Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
GUARDADO ESTÁ O BOCADO PARA QUEM O HÁ DE COMER
Em 25 de maio o ministro da Defesa, Aguiar Branco, anunciou que 6.088 militares vão ser promovidos (1.259 na Marinha, 3.304 no Exército e 1.525 na Força Aérea) durante o corrente ano que vão representar uma despesa de 6,8 milhões de euros, conforme previsto no Orçamento do Estado para 2015.
A 29 de maio o Conselho de Ministros autoriza a Autoridade Tributária e Aduaneira (ATA) a realizar a despesa relativa à aquisição de serviços para licenciamento e manutenção de software para os anos de 2015 a 2017 no valor de 6,55 milhões de euros. Esta despesa está relacionada com a utilização de TIC na saúde e na justiça, a par de uma atualização à Agenda Portugal Digital. A ATA passa assim a dispor de 7 milhões de euros (mais concretamente 6, 998 milhões) para esse tipo de encargos. Corta-se na despesa nuns para se dar para outros. Alguém vai tirar vantagens. Quatro anos de cortes em setores vitais para agora se esbanjar já no fim do mandato. Ou será que são despesas tão essencial que não podem esperar?
PAÍS DAS MARAVILHAS VERSÃO 2
Ao senhor irrevogável, Paulo Portas, não lhe falta lata, digo, descaramento. Estabilidade, garantias, bombar, e outros chavões de ocasião propagandística. Fala, fala mas ele está no barco quebra economias em foi imediato.
A coligação PAF, Portugal à Frente, não passa disso mesmo, uma Pafff… Paulo Portas ao ser uma réplica de Passos Coelho não passa disso mesmo uma Pafff. Segundo ele O País passou a ser um país das maravilhas como já o tinha sido no passado, por outros motivos, e como Passos Coelhos vem dizendo por aí.
Vejam só, Paulo Portas disse que conseguiu mudar "o ciclo económico" e hoje o "país está a crescer acima da zona euro, tem as "exportações a bombar" e o "investimento a disparar", há cada vez maior criação de emprego e, sobretudo, "confiança" na economia. Para ele, como já disse Passos Coelho, "Portugal é comparável às nações de maior prosperidade no mundo". Todavia há grupos que não vão participar desse milagre e vão ser deixados para trás.
O discurso desta direita não é, com certeza, para as classes médias é apenas para alguns. Está nos seus genes e não os pode mudar.
Não são mais do que ténues tendência dos indicadores macro económicos que, se houver um sopro no coração da economia global ou da União Europeia e no Euro, vai tudo por água abaixo. Não é por mérito do Governo mas devido às medidas tomadas pelo BCE, desvalorização do Euro e baixa do preço do barril do petróleo e outras que têm a ver com a conjuntura internacional.
Que milagre económico o país atravessa! É a prosperidade que chega. Mas se a coligação Pafff… ganhar as eleições vamos ver tudo como se nos estivéssemos a ver a um espelho. Nos espelhos planos, o objeto e a respetiva imagem têm sempre naturezas opostas, ou seja, quando um é real o outro deve ser virtual. Isto é, coligação volta a ter o discurso de uma única alternativa, desmentir o que foi dito, afinal nada do que tinham dito é possível e bla… bla…
A DANÇA DAS CADEIRAS NOS MEDIA
A dança de cadeiras nos media controlados pela Newshold, proprietária dos jornais Sol e jornal i tem andado numa azafama agora em tempo de eleições e de campanha. O jornal i, mudou mais uma vez de diretor que deixou de ser Luís Rosa e o diretor adjunto Luís Osório vai ocupar o lugar de diretor executivo do jornal Sol. O novo diretor do jornal i passou a ser Vítor Rainho que era subdiretor do jornal Sol e terá como diretores-adjuntos Ana Sá Lopes e José Carlos Cabrita Gonçalves.
António Ribeiro Ferreira com pontos de vista de direita radical e que em tempo já foi diretor do jornal i volta, mas agora com a página de opinião estado de sítio.
