dividir o país e cortar a eito, sem quaisquer critérios, fazendo com que todos, e a sua clientela eleitoral, acreditássemos em que não havia alternativa?
O que ele diz agora não é mais do que repetir, por outras palavras, o programa do passado que, apesar de tudo, ajudou a travar a despesa, mais por obrigação do que por mérito. De qualquer modo fazia parte do seu programa empobrecer o país, apenas alguns, com um programa mais gravoso do que aquele que a troika trazia no bolso. A direita com a sua liderança agarrada como está ao programa original do passado que não pretende, nem pode alterar, sob pena de descredibilização, limita-se a discordar de tudo, mesmo da evidência dos indicadores, desvalorizando-os com argumentos falaciosos e desviantes. Preocupa-se porque as divisões que criou nas pessoas e no país, assim como as crispações que causou esboroam-se e a tendência é, de novo, a da união.
Mas eis que está a surgir, qual fénix renascida (pássaro da mitologia grega que, quando morria, incendiando-se, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas), o antigo dirigente do PSD, Miguel Relvas, a defender que o partido “tem de virar a página” e a “apresentar um projeto alternativo” aos portugueses, e propõe Luís Montenegro, o atual líder parlamentar, como potencial rosto do futuro do PSD. O PSD parece que vai de mal a muito pior. elvas e Montenegro são cúmplices absolutos de tudo o que se passou no passado e continua ainda a sê-lo. É bom recordar que Relvas foi o braço direito de Passos Coelho e a sua muleta, juntamente com o engenheiro Ângelo Correia, este na opacidade.
Relvas que é um ‘patriota de mérito’ disse a jornalistas que não vai voltar à vida política, mas continua interessado no futuro do país. Houve um político do PS que afirmou do atual líder que é “um oportunista político filho da crise global, um servidor de interesses e um líder sem pensamento político”. Penso que, apesar de tudo, é ofensivo e que há pensamentos de responsáveis políticos que não devem ser verbalizados desta forma. Outra coisa é poder interessar à esquerda e ao centro esquerda que lá Passos permaneça no seu lugar.
Quem na altura própria fez tudo para elevar Passos à liderança e a primeiro-ministro está agora a contribuir para o fazer cair, são as judas da política que se perfilam para banir os mortos-vivos que por lá andam revestindo-os com novos trapos.
Estamos na época carnavalesca uma boa oportunidade para falarmos acerca de máscaras e mascarados. Todos se lembram do filme "A Máscara" que conta a história de um funcionário que certo dia encontra uma misteriosa máscara viking no rio e o leva-o para casa. Ao chegar ao seu apartamento o protagonista coloca a máscara no rosto e de repente transforma-se num ser de cabeça verde completamente louco, com poderes fantásticos, com uma habilidade incrível de realizar seus desejos sejam eles bons ou maus, e isso mudaria drasticamente a vida do personagem. Mas não é sobre o filme que hoje escrevo mas de mascarados da política que se disfarçam consoantes os interesses.
A máscara era utilizada pelos atores no teatro grego clássico e era um objeto que colocavam sobre o rosto para emitirem a fala do ator e tinha a função específica de funcionar como intermediário entre o ator e o público.
A particularidade é que Passos Coelho resolveu recandidatar-se à liderança com o slogan "Social-democracia, sempre". Assume agora a máscara de social-democrata depois de, durante quatro anos, ter enganado e mentido à maior parte dos portugueses e ter continuado a fazê-lo durante a campanha para as eleições legislativas.
A realidade neoliberal que defendeu e praticou conduziu o PSD a sair do centro e a passar a ser duma direita radical quando ele, e o grupo de indivíduos que o apoiaram e em que se apoiou, lesaram a matriz ideológica do PSD e que em nome de Portugal o utilizaram em seu benefício.
A máscara que a partir de agora Passos Coelho irá usar tornará o PSD numa espécie de partido travestido que ora vira para a direita, ora vira para a social-democracia o que não lhe retira o caráter nem o estigma que Passos lhe colocou na fronte. O passado de mentiras e omissões de Passo Coelho convenceu muitos, mas levará muitos outros a desconfiar da mudança.
Quem defendeu determinados pontos de vista radicais de direita na prática política vem agora converter-se à social-democracia, ideologia que Passos nunca perfilhou.
Quando em janeiro de 2014, ao caraterizar um futuro Presidente da República, disse que devia ser alguém que devia ser um “protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas” referia-se por meias palavras a Marcelo Rebelo de Sousa. Quem é agora o catavento e o errático quando diz ser agora um social-democrata convicto. Disse Passos Coelho na apresentação da sua recandidatura a líder do PSD que “Criaremos uma oportunidade para mostrar que o PSD continua a ser um partido social-democrata com a capacidade de fazer, transformar o país, mobilizar os portugueses e oferecer do país uma visão ambiciosa que todos precisamos de concretizar”.
