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  1. Diz-se que Portugal e a Espanha tentaram bloquear o acordo com a Grécia. Houve um desmentido muito pouco convincente. O presidente do Eurogrupo veio tentar dizer o contrário, mas não o disse nem, desdisse. "Por sua vez o ministro Varoufakis defende que Portugal e a Espanha tenham a política interna como preocupação. Ver vídeo.
  2. Cada qual assume as suas dores e as suas curas. A direita, preconceituosa pela vitória arrasadora da esquerda que eles dizem radical, afirmam categoricamente da sua cátedra, que a Grécia capitulou e retrocedeu, outros com pensamento mais moderado e claro afirmam que a Grécia tem um plano estratégico para ultrapassar este primeiro embate e que depois logo se verá. É isto que preocupa a direita. Portugal país governados por acólitos pró-germânicos já nem sabe o que há de dizer. E, cada vez que falam, afundam-se mais.
  3. Passos defendeu a criação de um Fundo Europeu para "retirar a fratura política" dos programas. Se bem me lembro isto do Fundo Europeu já foi proposto em tempos, não por ele, solução com que na altura não concordou. Mas quem se julga ele e que peso político e credibilidade pensa ele que tem na europa para ter a veleidade de propor seja o que for. Ele é apenas um joguete da Alemanha. Se não dá conta disto falta-lhe qualquer coisa…
  4. A bailarina acrobática, Paulo Portas, afirmou que Portugal mudou o ciclo económico. Está a defender uma das suas pastas gerida por Pires de Lima. Gostaríamos de saber qual a estratégia para pagar uma enorme dívida que um crescimento incipiente não vai ajudar. A recessão ficou para trás diz ele e que Portugal já passou pelos anos "mais difíceis". As aldrabices são tantas que se a coligação vier a ganhar as próximas eleições já sabemos com o que podemos contar. Só se deixa enganar mais do que uma vez quem quiser. A Grécia foi um exemplo de políticas idênticas postas em prática por sucessivos governos que seguiram a mesma linha. O povo grego foi enganado mais do que uma vez e fartou-se. A radicalização foi a solução.
  5. Façamos uma leitura atenta e interpretativa das seguintes palavras do ministro das finanças alemão Schüble: "Os gregos certamente vão ter dificuldades em explicar este acordo aos seus eleitores.". Conhecendo nós as declarações, pressões, e até ameaças, que alguns dos representantes do Eurogrupo fizeram sobre os representantes do governo grego, nomeadamente o ministro das finanças alemão, compreendemos bem onde este pretendeu chegar. O objetivo foi o de levar Varoufakis e Tsipras a ceder às exigências e às pressões de modo a provocar uma deceção nos eleitores quanto às promessas eleitorais do Syriza, pondo em causa o partido que os elegeram. Isto é um preconceito antidemocrático revelador das políticas de Merkel e Schäuble. Apenas os partidos que aprovem são os legítimos mesmo que o povo pense o contrário. Fartos como estão os gregos dos partidos que os governaram antes subservientes com uma austeridade sem resultados duvido que vão noutra direção.
  6. Passos Coelho diz que a dignidade nunca esteve em causa. Saberá por acaso o que isso é? Ele que sacrifica o povo aos números, assim como o que com mais gravidade aconteceu na Grécia, desconhece que a dignidade é o valor que tem todo o ser humano enquanto ser racional e livre e o respeito como pessoa, em si mesma e nos outros. Uma parte substancial da população lançada na pobreza donde nunca mais sairá não foi traduzida em perda da dignidade? Não admira que um político inculto como Passos e o seu governo não saibam o que significa o conceito do valor dignidade. A quase submissão cega e acrítica a um país estrangeiro não será perda de dignidade?
  7. Passos refugia-se no passado dizendo que, a com a entrada da troica, Portugal é que perdeu a dignidade. E, quando afirmou que o programa da troika era o seu programa e que tinha que ir para além daquele programa não pôs em causa a dignidade dos portugueses? Passos tem que rever princípios essenciais sobre valores humanos e sociais que um político tem por obrigação conhecer. Já houve alguns políticos que, no passado, os rasgaram e deitaram para o lixo. Recorde-se no que resultou. Estamos na agora a passar pelo mesmo mas em "modo soft".
  8. Diz Passos Coelho "temos hoje mais camas, mais médicos, é factual, mais atos praticados, mais assistência garantida" no SNS. A que país se está a referir? Será à Alemanha? Terá ele necessitado de frequentar o SNS e constatado o facto? O facto é: "hospitais públicos com menos de 430 camas em três anos". O facto é: haver médicos de família dos centros de saúde com receio de passarem exames auxiliares de diagnóstico. O facto é: corredores cheios de doentes em macas esperando horas para serem atendidos, alguns até falecendo de permeio. O facto é: diretores a demitirem-se nos hospitais por falta de meios. O facto é: redução de camas e queda de internamentos de 844 mil em 2012 para 687 mil em 2014 (ver Público p. 5).
  9. Num artigo de opinião embaixador da Alemanha em Portugal, Ulrich Bradenburg, vem ajudar o Governo de Passos Coelho e, ao mesmo tempo passar um detergente pela face da Alemanha dizendo que no "saldo comercial bilateral com a Alemanha, Portugal consegui abrir novos mercados" e que "jogamos todos ma mesma equipa: Europa". Claro que faz o seu papel tecendo elogios as seu país, contrariamente a Passo que faz o papel do bom aluno subserviente.
  10. Passos Coelho disse ontem no Parlamento a um deputada do Bloco de Esquerda que estava obcecada com a Alemanha. Face à subserviência e vénias ao ministro Schäuble quer do primeiro-ministro, quer da sua ministra da finança não será caso para isso? Diria mais, não é obsessão é antes preocupação. Penso que não se trata de ser ou não antialemão mas há limites para o que se diz e para a forma como se defende a política nacional na Europa. 
  11. Maria Luís aceitou acordo com a Grécia mas exige informação para acompanhar o processo. Governo "desmente categoricamente" ter estado contra o acordo. Ministra foi "exigente nos procedimentos" e quer conhecer compromissos gregos. Varoufakis alega "boas maneiras" para não comentar. Será que Maria Luís se enxerga para pensar que é um peso chave nas decisões em contexto europeu?
  12. A bacoca ministra das finanças Luís Albuquerque numa entrevista ao jornal alemão Handelsblatt explicou simploriamente a questão da dívida, tal e qual um aluno do nono ano de escolaridade, da seguinte forma: “Se eu pedir um crédito a um banco, eu tenho de reconhecer a obrigação de pagar o dinheiro de volta. Tenho também de oferecer garantias. Não funciona de outra forma”. A seguir explicou que é do interesse de todos que as regras sejam cumpridas. Se assim for, “são bem-vindos no clube”. A senhora bem se pode esforçar para explicar como faria com o crédito pedido para a sua casinha. A complexidade de um país é mais do que isso. O que não explicou foi como faria se, perdendo a capacidade de cumprimento porque a obrigaram a perder o emprego, lhe negaram a possibilidade de crescimento (leia-se não arranjava outro emprego), os impostos altos lhe levavam as poupanças e o negócio que ainda tinha em mãos não dava para o pagamento dos juros que consumiam o que lhe restava dos recursos. Pretendendo mesmo assim cumprir os compromisso perante o banco o que faria a senhora em elação a isso?

