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A estratégia terrorista tem vindo a difundir-se também no desporto e, sobretudo, no futebol que, como desporto de massas, é propício a este àquelas atividades cujas causas são várias, tais como o clubismo exacerbado, com manifestações intimidatórias e desenfreadas para com os adversários e a criação de instabilidade social com finalidades políticas. É nas chamadas claques, que se infiltram elementos de organizações políticas mais ou menos clandestinas e destinadas a provocar desacatos.

Até nos próprios clubes o terrorismo passou a estar presente no retângulo do confronto desportivo para passar a residir também no confronto físico entre as próprias equipas no terreno. Estes confrontos de violência já atinge as equipas de arbitragem. Oo que se passou no encontro entre o Sport Rio Tinto e Canelas que durou apenas três minutos, depois de um jogador da equipa gaiense ter agredido um atleta da formação da casa e o árbitro que foi hospitalizado, é bem evidente.

Alguns dos comportamentos violentos podem ser espontâneos, outros tomam formas de violência mais organizada. O primeiro tipo, a violência espontânea pode ser causada por uma decisão "errada" do árbitro, por exemplo, ou mesmo por uma "palavra" errada de alguém. Estas são situações que não se podem prever e que podem levar a um caos total. É muito perigoso e requer uma reação rápida da polícia. O último tipo, a violência organizada, pode até ser mais perigoso e de maior dimensão, como temos visto quando há desafios importantes.

Ainda hoje o Presidente do Boavista denunciou o "clima de agressões verbais, pressão, intimidação e autêntica coação" criado "por representantes diretos e indiretos dos chamados três grandes".

Muitos exemplos poderíamos encontrar para ilustrar o problema das lutas entre “adeptos furiosos” e bem organizadas contra outros grupos onde por vezes inocentes são sacrificados. Outro aspeto a considerar é que nos estádios a segurança tornou-se mais eficaz e isso torna mais difícil um motim no próprio estádio. Estes amotinadores encontram agora outros locais onde ainda podem continuar com suas atividades ilegais o que torna obviamente mais difícil o seu controle pela polícia.

O futebol é campo propício para avidez de violência que se encontra latente nos adeptos que concentram dentro de si as frustrações que vão libertar no futebol que manifestam pelas mais diversas formas.

A política também encontrou o seu lugar no futebol para se insinuar aos que gostam de futebol. Não é por acaso que muitos políticos no ativo se transformaram em comentadores desportivos, (leia-se de futebol), isto porque pode ser um meio de dar dividendos políticos a prazo.

Os próprios clubes, pelo menos os que mais se evidenciam, criaram condições psicológicas favoráveis para, em vez da competição saudável entre clubes, passar a ser uma competição que gera ansiedade individual pela iminência de um acontecimento desagradável, a perda do jogo pelo seu clube, e, entre grupos de adeptos, que se torna em violência patológica entre adeptos diferentes.

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publicado às 20:47

A representatividade da UGT

por Manuel_AR, em 04.01.13


imagem de http://paginaglobal.blogspot.pt

Nuno Magalhães chefe, ou líder como queiram chamar, da bancada parlamentar do CDS/PP disse, e passo a citar, que “Era importante que o PS tivesse o mesmo sentido de compromisso, o mesmo sentido de responsabilidade e de Estado que a UGT e os eu secretário-geral, João Proença”. Estamos mesmo a ver o porquê deste elogio a uma organização sindical e ao seu secretário-geral. Como todos sabemos, a UGT tem validado a maior parte das medidas prejudiciais ao mundo do trabalho propostas pelo governo. A postura do seu secretário-geral parece ser mais a de um empresário a defender os seus interesses do que um representante dos trabalhadores.

Se a CGTP tende a radicalizar posições opondo-se sempre a toda e quaisquer alterações e medidas sobre a área do trabalho, rompendo todo e qualquer diálogo, por vezes sem quaisquer justificações válidas, a UGT, por seu lado, aprova/”negoceia” tudo o que sejam propostas que venham do executivo com a alegação de que são as menos gravosas para os trabalhadores, muitas das vezes com o consentimento tácito do PS.

Não é por acaso que o governo quer “segurar” a UGT. Esta tem um peso que é meramente político e porque a CGTP coloca-se sempre fora, algumas vezes bem, das negociações.

Mas, numa apreciação mais objetiva, a UGT representava em 2010 apenas 2,2% dos trabalhadores do sector privado num conjunto superior a mais de 3 milhões de pessoas no ativo, de acordo com estudo efetuado pela Industrial Relations in Europe 2010 da Comissão Europeia.

Para termos uma ideia do que significam 2,2% dos trabalhadores daquele universo, podemos afirmar que esta percentagem corresponde aproximadamente a 70 mil sindicalizados, o que quer dizer que o Estádio da Luz daria para receber a quase totalidade de toda a UGT, ficando apenas de fora 5 mil pessoas. Por estimativa, em 2012 aquele número será ainda menor. Este é um caso concreto da representatividade da UGT no mundo do trabalho.

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publicado às 16:36


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