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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Passos Coelho, os partidos do Governo e o seu acólito Cavaco Silva estão agora a tentar virar a opinião pública contra a Grécia. Em vez duma posição neutral assumem mais uma vez uma atitude de seguidismo germanista. Preferem, como está na sua genética apoiar a opressão.
O grande problema para esta gente não está propriamente na Grécia mas na opção política que o povo grego tomou nas últimas eleições.
Passos Coelho rasgou o conto de crianças e retira da parteleira uma nova história mas com o tema da ajuda e da solidariedade de Portugal para com os gregos. Balelas para distrair e confundir português.
Passos fala como se nós fossemos um país rico e com um grande peso nas decisões europeias. Então, nós que precisávamos e precisamos ainda de ajuda armámo-nos em ricos e emprestámos dinheiro à Grécia? Esta história está muito mal contada porque não explicam quando e em que condições. Tudo isto é para confundir os incautos do costume.
Teixeira dos Santos, ministro das finanças na altura, estávamos em 2010, afirmava que "Portugal está numa posição muito delicada e dificilmente poderia suportar aumentos da sua dívida pública para acudir a Grécia". Mas ontem disse que "a garantia de estabilidade financeira da zona euro (...) exige a solidariedade entre todos os Estados-membros". Uma tentativa de demonstrar a saúde da sua economia e de mobilizar ajuda europeia para o caso de, no futuro, vir a precisar dela.". (sublinhado meu)
O jornal Económico escrevia em abril de 2010:
Por outro lado as ajudas a Portugal e à Grécia foram resgates aos bancos alemães. Se há dúvida veja-se o que disse um eis assessor de Durão Barroso quando estava na comissão europeia. Ajudas a Portugal e Grécia foram resgates aos bancos alemães - PÚBLICO.pdf
O que preocupa políticos, governantes, e comentadores a soldo de um tipo de direita que por aí prolifera, é o Syriza ter ganho as eleições porque no que se refere aos problemas da dívida e da solidariedade para com a Grécia estão-se "borrifando".
Querem, como sempre têm feito, ocultar o sol com a peneira deturpando intencionalmente a realidade e desenterrando desculpas que justifiquem as suas posições de seguidismo alemão.
Cavaco Silva vem também ajudar à festa. Falando em solidariedade para com a Grécia rebuscando um empréstimo em tempo, que já mencionámos antes, que não é mais do que uma solidariedade hipócrita e falsa, aliás como já nos tem habituado. Este falso sentido de solidariedade não tem outro efeito do que fazer colocar a opinião pública contra a Grécia.
As declarações destes agentes seguidistas germânicos em Portugal, apoiados pelos seus jornalistas e comentadores, vão exatamente no sentido do apoio às posições alemãs. Seguir o mesmo trajeto até à derrocada final. As visões unilaterais e egocêntricas desta gente apenas têm objetivos partidários e preconceitos ideológicos.
Não se trata de apoiar o partido que está no poder na Grécia, mas antes o de fazermos análises distanciadas tentando ver o que se está a passar naquele país e o que se ainda se passará na europa com uma postura minimamente independente, coisa que esta gente sectária não consegue.
As políticas aplicadas até agora para debelar a crise falharam e continuarão a falhar (ponto). O que mais é preciso para mudarem as políticas na europa? Será preciso fazer um boneco para explicar? A guerra entre países excedentários e deficitários está aberta e os primeiros submeterão estes últimos. Eis o objetivo central.
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