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publicado às 20:32

O caso do memorando mal desenhado

por Manuel_AR, em 17.03.13
Imagem de: http://sergeicartoons.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_10.html

Miguel Frasquilho ao comentar frente as câmaras de televisão o resultado da conferência de imprensa de Vítor Gaspar sobre a 7ª avaliação da “troika” proferiu publicamente o maior disparate ao dizer que tudo o que se está a passar com o memorando é porque ele foi mal desenhado no seu início. Desculpa mais inconsistente não poderia existir. O Deputado Frasquilho veio apenas demonstrar que tem memória curta e que a desorientação em que se encontram os deputados que apoiam o governo estão sem controle já que recorrem a argumentos insustentáveis. Embora já comece a não ter qualquer impacto estar continuamente a recorrer ao passado como desculpa para o presente, fazer afirmações como aquelas apenas comprometem o PSD e o CDS.

Senão vejamos, cronologicamente, através da imprensa ao tempo das negociações do memorando, quem esteve envolvido nessas negociações e quem as reivindicou como tendo tido grande influência nas mesmas.

Depois de se lerem estas declarações não vale a pena fazer maios comentários. Cada um tirará as suas ilações.

 

12 de Abril de 2011

Jornal i

Passos Coelho disse ontem em entrevista à TVI que vai esperar que o governo assuma a sua responsabilidade de negociar com o FMI, mas deixou um alerta a José Sócrates: "Não há acordo sem o PSD."

Passos Coelho confirmou que será a equipa que está a preparar o programa de governo dos sociais-democratas, liderada por Eduardo Catroga, que irá depois negociar o acordo de ajuda externa a Portugal, que deverá passar por uma "verdadeira austeridade para o Estado, mas não mais para os cidadãos".


19 de Abril de 2011

Jornal i

A equipa do PSD que está hoje a discutir com o FMI, BCE e Comissão Europeia as condições do resgate financeiro de Portugal é composta pelos economistas Eduardo Catroga, Abel Mateus e Carlos Moedas, disse à Lusa fonte do partido.

A 'troika' do FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia chegou à sede do PSD cerca das 09:30.

 

3 de Maio de 2011

Jornal SOL

Catogra negociação foi essencialmente influenciada' pelo PSD.

 

O economista Eduardo Catroga afirmou hoje que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal «foi essencialmente influenciada» pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.

Afirmou ainda que o PSD terá autonomia, se for Governo, para substituir eventuais «medidas penalizadoras para os portugueses» do programa de ajuda externa a Portugal por outras que cumpram os mesmos objetivos

 

3 de Maio de 2011

Jornal Público Economia

O economista Eduardo Catroga afirmou esta terça-feira que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal "foi essencialmente influenciada" pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.