O grupo Newshold de capital angolano detido por Álvaro Sobrinho e assumiu em setembro do ano passado a propriedade do diário "i". A Newshold entrou no capital acionista da Cofina que é dona do "Correio da Manhã".
Enfim, agitação nas hostes da imprensa de direita para se dar ares de pluralismo editorial ou um reforço à direita.
QUE BOM TER HAVIDO O CASO SÓCRATES
Desde novembro de 2014 o caso Sócrates tem sido uma mina para os órgãos de comunicação social especialmente para a alguma imprensa que aproveita o filão. Quando as vendas baixam aqui vai, Sócrates para a frente como notícia de capa de jornais.
De outros casos nunca se ouve falar. Não vendem tanto. Será?
A JUSTIÇA É PARA TODOS
Fez-se justiça(?) para o antigo presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, e outros dois ex-administradores da instituição, Salvador Fezas Vital e Paulo Guichard que foram absolvidos do crime de burla qualificada.
Rendeiro foi dispensado de estar presente em 5 de junho porque estava em Miami. Estão ou não a gozar com o povo acomodado?
Os investidores afirmaram que foram enganados quanto à operação de aumento de capital da Privado Financeiras. O feitiço vira-se contra o feiticeiro.
Todos uns santinhos!
EXIBIÇÃO DE RIQUEZA E GOSTO EM QUE NUNCA TOCARÁ
Nunca leio as crónicas de opinião de Vasco Pulido Valente publicadas ao sábado no jornal Público. O porquê não vem agora para o caso. Excecionalmente li a última mas nem sei o que me levou a tal.
Vale a pena clicar e aceder à crónica.
As exportações não se situam apenas no domínio dos negócios e dos bens transacionáveis. As exportações também se situam no domínio da política de descrédito das instituições do nosso país e o principal exportador são o primeiro-ministro, o Governo e respetivos porta-vozes.
Uma das principais exportações das nossas instituições democráticas são as tentativas de descrédito e de pressão sobre o Tribunal Constitucional que tem sido falado, caso único no mundo civilizado, pela pior forma. A tentativa de internacionalização das medidas do TC sem que, quer o Governo na voz do primeiro-ministro, quer do Presidente da República tenham tomado qualquer posição ou tido uma palavra de defesa da nossa soberania, pelo menos a das nossas instituições democráticas. Todos os organismos internacionais se têm referido ao TC como é o caso do FMI, Comissão Europeia, na voz do seu presidente Durão Barroso, OCDE e, agora, até o CITIBANK.
Será de facto posição de estadistas omitirem e passarem ao lado sem uma tomada de sentido de estado dos nosso governantes (vejam-se as declarações de Durão Barroso sobre o TC tomadas ao lado de Passos Coelho) e da Presidências da República. Isto é posição de garotos sem qualquer sentido de Estado que tanto apregoam. Por que admitem sem uma palavra de repúdio como se tudo isto fosse a normalidade. Será isto defender Portugal e as suas instituições democráticas? É explicável pois para eles defender Portugal é apenas defender os seus interesses e os lugares que ocuparam e distribuem pelos amigos oriundos das Jotas.
E por aqui me fico porque senão ainda sou multado ou mesmo preso por escrever no blog que não seja ser a favor do Governo, como é o caso que se está a passar na Hungria que até mudam a Constituição por decreto. Valia a pena terem visto, para quem a não viu, na Grande Reportagem que passou hoje na SIC ou consulte a Visão de outubro de 2012.
Imagem de: http://www.opolvodanoticia.com/
Tudo o que Paulo Portas diz ou venha a dizer é meramente propaganda e marketing. Aliás, basta recordarmos tudo o que dizia quando estava na oposição no tempo do anterior Governo e que agora mandou para detrás das costas do próprio esquecimento.
