Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Se alguém com honestidade política ainda teria dúvidas sobre quem é Trump e o que pretendia pôr em prática nos EUA em alguns terão vindo a desvanecer-se. As atitudes do Presidente são típicas de um qualquer regime africano ou da américa latina do passado e, infelizmente, ainda alguns no presente. Trump não pode dizer que está contra o regime venezuelano, ele está a tentar fazer o mesmo, o sinal é que é oposto.
Um dos filhos de Trump disse que a américa não pode ser uma república das bananas, mas o facto é que eles estão a fazer tudo para que o seja. Minar o sistema eleitoral é o objetivo. Os republicanos parecem ter medo de Trump, estão inseguros, evitam dizer a Trump que está na hora da passagem do poder.
A primeira página do The Wall Street Journal à hora em que escrevo não faz referência evidente a boicotes que Trump tem feito para bloquear a passagem do mandato. O presidente eleito não consegue ter acesso a informações detalhadas porque o GSA - U.S. General Services Administration não permite o acesso. A administração Trump recusou-se a fazer uma designação técnica tipicamente rotineira que concederia a Biden recursos de transição cruciais.
Fonte: Foxnews
A Foxnews o canal de televisão republicano apesar de reconhecer Biden com vencedor dá voz aos que ainda estão com Trump a contestar as eleições, ao mesmo tempo refere uma notícia em que Robert De Niro compara Trump a Hitler e lamentou a multidão de americanos que votaram em Trump para um segundo mandato.
Repare-se que a Foxnews atribui já a Biden uma votação superior a 270, mínimo necessário, mas atribui-lhe já um valor superior, contando com 20 da Pennsylvania, apesar de ainda faltarem contagens que estão a branco.
Trump, como é sabido, está a fazer todos os possíveis para atrasar a passagem de mandato. A Foxnews apresenta uma justificação, defendendo a atitude de Trump, claro, justificando que “espera de que a GSA - Administração de Serviços Gerais reconheça Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris como os vencedores da eleição, o que ainda não foi feito, o que normalmente acontece quando fica claro quem são os vencedores. A GSA está a aguardar a contagem de boletins de voto em vários estados cuja contagem está a ser verificada e, por outro lado o litígio lançado pelo ainda Presidente continua nos tribunais em todo o país. Parece constatar-se aqui o facto inédito de em relação a outras eleições estarem a colocar pauzinhos para bloquear a engrenagem. Até que o GSA apure oficialmente o vencedor da eleição, o seu apoio pós-eleitoral à equipe de Biden não começará.
Segundo a CNN a questão não é a de saber se o presidente Donald Trump está de saída. É quanta destruição, vingança e caos causará ao sair da Casa Branca.
Ainda segundo um analista político da CNN escreve sobre a recusa de Trump em reconhecer a eleição de Joe Biden, com twittes delirantes sobre os estados e o obstáculo criado para conceder ao presidente eleito, Joe Biden, acesso a fundos e recursos federais para fortalecer a sua administração o que significa que os Estados Unidos enfrentam 71 dias difíceis. Trump pode ser um pato manco, mas ele mantém as autoridades da presidência até o meio-dia de 20 de janeiro, e o seu pressão sobre o Partido Republicano foi fortalecido ao obter 70 milhões de votos na semana passada. Portanto, o presidente tem o poder - institucional e político - e, aparentemente, a motivação para criar uma grande confusão antes de retornar à vida civil disse o analista.
Trump reclama que aumentou os votos e que teve mais de 70 milhões de votos pois bem Biden teve mais de 76 milhões de votos. Trump esquece-se de que em 2016 teve menos votos do que Hillary Clinton. Foram 65 853 516 (48,2%) para Hillary e 62 984 825 (46,1%) para Trump e mesmo assim conseguiu ganhar as eleições devido ao sistema eleitoral em vigor nos EUA. O que antes serviu para chegar ao poder agora reclama o número de votos. Para ditador nada lhe falta.
