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Consideram-se deuses na terra, abençoados por Deus ou, ainda, profetas conduzidos por Deus para salvarem o povo. Donald Trump insere-se ele próprio neste perfil para poder iludir o povo dos Estados Unidos da América e os evangélicos dão-lhe também uma mãozinha.

Numa peça de reportagem televisiva após ele ter saído do hospital onde presumivelmente terá estado ou ainda está com a covid-19 ouve-se alguém, uma voz de homem a gritar vivas a Tump e a dizer “eu dava a vida por este homem!”. A onde chegou o povo e o desespero que leva os homens a acreditar em algo tão abjeto.  

A presidência de Donald Trump nos Estados Unidos da América tem sido, e ainda é, um pesadelo para a maioria real dos cidadãos americanos. Foi, de certo modo, um choque social explorado para obter vantagens sobre uma população desorientada pelos discursos populistas de quem escolheram para os liderar.

Em livros, documentários, artigos de opinião, notícias factuais e reportagens de investigação podem observar-se várias tendências como imposição de marcas, ascendência e influência de grandes fortunas sobre o sistema político e imposição global do neoliberalismo servindo-se do racismo e do espetro do medo do “outro”, causador da insegurança.

Trump é uma espécie de

r.

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publicado às 19:35

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Dos Estados Unidos da América conheço apenas Nova York e, mesmo assim, não tão bem quanto gostaria. O resto que sei daquela América é através de notas de viagens, livros, revistas, jornais locais, documentários e filmes filtrados com espírito crítico assim como o que a internet nos permite consultar com a devida preocupação de filtrar a fidedignidade da informação.

Em Portugal somos tentados a considerar os Estados Unidos como uma nação unitária e não nos dando conta de que são apenas Estados duma União diferente nas mentalidades, na imprensa, na política, nos costumes e na justiça. Os Estados Unidos estão marcados pelo sentimento muito fundo pelo menosprezo sistemático por tudo o que é estrangeiro e por um chauvinismo reacionário e absurdo que durante as últimas décadas estiveram ocultos. Foi isto que Donald Trump conseguiu perceber, e foi nessa base que construiu a linguagem das suas intervenções de campanha e que assim continua. Interpretado o sentimento de muitos americanos utilizou a estratégia populista e com um discurso de ação política para conquistar apoio através da manipulação de emoções populares em prejuízo de argumento lógicos e racionais para captar votos.

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Mapa dos estados dos Estados Unidos da América

O que ultimamente se tem visto nos EUA é o aproveitamento dos media para uma campanha de marketing e de relações públicas nunca vista com anteriores presidentes fabricando e difundindo notícias de populismo favorável a Trum ao mesmo reduz as notícias desfavoráveis grande parte das vezes sem obter sucesso já que de modo geral os artigos de opinião sobre o seu executivo não lhe têm sido em quase nada favoráveis. Pelo que tenho percebido pela informação publicada parece que nesta nova administração existe uma força contrária que está a bloquear e a reduzir a influência das notícias desfavoráveis. Um dos exemplos foi caso das imagens divulgada pelos media sobre a população que assistiu à cerimónia da tomada de posse de Donald Trump que, em comparação com a de Obama, teve muito pouca afluência. O que sucedeu de seguida foi uma estratégia de contra informação que acusou a comunicação social de falsear as imagens que, como se sabe eram fiáveis e verídicas.

Pelas notícias veiculadas pela maior parte dos media dos EUA podemos caracterizar Trump, sem grande margem de erro, como a máscara assumida da prepotência e da presunção de quem não conhece, nem pressupõe, a existência de nada fora de si mesmo. Propagandismo rude e infantilizado, muito parecido ao da ex-união soviética no tempo de Estaline que mostra o rosto do americanismo mais rude e grosseiro de outrora manifesto no interior do país.

Do meu ponto de vista Trump fez promessas eleitorais a uma América, intelectualmente menor, das pequenas cidades do interior, dos estados onde prolifera aquilo que muitas das vezes os documentários, não propagandísticos, nos mostram: os bares com as paredes ornadas com troféu de caça das próprias florestas, os camponeses jogando às cartas, os chapéus à cowboy nas cabeças, as mulherzinhas sentadas à espera de engate, os bêbados que armam brigas saudosos do tempo dos duelos e da caça ao índio,  enfim. E, quem não frequenta estes bares, passa o seu tempo livre enterrado num sofá a comer calorias em catadupa e a ver televisão sintonizada nos canais de propaganda conservadores como a da Fox Broadcasting Company. Haverá muitos que nunca votaram (e ainda bem que não), nem sabem o que isso é que, por isso, talvez Trump não tenha tido mais votos.