O lobo virou cordeiro e poderá vir a enganar muitos cordeiros a servirem de repasto ao lobo, mesmo alguns, os verdadeiros, sociais-democratas.
Em época carnavalesca Passos Coelho colocou a sua nova máscara para voltar com uma nova aparência enganosa que lhe possa trazer dividendos políticos. Começou já a fazer promessas dizendo que virá a governar sem austeridade. Vindo de Passos Coelho o mesmo é dizer que virá a rasgar as promessas, como se viu no passado. Um neoliberal não muda assim para a social-democracia, mesmo que diga que há interpretações diferentes da social-democracia. Quando esteve no Governo as políticas foram uma interpretação desastrosas da social-democracia que pretendeu alinhar com a direita da U.E. que nada tem a ver com a direita que defendeu durante intermináveis quatro anos. Bem pode ele vir agora desculpar-se com a conjuntura do passado.
Por favor, não continuem a brincar e a enganar os Portugueses. O PSD só voltará a ser o que era com uma nova liderança que não seja a de Passos Coelho nem ninguém que pertença ou tenha pertencido à sua trupe.
É essencial que no dia 4 de outubro seja infligida uma derrota significativa à coligação no Governo, por dois motivos também essenciais. Em primeiro lugar para se mudarem as políticas seguidas nos quatro anos do Governo de Passos Coelho que, ainda há bem pouco tempo, reafirmou que eram para continuar. Ao mesmo tempo, mostrar que há outras vias que não a duma direita neoliberal retrógrada submissa ao estrangeiro que não tem mostrado qualquer espécie de dignidade. Aliados na Europa sim, mas sem subserviência. Em segundo lugar, para que o PSD renove a sua liderança e retire de campo esta rapaziada fogosa que tem atormentado o país.
A irresponsabilidade pode ser de vários tipos. Os que não reconhecem a autoria do que fizeram: “não fomos nós, foram os outros”. Outros dizem: “não fomos nós foram as circunstâncias” o que de certo modo os pode desculpar. Ao fazermos escolhas que nos vão governar durantes quatro anos somos por vezes empurrados pelo sistema político e económico vigente e pela sua propaganda, influenciados pelo exemplo de outros como vizinhos, amigos e familiares, que fazem também a suas campanhas privadas onde prevalecem medos, ignorância, falta de informação política, a não ser a que lhes “vendem” e que condicionam as nossas opções e liberdade de escolha que deve ser só, e apenas nossa. Quando admirados perante os resultados o abstencionista afirma que não sabia que seriam estes os resultados da sua ação e não se considera responsável por eles. Mas também foi.
Não podemos ser apenas meros sujeitos arrastados pelas circunstâncias e propaganda que nos impingem. Só seremos verdadeiramente livres em democracia se expurgarmos os medos e os fantasmas com que nos ameaçam e fazermos escolhas de acordo com a nossa consciência e não de acordo com a dos vizinhos ou amigos.
Neste momento a opção é escolhermos entre continuar a ficar encarcerados numa prisão, vigiada pelo mesmo carcereiro, que nos diz que iremos mudar para uma cela melhor sem ter mais celas disponíveis, ponto de vista da coligação ou, então, matar o carcereiro (em sentido figurado, claro) para lhe tirar as chaves e sair em plena liberdade.
Para bem da nossa democracia o PSD da coligação deve perder as eleições para se renovar e poder recuperar as suas raízes de modo a voltar a ter a credibilidade que perdeu com a gente que o capturou para seu interesse pessoal e político e que tem prejudicado o partido pela ânsia de poder. Não necessariamente regressando a um passadismo, mas aproveitar os jovens com honestidade política e fiéis à matriz social-democrata. Estou à vontade para o dizer convicta e desinteressadamente porque não pertenço a essa área ideológica e partidária.
O PSD necessita de uma renovação por dentro e de renovação do discurso para fora. Como, com a atual liderança não se consegue renovar por isso pede continuamente, tendo como suporte a Presidência da República, (agora perto das eleições com menos insistência), compromissos e consensos, muletas necessárias para a sua sobrevivência enquanto partido que pretende continuar a ser poder.
Quanto ao CDS e a Paulo Portas vale mais que se mantenha do que vir outro pior que por lá apareça para ocupar o lugar. Pelo menos, Paulo Portas, sempre nos vai divertindo com a sua linguagem anafórica e com as tuas tiradas eloquentemente demagógicas e demissões irrevogáveis.
O distrito de Viseu, onde me encontro de momento, é um caso de estudo. No que respeita à votação nas várias eleições, exceto nas legislativas de 2007, o PSD tem obtido sempre a maioria de votos.