Diz o filho do maior trapaceiro e mentiroso que esteve na presidência, também ele seguindo as mesmas regras do pai, para: “Trump entrar em guerra total por causa desta eleição para expor todas as fraudes, trapaças, mortes (…) que vêm acontecendo há muito tempo”, escreveu Donald Trump Jr. no dia 5 de novembro, deixando no ar mais uma metáfora bélica. “É hora de limpar esta confusão e isto parar de parecer uma república das bananas!”. E mais grave ainda:
Se não fosse de lamentar e perigoso seria para rir a bandeiras despregadas.
Trump esperou apenas dois dias após a eleição para começar a exigir retaliação sobre aqueles que ele vê como inimigos dentro de sua administração fazendo despedimentos a eito com o objetivo de complicar a passagem ao novo Presidente.
Fonte: CNN
Aproxima-se a data da eleição para a Presidência da República que deu uma sensação de perda de dignidade e falta de valor pessoal por parte da maior parte dos candidatos. Marcelo já ultrapassou largamente a votação obtida pela direita nas legislativas de outubro (36,86%), mas está à frente nas sondagens com vantagem de apenas 1,8% para obter maioria absoluta e ganhar à primeira volta.
Apesar de Marcelo avisar que a sua candidatura não é a segunda volta das legislativas, a direita quer arrecadar dividendos políticos e daí aposta tudo em Marcelo Rebelo de Sousa. Maria de Belém que poderia ser o bolo que a direita inicialmente pretendeu abocanhar, já que Marcelo lhe apresentava muitas reticências sobre a posição tomada sobre o atual Governo, e porque, querendo apanhar tudo, atirava à direita, à esquerda, ao centro, em suma, a tudo quanto mexia. Mais uma vez a esquerda dividiu-se e a direita concentrou-se em volta dum candidato. A esquerda não aprende com os erros, os pontos de vista ideológicos e partidário, até para a presidência, tolhem-lhe a racionalidade.
Inexplicáve,l aprioristicamente, é como Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu entrar também no eleitorado de esquerda. A confusão dos eleitores é tal que começa a perguntar-se como é que, existindo um Governo que resultou duma negociação à esquerda, nesta campanha eleitoral para a Presidência da República mostra-se a mais dividida de sempre.
O pior candidato pela sua arrogância e falta de tento de oportunidade política é Cândido Ferreira, pessoa em quem nunca votarei, mas que acertou na mouche quando disse que "ser Presidente da República não é a mesma coisa que participar num casting par um Big Brother". De facto isto aplica-se a todos os candidatos, nomeadamente a Marcelo Rebelo de Sousa" que parece estar num concurso para ver se fica na "casa" e ganhar o prémio de Presidente. O populismo é tal que até pede para lhe engraxarem os sapatos, ou será que ele tem andado anos a engraxar os portugueses?
Não tivesse ele a visibilidade que a televisão lhe deu e estaria ao nível de todos os outros candidatos, ou pior.
O candidato à Presidência da República Marcelo é um cómico que anda pelo país a fazer o quê? Segundo São Marcelo disse, durante uma das suas digressões, que a proximidade com as pessoas "é muito importante mas que em rigor não caça votos nenhuns, isto é, as pessoas já têm na cabeça o voto ou não voto, à distância de dez, nove, oito dias já ninguém muda de voto". Mas então para que gasta ele tempo e dinheiro? Será para aproveitar e fazer turismo? Veja-se a arrogância do senhor que viveu mais de dez anos a autopromover-se e a fazer a cabeça a muitos portugueses. Só não percebe isto quem não quer.
Marcelo é um candidato da história de certa direita portuguesa. Quando intervém regressa ao seu passado político e professoral, (vejam só, 25 mil alunos, importante para ser bom Presidente) sem clarificar o que pensa sobre o futuro e nisso compete com Maria de Belém.
Num futuro mais ou menos próximo o mais provável é apostar na conivência com as propostas da oposição geridas pelo anterior Governo. Está-lhe no gene político-partidário. O objetivo pode ser tentar jogadas para empossar, através de eleições antecipadas, um novo Governo de direita, e a direita apostou nisso quando perdeu a esperança com Cavaco Silva. Será que Marcelo vai dizer que as decisões que tomar são apenas de forma e não de conteúdo como ele várias vezes disse enquanto comentador político para com nada se comprometer ou descomprometer.