Há, todavia, uma situação poderá explicar a deslocação do voto tradicional nos democratas na região dos grandes lagos e na região nordeste, o denominada Manufacturing Belt, Cintura Industrial dos EUA (Mapa 1), como era conhecida nos anos 70 do século passado.

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 Mapa 1 – Cintura industrial EUA

Foi nos estados de Wisconsin, Ohio, Michigan, Indiana, parte de Illinois, West Virgínia e Pensilvânia, donde foram deslocalizadas muitas empresas fabris, muitas delas para fora dos Estados Unidos, e onde outras fecharam portas.

Foi naqueles estados que votaram nos democratas em 2008 e que em 2017 votaram nos republicanos com Trump. Podemos comparar as cartografias das eleições em 2008, quando os democratas ganharam, com as de 2017 em que ganharam os Republicanos (dos mapas 2 e 3).

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Mapa 2 - Eleições de 2008. Os estados a vermelho correspondem a votações no Partido Republicano

Fonte: Geoawesomeness

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Mapa 3 - Eleições de 2016. Os estados a vermelho correspondem a votações no Partido Republicano (Trump)

 

Comparando os dois mapas observa-se que foram os estados do nordeste do EUA que abandonaram a votação nos democratas em favor de Donald Trump. O mesmo se passou com o estado da Califórnia, mas por causas diferentes.

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Mapa 3 - Eleições de 2016. Os condados a vermelho foi onde o Partido Republicano (Trump) aumentou as suas votações

Fonte: New York Times


Os condados, (subdivisão administrativa de cada um dos estados nos Estados Unidos), onde o Partido Republicano, com Trump, aumentou as votações estão evidenciados por uma linha a preto. Trump conseguiu vencer em estados em que os republicanos não tinha ganhado desde 2000 (ver evolução no Mapa 4).

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 Fonte: Geoawesomeness

Recordando alguns trabalhos sobre geografia industrial e económica dos EUA e recorrendo a uma recensão que fiz nos anos 80 de um artigo que Allan Pred publicou na revista Economic Geography sobre a região industrial dos Grandes Lagos constatava-se que era naquelas regiões onde a maior parte das indústrias de alto valor acrescentado estavam localizadas. Indústrias de alto valor acrescentado são aquelas cujas diferenças entre o valor total de receitas das vendas e o custo total de componentes, materiais e serviços adquiridos de outras empresas dentro de um relato período é mais elevada.

Foi no extremo nordeste que no princípio do século passado foram criadas estruturas onde se concentrava um número crescente de habitantes que obtinham empregos nas indústrias.

Era naquelas regiões onde se localizava também a indústria automóvel como por exemplo Detroit no estado de Michigan.

À volta da indústria automóvel foram criadas outras que serviam de fornecedoras de componentes e serviços às que ali se localizavam. Nestas regiões há ainda florestas de pinheiros, abetos e outras árvores que são utilizadas para a produção de papel e outras indústrias. Pred demonstrou no seu artigo que, na generalidade, as indústrias de alto valor acrescentado concentravam-se nas regiões tradicionalmente mais populosas e industrializadas do país. 

A conceção comum do “Manufactoring Belt” era a das grandes fábricas com um impacto ambiental significativo e provavelmente negativo. Empregavam mão-de-obra não qualificada, fazendo trabalho repetitivo nas linhas de produção. Entretanto as empresas industriais evoluíram significativamente e surgiram novas indústrias e, portanto, a perceção que se tinha de indústria está desatualizada.  A definição clássica circunscrevia o fabrico à transformação de matérias-primas em produtos acabados. Esta definição era limitada e não admitia a complexidade das modernas operações das atividades industriais. Daí o abandono e a deslocalização de muitas daquelas indústrias do “Manufacturing Belt” para outros países onde a mão de obra é mais barata e outros custos são menores. Muita coisa mudou no Mundo e nos EUA ao nível da produção industrial quer nos processos, quer na utilização de novas tecnologias. 

Os Estados Unidos têm tipicamente um grande desequilíbrio comercial com a maioria das regiões do mundo, mas o desequilíbrio com a Ásia, especialmente com a China, continua a aumentar como pude verificar nas estatísticas do comércio externo do país ver Mapa 5. Não é por acaso que Trump ora diz que vai modificar isso, ora fala telefonicamente com o presidente da China.