Particularmente, fora do centro urbano Cavaco Silva deixou o seu cheiro que perdura e perdurará anos. É um cheiro a mesquinhez, bacoquice, conservadorismo levado ao extremo. O povo do distrito é politicamente acrítico e visceralmente conservador no que respeita à política do PSD. O seguidismo acéfalo pelo velho líder Cavaco que na altura se formou tem-se reproduzido ao longo dos anos. Se houvesse um partido que defendesse uma “democracia musculada”, seja lá isso o que for, era lá que Cavaco Silva estaria. Não é por acaso que o distrito é conhecido por “cavaquistão”.
Imagem Aventar.eu | Imagem Aventar.eu |
Liderança Cérbero ou o monstro de três cabeças
Segundo a mitologia Grega, Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro impedindo a saída daquele inferno.
O Blocos de esquerda tem uma liderança bicéfala devido ao cocktail de misturas ideológicas.
O governo é tricéfalo porque liderado por três cabeças, Passos Coelho, Miguel Relvas e Vítor Gaspar. Qual deles terá mais poder nas decisões para evitar a saída do inferno.
Relvas após ter andado escondido, quiçá envergonhado pelo escândalo da sua licenciatura, regressa agora com toda a sua pujança anda com aquela arrogância que o caracteriza mas que, entrouas causas , provocará a derrocada do PSD. Ele personifica tudo o que a geração prveniente dos retornados preparou ao longo dos anos como um prato de vingança, que serviram frio, ao conseguirem a tomada do poder.
Passos Coelho anda numa corda banda, dizendo e desdizendo, mentindo e desmentindo.
O transformismo semântico que Carlos Moedas metamorfoseou a palavra cortes em poupanças através de uma roupagem sinonímica que Passos Coelho já adotou. Se consultarmos um dicionário veremos que corte é a diminuição da quantidade, interrupção na continuidade de algo, supressão e poupança é dinheiro economizado, economias, gastar menos. Pressupõe, portanto, que possa existir um excedente gastando menos para que se possa poupar. Não estamos portanto a ver como é que, estes “jovens” governantes que fazem circular por aí que são inteligentes, mas que não passam de uns teóricos inexperientes podem, sem cortes, fazer poupanças de quatro milhões. Ou mentem ou pretendem iludir-nos.
A cabeça de Paulo Portas não faz parte do Cérebro, aparece e desparece à medida das conveniências mas que apesar de não ter voto na matéria se mantem, segundo ele, apenas a bem do país. Ou será da Nação? Mas que grande sacrifício está a fazer pelo país! Sacrifícios estão os portugueses a fazer e são muitos e dolorosos. O CDS/PP não é mais de uma muleta do Governo do qual Portas é cúmplice mesmo que não queira. De vez em quando faz de conta que discorda, mas que, o sentido de Estado assim o exige. Transformou-se numa marioneta do Governo o que o levará a perder, cada vez mais a base de apoio eleitoral que em tempos recuperou. Depois bem pode continuar a fazer números de circo, nem que sejam saltos mortais, que não o fará recuperar. Esperemos para ver.
Portas agora tem um documento em mãos para preparar, mas já disse que temos que cumprir os nossos compromissos internacionais. Quem é que diz o contrário, com exceção de alguns exaltados, e com razão, mais radicais?
Cada um diz a sua.
Miguel Relvas disse: - O desemprego tira-me o sono.
Passos Coelho disse: - O desemprego não lhe tira o sono. Dorme pouco mas dorme bem.
Coesão Social
Passos Coelho diz que “reforma do Estado é um imperativo de coesão social”.
Talvez, mas a reforma que ele pretende vai no sentido contrário, destruir a coesão social.
Aliás Relvas está a ser exímio nisso, lançando os jovens contra trabalhadores mais velhos. A velha regra do dividir para reinar. Será que pretende lançar no desemprego mais milhares de trabalhadores sem depois arranjar empregos para os mais novos? Ao que chega a campanha enganosa para captar os votos dos jovens. Nunca tive nada contra os retornados, mas este de descendente de retornados, no que se refere à vingança, está no seu melhor.
Combustíveis aumentam vejam só!!
Uma nova justificação para o aumento dos combustíveis: o frio no Norte da Europa que obriga aqueles países a consumir mais combustível e que por isso o preço aumenta em Portuga! Agora já não é euro que está a valorizar, arranjaram outra.
O consumo diminuiu 9%. Como manter as mesmas margens de lucro? Aumentam-se os preços. Será isto o mercado livre e a livre concorrência que como dizem fará baixar os preços?
Marcelo Rebelo de Sousa
Continua com a sua arte de fazer crer na opinião pública uma imagem de independência. O que acontece é que nos meios das suas opiniões há sempre um sútil apoio a este Governo. A última: “a semana passada o Governo melhorou.” Vale a pena fazer mais comentários?
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