Defende aqui e ali que o seu projeto é unir os portugueses que estão divididos mas não esclarece o conceito. Em democracia há consensos mas também há divisões maiores ou menores, é normal. Só existe união em regimes de partido único em condições de obrigação.
Consideremos que o pretende fazer, não diz é como, a menos que algum produtor de cola-tudo o ajude com matéria-prima (ironia). Será que a estratégia, se chegar a Presidente, é obrigar o Partido Socialista e a atual direita neoliberal que controla o PSD a aliarem-se contra "potenciais inimigo"? Cavaco Silva também tentou ou quase exigiu isso mesmo. Se assim for, Marcelo está contaminado pelo vírus do pensamento cavaquista. Marcelo é um cómico da política. Parece que a sua candidatura serve também para preparar o fim da sua carreira para obter mais uma série de regalias vitalícias que o cargo lhe irá proporcionar.
Marcelo Rebelo de Sousa é um passarinho privilegiado porque esteve durante anos numa gaiola aberta para cantar para todo o Portugal. É opreferido de muitos, dizem, para continuar a cantar, mas, desta vez, noutra gaiola. Não passa de um cantador barato, propagandista de produtos que curam todas as mazelas e que sabe muito desta matéria.
O produto que Marcelo tenta vender, é ele próprio que não é mais do que um placebo, medicamento inerte ministrado com fins sugestivos ou psicológicos, que alivia os padecimentos unicamente pela fé que o doente tem nos seus poderes.
Este placebo é a pílula tomada pela direita e seus apoiantes para remediar os padecimentos psicológicos causados perda do poder. Marcelo é o último reduto de esperança que a direita de Passos e Portas encontraram para se refugiar.
Passos Coelho traçava o perfil do futuro Presidente da República dizendo que não devia ser “protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas”, nas entrelinhas associava-se este perfil a Marcelo Rebelo de Sousa. Mas alguém tem dúvidas que este é Marcelo no seu melhor? Será que alguém quer na Presidência alguém que disse umas vezes uma coisa e noutras intervenções disse outras, coisa que agora nega saltando-lhe a mentira pelo olhos e a seguir pela boca. O PSD e o CDS apoiam-no porque sabem muito bem que na atual conjuntura lhes pode trazer vantagens políticas.
Quer se queira quer não e ele próprio quer fazer passar para a opinião pública ele é declaradamente o candidato da direita que televisão lançou.
Marcelo quando apregoa aos quatro ventos que a sua campanha quase não tem custos é de fazer rir o público à gargalha mais do que um artista de "stand up". Basta fazer esta pergunta: Será que o candidato Marcelo, se não estivesse durante anos sentado nas cadeiras das televisões, e estivesse nas mesmas condições dos seus opositores, não precisaria de maior orçamento?
O placebo Marcelo consegue enganar muitos portugueses, mas será na Presidência como o foi Cavaco, menos carrancudo mas com ideias semelhantes, basta ter paciência e ver ao longo dos últimos dez anos em que esteve presente nas televisões e o que escreveu para se tirarem conclusões. A esperança da direita é Marcelo Rebelo der Sousa porque acha que lhe vai fazer o favor de dissolver à mínima perturbação o Parlamento e as televisões que sempre o acolheram vão dar-lhe todo o apoio. Os favores do apoio que lhe têm custos!
Marcelo é o pássaro cantante do embuste e panaceia para os males da direita.
O ano de 2016 que hoje entrou vai ser favorável para Marcelo Rebelos de Sousa e para toda a direita, graças aos votos que os portugueses cegamente lhe tencionam dar nas eleições presidenciais em 24 de janeiro. Uma espécie de lotaria em que eles pode acertar ou não, mas em que o não será o mais provável.
O candidato Marcelo Rebelo de Sousa está na ordem do dia ao darem-lhe a vitória com 52,5% de acordo com a Eurosondagem para o Expresso e SIC em 23/12 quando, em 20/11, tinha 48%.