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Mapa 5 – Maiores parceiros comerciais das importações e exportações em cada estado em 2014

Segundo a revista US News Worls Report o presidente Donald Trump prometeu revitalizar a produção de bens nos EUA e recuperar milhares de empregos das industrias incluindo a mineira que se perderam ao longo dos últimos 20 a 30 anos. Parece, contudo, ser uma mistificação de Trump porque a retoma da produção já estava em andamento antes dele se candidatar a presidente e da tomada de posse no mês de janeiro. A US News cita o Bureau of Labor Statistics que mostra que a contratação de postos de trabalho em dezembro atingiu uma alta de quatro meses. Embora a produção de bens e de equipamentos nas indústrias de mineira exploração de madeira, construção e indústria mesmo que representem apenas 13% dos ganhos de contratação de dezembro, sua força relativa era difícil de perder. “As contratações na construção subiram para o nível mais alto desde dezembro de 2014. As contratações na indústria tiveram em novembro o melhor desempenho mensal desde 2010. As oportunidades de emprego na exploração mineira e exploração de madeira, entretanto, subiram para seu segundo maior nível de 2016.”.

Segundo as estatísticas do trabalho, numa entrevista reproduzida pela US News, e de acordo com dados de janeiro, em 2016 “os setores de produção de bens da economia verificaram uma perda mensal média de 2.000 empregos nos EUA, enquanto os setores de prestação de serviços cresceram a uma média de 166.000 empregos/mês”.

Foi esta situação que terá levado ao descontentamento que muitos trabalhadores dos estados industriais do denominado Manufactoring Belt estavam a sentir entre parte de 2015 e início de 2016. Este descontentamento manifestou-se pela votação em Trump naqueles estados (comparar Mapas 1 e 2).

Trump, durante a campanha eleitoral, sugeriu que a fabricação de peças de veículos, que já tinha subido 19% entre 2012 e 2015, seriam uma prioridade fundamental nas conversações com as administrações das fábricas de automóveis. A revista online US News afirma que o fabrico de peças par veículos automóveis, de acordo com o relatório, em 2015 representou 47% do emprego direto total em Michigan, Ohio, Indiana, Tennessee e Kentucky.

Várias situações destas foram aproveitadas de forma populista por Trump durante a campanha eleitoral para fazer promessas irrealistas que, a serem cumpridas, podem levar os EUA a recuar mais de 50 anos.

Trump prometeu uma nova era de produção de bens e mercadorias nos EUA através de impostos alfandegários e restrições comerciais para incentivar mais empresas a montar fábricas no país em vez de importar produtos do exterior. Não sou eu que digo, isto foi várias vezes ouvido nas televisões aqui em Portugal durante a campanha.

Economistas nos EUA têm feito críticas a esta política dizendo que “a automatização eliminou a necessidade de se manterem os mesmos tipos de cadeias de abastecimento de baixo nível de competência e mão-de-obra de baixa qualidade que estavam presentes no auge da fabricação americana.”, como era no passado. "Esses números mostram a associação de fabricantes e as suas empresas associadas estão a impulsionar a inovação, os empregos e o crescimento económico nos EUA, combinando fabrico e tecnologia"

O argumento de Trump é que as estatísticas são falsas, e que a taxa de desemprego nacional é "falsa", e que outros aspetos de indicadores económicos são de alguma forma imprecisos. Estes argumentos devem ter pesado em alguns eleitores nos estados de produção da indústria pesada a que me referi anteriormente e soou como verdadeiro para os eleitores nos estados da indústria pesada como o de Michigan onde as indústrias primárias não viram o mesmo tipo de crescimento de emprego e veio a perder o papel que tivera nos anos 70 do século passado quando pertencia ao grupo de estados de alto valor acrescentado. Sabendo isto, ou disseram-lhe, que Trump delineou a sua estratégia de modo a captar votos aproveitando o descontentamento localizado naquelas regiões que foram perdendo a sua hegemonia.

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 Gráfico 1- Total de empregados por setor de atividade 1970-2015

A mensagem de tornar a “América Grande outra vez” não sendo inovadora parece ser mais um espetáculo revivalista de Trump do que uma realidade. Os esforços para tornar a produção de bens novamente grande estão em curso há anos, tendo gerado mais de 2 milhões de empregos no setor da produção. Foi a depressão de 2009, provocada pelo sistema bancário, que levou a que os níveis mais baixos fossem atingidos em 2010. Apesar disso, no final da semana passada, Trump assinou uma Ordem Executiva para a revisão das regras aplicadas à banca no âmbito da lei Dodd-Frank, reforma aplicada à banca após o colapso do Lehman Brothers para evitar uma nova crise financeira mundial.

Segundo o que Trump, como afirmou durante a campanha contra Hillary Clinton, todo o sistema financeiro precisava de ser liberalizado, passando a estar sujeito a menos regras e supervisão para que possa tomar as melhores decisões de investimento. A teoria neoliberalista foi aplicada durante toda a presidência de George Bush, com resultados discutíveis porque, apesar de terem registado lucros históricos, os bancos criaram uma série de hipotecas tóxicas que fizeram rebentar a 'bolha' do imobiliário após a queda do Lehman Brothers. Parece que, não tendo percebido esta realidade, Trump quer agora voltar à liberalização total e desordenada dos bancos revogando uma lei que possibilitava um maior controle. Os neoliberais cometem sempre os mesmos erros, mas sabem que que beneficia e não é atingido são aqueles que eles favorecem quando estão nos governos.