O ministro Paulo Portas passou a ser também o diretor de marketing de Portugal com o apoio implícito do primeiro-ministro. Pelo menos é o que temos visto nos últimos tempos em que Paulo Portas, umas vezes como líder do CDS/PP, outras como Ministro dos Negócios Estrangeiros, anda numa roda-viva a tentar aumentar as nossas exportações e a defender os nossos produtos do sector agroalimentar. Como líder do CDS/PP, como aconteceu no Salão Internacional do Sector Agroalimentar e Bebidas em Lisboa, em finais de fevereiro. Em 2 de março para a India, desta vez como Ministro dos Negócios Estrangeiros, com o azeite e com o vinho, como antes já tinha acontecido com o Brasil.
A comitiva de Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, integra 36 empresas portuguesas de diversos setores onde constavam, entre outras, nomes como os da Corticeira Amorim, Efacec, Martifer, Revigrés, Visabeira, Unicer e Brisa. A banca também está presente, com representantes da Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo de Investimento, BPI. Outro sector, como já disse, foi o agrícola, que envia para a Índia cinco empresas, em especial da área do vinho e azeite.
Não podemos dizer que isto seja mau, bem pelo contrário. Todavia, há algo que nos escapa pois sempre pensei que isso deveria ser da competência do Ministro da Economia ou do Primeiro-Ministro. Estarei enganado?
Isto tudo fez-me lembrar os tempos do início da crise, quando José Sócrates, já em queda, se esforçava por levar comitivas para países que fossem potenciais compradores a Portugal, entre os quais a Venezuela.
Esta roda-viva de Paulo Portas tem dois objetivos, o primeiro é desempenhar um protagonismo que relance na opinião pública uma imagem positiva em contraponto com o primeiro-ministro e com o Ministro da Economia. O segundo é apoiar o seu ministério mais querido, o da agricultura e pescas. O terceiro é ver se consegue salvar o seu partido do atoleiro em que Passos Coelho tem metido o país progressiva e continuamente, minimizando o impacto negativo que venham a ter as próximas eleições para o CDS/PP.Tudo o que Paulo Portas diz ou venha a dizer é meramente propaganda e marketing. Aliás, basta recordarmos tudo o que dizia quando estava na oposição, no tempo do anterior Governo, que agora mandou para detrás das costas do próprio esquecimento.
Hoje decidi escrever um “post” sobre medidas positivas do governo. Neste sentido, estava eu a pesquisar medidas positivas e de algo que me ajudasse a substituir pensamentos soltos por uma contagem das tais medidas positivas. Descobri então algo que não pertence de todo ao meu domínio de conhecimentos, que é o integral de Lesbegue, que desconhecia, o que é natural, porque já nem dos integrais me recordo.
Podemos, contudo, compreender o integral de Lesbegue através de um exemplo elucidativo que descobri num documento do Instituto Superior Técnico e que é o seguinte:
Uma forma simples de ilustrar a diferença entre o integral de Lebesgue e o de Riemann é a seguinte analogia.
Suponhamos que tínhamos um saco cheio de moedas de euro e que pretendemos saber a quantia que temos no saco. Podemos contar as moedas de duas formas distintas:
a) Retiramos as moedas uma a uma do saco e vamos adicionando os seus valores;
b) Agrupamos todas as moedas do saco pelos seus valores, formando um grupo de moedas de 5 cêntimos, outro grupo de 10 cêntimos, etc. Contamos as moedas em cada grupo, multiplicamos pelos seus valores e somamos;
A segunda forma de contagem (que corresponde ao integral de Lebesgue) é muito mais eficiente do que a primeira forma de contagem (correspondente ao integral de Riemann), embora ambas forneçam o mesmo valor.
Foi após esta descoberta que resolvi então escrever sobre os pontos positivos que este governo já implementou desde que está em funções. Utilizei então o método da alínea a) porque, o segundo método, o da alínea b), se tornava, neste caso, desnecessário devido à falta de conteúdo suficiente.
Quase sempre se têm tecido apenas críticas sobre o governo, a alguns dos elementos da sua equipa e às suas medidas, descurando tudo o que de bom foi feito.