Os portugueses estão a querer dar a vitória a um candidato lançado pela televisão, ou seja, o candidato da televisão que lhe proporcionou a redução dos custos da campanha, e faz disso anúncio, estando, na prática, a admitir que existe uma desvantagem para os restantes candidatos.
A entrevista da passada quarta-feira na TVI, conduzida por Judite de Sousa, foi mais do mesmo em que as respostas foram evasivas contrastando com alguns dos seus opositores mais diretos. Marcelo não acrescentou nada de novo, nem precisava, porque é o candidato sentado na cadeira da televisão, e quanto menos disser só lhe trás vantagem. Segundo o próprio Marcelo a sua campanha irá ter custos baixos. Qualquer campanha como a dele, feita a partir da televisão, facilitou-lhe a redução de custos, não necessita de cartazes, nem de nada, a sua presença na televisão ao longo dos anos foi suficiente.
Os sujeitos construíram representações da expressão e da interpretação do discurso político televisionado transformando-o no que se pode traduzir em opiniões ou em votos criados pela imagem.
A candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa é uma prova evidente da influência da televisão, uma espécie de onde sobre a qual faz surf, que funcionou como uma espécie de efeito de contágio sobre as preferências dos eleitores que poderão traduzir-se em votos resultantes dum processo da formação de opinião que foi construída através duma construção de representações nos telespectadores.
Televisão, presença, imagem, discurso, mensagem, foram e são os ingredientes deste cozinhado que serviu para lançar Marcelo Rebelo de Sousa. Poderá vir agora justificar os seus muitos anos de percurso político que todos conhecem e de que não foi a televisão o agente da sua popularidade. Ele sabe que não é assim, e, ao dizê-lo, sabe que não passa de mais uma mensagem persuasiva como todo conjunto de opiniões concebidas relativamente a certos assuntos (todo e qualquer assunto!) que são aceites pela maioria das pessoas seja qual for o quadrante político partidário. Naturalmente porque ele sabe como dar uma no cravo, outra na ferradura.
Em gíria popular, em conversas informais sobre qualquer assunto, ouve-se dizer "a mim ninguém me engana…", "eu não vou em cantigas…", "a mim ninguém me convence…" Quando alguém fala assim está a esquecer-se de que, ao nível subconsciente, pode num futuro pode vir a contradizer-se quando sujeito a receber repetidamente mensagens mediáticas de alguém, com grande probabilidade de estar a ser condicionado quanto mais tempo durar a essa exposição que vai atuar pela mudança de atitudes e comportamentos políticos e eleitorais persuasão.
Existe alguma dificuldade em provar que a televisão altere o ponto de vista político das pessoas a não ser através da chamada vox populi e de conversas informais de rua, mas há uma tendência para que contribua para tal. Os protagonistas políticos, "ao entrarem nas nossas casas" constante e regularmente via imagem televisiva produzem uma espécie de presença definida como uma sensação de "estarem presentes, uma sensação de realidade, de envolvimento, e, mais geralmente, uma ilusão de incluir sentimentos de empatia através de um meio, realismo e sensações de pertença e compartilha com o protagonista quando este tem capacidade comunicativa como Marcelo.
Podemos, assim, partir do pressuposto de que os efeitos sociais da televisão, neste caso, terão causado uma espécie de grau de presença social permitido aos seus utilizadores. A presença social, nesta situação é pode ser a importância da outra pessoa numa comunicação televisiva, isto é, uma espécie da consciência da presença do outro aquém do ecrã televisivo. Rebelo de Sousa teve ao longo de anos o privilégio de ter frequentemente uma telepresença que contribuiu para o seu sucesso não porque aja de facto uma consciência política por parte de todos os eleitores que eventualmente lhe derem uma maioria. Provavelmente, por entre a fraqueza da maior parte dos candidatos que, apesar de não terem tido as mesmas oportunidades, mas lutam contra um "monstro" mediático, venha o diabo e escolha.