Não fossem aqueles estados e condados, onde tradicionalmente votam nos democratas, terem votado em Trump e estaria ele agora com uma grande depressão provocada pela perda. Foram enganados e com eles também o Mundo. Temos pena.

O Estados Unidos da América são agora um feudo de Trump em que o modelo de desenvolvimento vai ser incompatível com a preservação ambiental afim de abastecer o seu parque industrial, o país vai continuar a ser o um dos maiores poluidores e devastador de recursos naturais do planeta.

Boa parte dos habitantes convive com sérios problemas socioeconómicos relacionados, especialmente, com a marginalização de segmentos da população e à discriminação racial decorrentes da concentração da renda, em que prevalece a busca pelo enriquecimento ainda maior de alguns já em si mesmo muito ricos.

Que país vai ser este a partir de agora?

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publicado às 18:35

Uma conversa possível sobre a Grécia

por Manuel_AR, em 17.07.15

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Estou a imaginar o seguinte diálogo entre o Presidente dos Estados Unidos da América, Obama, claro! Há quem não goste dele. Estão no seu direito, eu também não gosto de outros que por ai andam a mandar bitates. Paciência, é a vida!

Dizia eu que imaginava um diálogo entre o Presidente dos EUA, ou qualquer mandatário, e uns tipos ou tipa importante que mandam na União Europeia.

Começa o do EUA.

«Eh pá, vejam lá essa porra da Grécia. Isto pode criar um problema do caraças! Vocês aí até parece que não sabem geografia nem ler mapas. Já viram bem o imbróglio que estão a criar ali na zona! Aquilo ali é nosso, faz parte da NATO, não podemos perder a nossa influência naquele lado, pá!»

«Mas senhor Presidente, aqueles tipos devem-nos dinheiro como ó caraças e não fizeram esforço para poupar e pagar».

«Vocês querem é aproveitar-se dos juros que cobram. Como querem que eles paguem se não ajudam a economia para poderem pagar. Vocês são mas é uns grandes cromos que só pensam no umbigo dum país. Pensem a longo prazo porra!».

O do lado proferiu um comentário sarcástico. «Diz-lhe mas é se ele quer as ilhas gregas no dólar e nós ficamos com Porto Rico no euro».

«Deixa-te mas é de gracinhas pá, e centra-te mas é no importante». Avisou o dos EUA. «Vamos falar com o FMI para dar uma ajudinha de modo a inverter a situação, vocês disfarçam, dizem que não é legal e tal e coisa, mas que irão ver se arranjam uma solução».

«Isso é complicado porque temos os parlamentos que têm também que aprovar o novo resgate e sabem como é… os credores. E depois há os "outros" que também estão em crise e com dívida que começam para aí a chatear que querem o mesmo. Vejam o caso de Portugal onde o primeiro-ministro que, sobre este assunto, anda sempre a nosso reboque é muito bom aluno e agora que está em período eleitoral vai ser lixado.»  

«Criaram o problema, emprestaram à balda quando na Grécia havia governos da vossa simpatia, agora amanhem-se. Quanto a esse tipo lá de Portugal não se preocupem, ele não faz mais do que o que vocês dizem para fazer, depois desenrasca-se e dirá o dito por não dito de modo a que ninguém perceba. Nós cá falaremos com ele sobre a Lajes e ficará todo contente. Ele contenta-se com pouco, precisa é que alguém de fora o mande fazer qualquer coisa.».

«Porreiro pá! Iremos tentar. Mas não prometemos que seja já. Sabem, estão também em jogo a nossa dignidade e os nossos eleitores, as coisas terão que ser a pouco e pouco.»

«OK. Já estamos a perde muito tempo com esta m., vamos dizer à Lagarde para mandar emitir um relatório sobre a dívida da Grécia. Poderá ser-lhes útil. Queremos manter aquela área de influência sobre nosso controlo. Lá do outro lado aquilo pode complicar-se. Depois há aqueles tipos das extremas-direitas que andam aí para os vossos lado e são perigosos. Podem captar votos se isto corre mal. E são muito piores que vários Syrizas juntos e aí vocês é que se tramam, sai-lhes tudo do euro.»

«F… já viste a m… em que nos meteste pá!» Vociferou um deles virando-se para um outro do grupo da U.E..

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publicado às 19:44


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