Dispus-me então a procurar e a refletir sobre o que de positivo já se fez durante o tempo em que este governo está em funções. Pensei, pensei e encontrei de facto medidas que não têm sido devidamente valorizadas e que contribuem para afetar diretamente o cidadão comum no seu quotidiano e melhoria da sua qualidade de vida e de existência enquanto ser humano e, consequentemente, o seu orgulho de ser português. Assim, vou elencar o que já de bom se fez e cuja mensagem tem sido fracamente divulgada pela propaganda do governo.
Comecemos pelas exportações, o cavalo de batalha do governo e dos seus comentadores e intérpretes. Muito positivo, o aumento significativo que se tem verificado das exportações. Temos no entanto que, para sermos rigorosos neste ponto, efetuar uma análise um pouco mais detalhada. De acordo com o gráfico que construí a partir de dados do Banco de Portugal, verifica-se que as exportações já vêm a crescer desde 1996. De qualquer modo é algo positivo continuarem a crescer. Mas observemos melhor a evolução através do gráfico que construí.
Fonte: Banco de Portugal - Estatísticas de Balança de Pagamentos (BOP)
Outra fonte: PORDATA
As exportações portuguesas têm crescido sistematicamente nos últimos 15 anos, o que contraria a versão oficial de crescimento das exportações como se fossem devido às políticas deste mandato. Existe uma tendência de subida sustentada desde 1996 apesar de se ter verificado, apenas em 2009, um decréscimo mas que recuperaram logo no ano seguinte, mantendo a tendência de crescimento intensificando-se sobretudo a partir de 2009. Note-se que a tomada de posse deste governo foi em 21 de junho de 2011.
De qualquer forma é uma avaliação positiva de acordo com a tendência evolutiva que já se verificava há muito. Não se sentiram ainda as consequências práticas a não ser a consequente redução no diferencial da balança comercial com o estrangeiro, o que, decerto é também positivo.
Outro elemento positivo em que este governo tem vindo a fazer um esforço são as mudanças estruturais na justiça, a não ser em alguns daqueles pontos que a troika obriga a fazer no memorando. Os cidadãos ainda não sentiram as consequências dessa transformação objetiva no sistema judicial. Claro que leva tempo. Esperemos pelos resultados. Tem sido mais fácil e levou menos tempo a destruir do agora a construir.
No que respeita à educação foi positivo o aumento da carga horária no português e na matemática. Tirando isto, nada de mais consegui descobrir em prol da melhor qualidade do ensino e na educação das crianças. De qualquer modo mais vale alguma coisa do que nada. A propósito disto, tive um professor na Universidade Pública, ainda no tempo em que se tirava um curso superior em cinco anos por mais experiência e cargos que se tivessemos, que dizia sempre, quando ao apresentarmos um trabalho de pesquisa nos desculpávamos pela falta de alguns dados por não os termos conseguido obter: Então trabalhe com os que tem. E acrescentava: “Sabe, vale mais termos mau hálito do que não termos hálito nenhum!”
Continuando no que de positivo este governo já fez, no que respeita à economia tem sido a tentativa de desenvolver e dinamizar a indústria mineira, ainda de forma incipiente, e a redução do IRC das empresas para captar investimento de tanto necessitamos mas de resultados práticos e efetivos ainda estamos par ver. Quanto a este ministério a propaganda oficial não lhe tem feito justiça, se é que há alguma coisa a salientar que esteja a modificar, para melhor, a vida dos portugueses.
Nos apoios sociais tentei descobrir à lupa algo positivo e acabei por descobrir, no Ministério do Trabalho da Solidariedade e Segurança Social, o aumento das pensões mais baixas, congeladas há muito, a autorização para os lares aumentarem o número da camas por quarto, que apenas veio beneficiar o negócio dos lares, sem que houvesse quaisquer controles e contrapartidas para os utentes. Outra iniciativa divulgada com muito orgulho foi a abertura de novas cantinas sociais, o que é um facto positivo, no sentido em que pode significar que, do ponto de vista deste ministério, é como se a qualidade de vida dos portugueses estivesse a melhorar.
Bem me esforcei por descobrir mais alguma coisa, mas não consegui. Haja alguém que me ajude, por favor, a encontrar algo que por ventura me tenha escapado!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.