Marcelo Rebelo de Sousa é uma pessoa bem-disposta, bom comunicador, que atrai audiências com os seus comentários. Gostamos de o ouvir, é um ator espontâneo no mundo da política que pondera bem o que diz e como o diz e, por isso, tem a qualidade e o dom de dizer e desdizer colocando quem o escuta numa ilusão de isenção. Diz, não diz, conhece, desconhece, informa, desinforma, publicita livros, revela factos, olvida factos, vira à direita, vira à esquerda, fica no centro hoje, amanhã, se necessário, é PCP ou Bloco ou PS ou…
Fartos do Presidente da República Cavaco Silva, sorumbático e partidário, os portugueses estão a dar ao nível das sondagens maioria de intensões de voto a Marcelo Rebelo de Sousa. Pretendem alguém que os divirta, que faça da presidência da república um local menos cinzento, que fale para que o percebam que entretenha com intervenções de comentador político.
Os jornalistas convidados pelas televisões para comentar a política andam entusiasmadíssimos com Rebelo de Sousa. Ele é o melhor, tecem-lhe elogios, recorrem ao seu percurso político desde 1973, recordam que foi um dos fundadores do jornal Expresso, como se atualmente fosse garantia de alguma coisa. Esquecem-se, ou querem fazer esquecer que muita coisa mudou na política, especialmente desde 4 de outubro.
Esquecem que Marcelo Rebelo de Sousa andou em campanha eleitoral para as legislativas pelas ruas ao lado da coligação PàF do PSD e do CDS-PP. Marcelo é um político que, como a cortiça, está sempre à tona da água. Vira-se para todo o lado, quer "agradar a gregos e troianos". Ora diz que apoia este, ora pisca os olhos aos que lhe podem dar votos, ora mais à frente diz que tem apoiantes desde o PCP ao Bloco de Esquerda, como se isso fosse possível, a não ser que estejam todos de olhos fechados ou meio abertos.
Marcelo prepara há anos a sua carreira política e o comentário político nas televisões durante dez anos abriu-lhe a porta. A sua candidatura teve a ajuda da indecisão dos partidos a lançar, ou não lançar candidatos devido à proximidade entre as eleições legislativas e as presidenciais criadas pelo atual Presidente da República que prorrogou a data das legislativas até ao limite com o intuito de favorecer os partidos no Governo então em funções.
Marcelo, como Presidente da República, não hesitará em tomar decisões que possam dar vantagem ao seu partido e sempre que for oportuno. Não será Cavaco Silva, mas será um Cavaco Silva com o "savoir faire" que lhe é peculiar e em que é exímio.
É evidente que, em campanha eleitoral, qualquer candidato tem a tendência de dizer o que, quem lhe dá o votos, gosta de ouvir.
Rebelo de Sousa estrategicamente convida para sua mandatária Maria Pereira, uma jovem investigadora em biotecnologia que exerce a sua atividade em França. É uma forma de mostrar que, por um lado, a sua candidatura defende a educação e a ciência e, por outro, captar o eleitorado composto por jovens investigadores e académicos, competindo assim, nesta área, com Sampaio da Nóvoa que terá eventual apoio das universidades. Esta estratégia tem ainda a vantagem de chamar a atenção para o seu distanciamento em relação à política de Passos Coelho nesta área e, mostrar a intencionalidade de remediar a destruição que causou a investigadores e universidades e à educação em geral. Enquanto presidente não sabemos como o fará porque são competência do Governo, colocando-se assim como se fosse tivesse um programa de candidato a primeiro-ministro.
Ele próprio o confirma quando considera que Maria Pereira representa o futuro, a aposta na educação e na ciência defendida pela sua candidatura, e é também um exemplo dos jovens que nos últimos anos partiram para o estrangeiro e um elogio aos emigrantes portugueses. Esperteza e argúcia política não lhe faltam… Cuidado e olho ele…
Recordem-se que o segredo para vender é "sinceridade". Assim que a conseguirem imitar venceram!
É só seguir as instruções
|
|
Marcelo Rebelo de Sousa é um candidato produzido nos mediam e por eles apoiado. Não fosse a sua visibilidade televisiva e estaria ao mesmo nível de todos os outros. Marcelo pode ser um estudo de caso da influência dos mediam nas opções de voto. Marcelo é um "show men" da política. Marcelo responde ao que os portugueses mais apreciam na política a capacidade de serem conduzidos por alguém que os consiga iludir com traços de credibilidade, seja ele quem for.