Numa declaração aos jornalistas, em nome do PSD, na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa, Eduardo Catroga considerou que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" dos sociais-democratas.

Segundo Eduardo Catroga, o primeiro-ministro, José Sócrates, agora apresenta-se "como vítima e como vencedor de uma negociação que foi essencialmente influenciada pelo principal partido de oposição".

 

3 de Maio de 2011

Diário de Notícias


O economista Eduardo Catroga afirmou hoje que o PSD terá autonomia, se for Governo, para substituir eventuais "medidas penalizadoras para os portugueses" do programa de ajuda externa a Portugal por outras que cumpram os mesmos objetivos.

Numa declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Eduardo Catroga referiu ter defendido este princípio de autonomia junto da "troika" composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), "independentemente dos objetivos que vierem a ser definidos para o período 2011-2014".

"E houve uma adesão a este princípio de que o PSD, se for Governo, fica com autonomia para propor um novo 'mix' de políticas, se por acaso aparecerem amanhã [quarta-feira] surpresas de medidas penalizadoras para os portugueses", acrescentou o antigo ministro das Finanças.

"Negociação foi essencialmente influenciada" pelo PSD

Eduardo Catroga considerou que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" dos sociais-democratas.

 

4 de Maio de 2011

Jornal Público


Eduardo Catroga, que lidera a equipa do PSD no encontro desta manhã com atroika, afirmou à entrada para a reunião que o acordo alcançado ontem entre Governo e a Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) “é preferível ao chamado PEC 4”.

Mesmo com a assinatura de um acordo, o economista sublinhou que não deixará de “fazer reservas técnicas” ao documento.

Depois de conhecidas algumas das medidas que fazem parte do acordo de ajuda financeira anunciadas na noite passada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, Eduardo Catroga afirmou que estas são melhores do que algumas das inscritas no PEC 4. “O modelo é preferível ao chamado PEC 4”, considerou, acrescentando que este será “um processo mais interessante do ponto de vista estratégico para a economia portuguesa, cujo principal problema o crescimento económico”.


4 de Maio de 2011

Diário Económico


Governo diz que conseguiu "um bom acordo". Catroga garante que posições do PSD foram cruciais para o resultado final.

Ontem, quando Sócrates anunciou o acordo com a ‘troika', começou por dizer que o governo tinha conseguido "um bom acordo." Minutos depois, Eduardo Catroga puxou para o PSD o resultado das negociações. "A negociação foi essencialmente influenciada pelo principal partido da oposição"


4 de Maio de 2011

Jornal Expresso


Eduardo Catroga disse que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" do PSD, sendo que o acordo entre o Governo e a troika é "melhor que o PEC IV"

O economista Eduardo Catroga afirmou que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal "foi essencialmente influenciada" pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.

O antigo ministro das Finanças alegou que a "troika" composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia (CE) percebeu a "estratégia diferenciadora" do PSD "quanto à qualidade da consolidação  orçamental, quanto à necessidade de virar agora a austeridade, não para as pessoas, mas para o Estado, quanto à necessidade de a austeridade ter mais justiça social".

"O Governo perdeu a batalha de querer convencer que as medidas do PEC IV eram as melhores para o país, de que a trajetória do défice o público era a melhor para o país, perdeu a batalha de não considerar conjuntamente com as medidas de austeridade do Estado", defendeu.

De acordo com Eduardo Catroga, as "informações gerais" que foram hoje conhecidas sobre o programa de ajuda externa a Portugal mostram que "o chamado PEC IV estava ultrapassado e que as medidas nele constantes eram insuficientes, na medida em que há um  reconhecimento de que o défice para 2011 é bastante superior".

"Como também se conseguiu demonstrar, como, aliás, o presidente do PSD em tempos já tinha dito, que era necessário rever a trajetória do défice que o Governo, inconscientemente, tinha acordado com Bruxelas", disse.

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publicado às 17:16

Solução final, nova versão

por Manuel_AR, em 27.09.12

Tendo em conta a notícia publicada em http://www.publico.pt/Sociedade/ministerio-autorizado-a-cortar-em-tratamentos-mais-caros-para-cancro-1564780 veremos que pouco a pouco iremos cair, embora com outros contornos, numa espécie de solução final, mas muito mais requintada, neste caso para os doentes mais débeis, que tiverem o atrevimento de adoecer. Por enquanto não tem ainda em vista questões raciais, mas sociais. Doentes mais débeis de classes sociais, também elas, financeiramente mais  mais débeis deverão morrer. Isto é, quem é rico viverá mesmo que seja mais dois meses, quem o não for deverá morrer porque não tem opção para escolher a cura por impossibilidade financeira.

Estes senhores estão sempre a salvo, o cidadão comum, se doente, elimina-se. Depois chamam-lhe racionalizar. Sem meios de diagnóstico como saber se alguma doença estará ou não a declarar-se. Quando se diagnosticar já não há remédio. Depois é menos u que fica.

Eis a ideologia ultra deste senhores.

Francamente, para onde estamos a caminhar. Cortar e matar sempre que possível. Isto são prenúncios ainda que ténues de ideologias pro-nazis.

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publicado às 18:22


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