Marcelo tem tudo aquilo que a maioria dos portugueses gosta num político, conversa fiada, mediatismo, popularucho e vendedor de falsa política e que lhes transmitam empatia, ou seja, com quem se identifiquem emocionalmente. Os portugueses têm necessidade de alguém que percebam e que os conduza a um rumo, não interessa qual, desde que de acordo com o seu conservadorismo atávico. Dito de outra forma, precisam de alguém que exprima o reaparecimento de caracteres que pertenciam a gerações antepassadas e que tinham já deixado de se manifestar.
Marcelo Rebelo de Sousa, quer se queira ou não, é um político que não se distanciará do seu perfil ideológico na política. Aparentemente poderá mostrar-se como sendo um candidato de todos os quadrantes, com "savoir faire", com capacidade comunicacional e que diz não fazer o mesmo que fez Cavaco Silva. É tudo uma questão de forma.
A tagarelice de Rebelo de Sousa tem sido mais do que óbvia viu-se na entrevista que deu na televisão. Foi a entrevista dum comentador da política que comenta a sua candidatura política. As televisões apoiam a sua candidatura sem qualquer espécie de preconceito no sentido da relevância que lhe atribuem em detrimento de outras candidaturas.
Segundo as últimas sondagens (15 de dezembro), Rebelo de Sousa, ao estar à frente nas sondagens mostra que o comentador político entra em todos os eleitorados e é o candidato mais nomeado entre os eleitores do PS, BE e CDU, o que parece irrealista, demonstra que os portugueses preferem à frente da Presidência da República uma figura mediática que venda comentários políticos.
Há figuras que são criadas, produzidas e gratuitamente vendidas pelos media, Marcelo Rebelo de Sousa é uma delas. Não fosse o mediatismo que a TVI lhe proporcionou e não estaria agora à frente das sondagens.
Já disse em tempo, neste blog, que, se Cristina Ferreira da TVI se candidatasse à Presidência da República teria probabilidade de ganhar. Os portugueses são assim…
Não é por acaso que a direita decidiu apoiar a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, eles sabem que irá estar ao seu lado como Cavaco Silva sempre fez mas com estilo diferente.
A direita tendo perdido o poder que pensava garantido para sempre segura agora Marcelo como uma hipótese de, a prazo, voltar novamente ao poder. Aliás, o discurso da direita tem vindo a mudar, inclina-se mais para o centro e já utiliza ideias perfilhadas pela esquerda, quer agora mostrar que é um partido social democrata que perdeu e que se voltar ao podder voltará à senda do neoliberalismo.
À primeira oportunidade o candidato Marcelo, se for eleito, tenderá a conduzir os processos da política ao seu modo, isto é, para o lado da direita. O candidato Marcelo pisca o olho a todos os quadrantes partidários, da direita à esquerda radical. Tudo lhe dá jeito, depois se verá…
Na passada sexta feira Passos Coelho no Conselho Nacional do PSD destacou o mandato "apartidário" de Cavaco Silva (hilariante!) e afirmou querer que Marcelo Rebelo de Sousa seja um Presidente como Cavaco Silva e apelou a que os eleitores e militantes votem em Marcelo tendo o PSD aprovou apoio a Marcelo por unanimidade e aclamação. Está tudo dito! A perda de poder pelo PSD, que lhe soube a pouco, leva-o a recorrer a todos os meios que lhe possam garantir a volta à cadeira dos privilégios governativos. A direita quer agora, através de Marcelo, ganhar nas presidenciais como forma de revalidar e justificar o ganho que obteve nas eleições legislativas mas perdeu na Assembleia da República.
Para quem tenha sido fã do Presidente da República Cavaco Silva terá em Marcelo Rebelo de Sousa o seu presidente. Mas Marcelo já disse que não será como Cavaco Silva, e não será. Ninguém é igual a outro, o estilo pode mudar mas as opções e as decisões, essas é que importam.
Por sua vez, Paulo Portas também apoia Marcelo. "Não precisamos de um Presidente também socialista" disse ele. Pois claro, precisam de um que seja de direita e bem!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.