Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Quando leio afirmações de chefes de partidos populistas da extrema direita a dizer que pretendem mudar o sistema e, para isso, servirem-see da democracia e das suas instituições, que dizem estar contaminados e corruptas para os seus objetivos, lembro-me de Donald Trump que durante a campanha presidencial em 2016 que falou do pântano da Casa Branca, não consigo evitar um sorriso de gozo e, ao mesmo tempo, de inquietação ao saber o que se passou posteriormente quando chegou à Casa Branca, chegou-se à oposição entre a decência e a falta de escrúpulo. Também não é por acaso que partidos da direita xenófoba europeia vêm na vitória de Trump um bom augúrio.
Disse Trump na altura da campanha presidencial de 2016 que iria “Secar” ou “drenar o pântano”. O sentido era acabar em Washington com os lóbis, com a troca de favores e misturas de interesses públicos e privados em Washington, dizia querer limpar o sistema.
No dia 10 de outubro do corrente ano o conceituado diário Newyork Times, jornal preferido pelos liberais, num jornalismo de investigação colocava em título “O pântano que Trump construiu” e em subtítulo “Um presidente-empresário transplantou a busca de favores em Washington para os hotéis e resorts de sua família - e ganhou milhões como guardião de sua própria administração”. O facto era sustentado pela investigação do jornal referindo-se aos antecedentes do império de Trump esclarecia que, quando ainda não era presidente, o império empresarial de Trump era bem mais frágil do que parecia: hotéis, resorts e outras propriedades a passar severas dificuldades financeiras, em muitos casos com perdas acumuladas de várias décadas.
Com a chegada à Casa Branca do presidente Trump foi ótima para a sobrevivência do empresário Trump. Depois das eleições, os negócios familiares passaram a ter uma fonte de receita até então inexistente: o dinheiro de todos aqueles que queriam algo do líder do mundo livre.
Segundo o Newyork Times assim que Trump chegou à Casa Branca, a empresa da sua família descobriu um novo e lucrativo fluxo de receita: eram pessoas que queriam algo do presidente. Uma investigação do The Times encontrou mais de 200 empresas, grupos de interesses especiais e governos estrangeiros que patrocinavam as propriedades de Trump enquanto colhiam benefícios dele e da sua administração.
Não se consegue perceber o que está a acontecer quando vemos um Presidente da maior potência do mundo decide de forma errática e oportunística. Donald Trump “já antes tinha atacado as instituições americanas, mas nunca tão abertamente Trump atacou as instituições da democracia, mas nunca tão abertamente como fez durante a noite, diz o Washington Post.
Sua falsa alegação de vitória, grito de “fraude” e ameaça de ação legal atingem o coração das eleições livres.
Será isto que o povo americano irá querer para seu Presidente?
Se é isto que os americanos pretendem para o seu país que foi considerado a maior democracia do mundo, o país das liberdades e diziam lutar pela liberdade dos povos, então, terão a oportunidade para isso nas eleições do dia 3 de novembro. Mas depois não nos digam que não sabiam. Fazer dos EUA novamente grande outra vez é voltar à real democracia.
Raramente tenho dedicado neste blogue espaço para falar sobre Donald Trump, calha agora dias antes das eleições nos EUA.
O que se sabe sobre a presidência de Trump é o que a comunicação social nos vai informando e pelos jornais de referência dos EUA. As redes sociais o lá encontramos na sua maioria é apenas lixo desinteressante que nem para reciclagem serve.
Donald Trump é um autocrata, uma espécie de soberano absoluto e torna- se necessário que a américa o trave. Tem havido a tendência para um candidato a ditador autocrata, a exemplo de Donald Trump, seja apenas ridicularizado, como um palhaço político que não deve ser levado a sério. Será que há que veja a diferença entre os democratas e Donald Trump?
As ditaduras são construídas sobre o negacionismo. Atualmente os ditadores, sejam de esquerda, sejam de direita, assumem o poder gradualmente. Às vezes, um candidato a ditador é ridicularizado como um palhaço político que não deve ser levado a sério. Enquanto isso acontece, ninguém consegue acreditar que está a caminho da estrada da ditadura, algo que até agora seria impossível acontecer nos EUA.
Os autocratas geralmente gozam de amplo apoio público para as suas medidas repressivas. Inicialmente, eles visam “outros”, enquanto a maioria aplaude. O público apenas reconhece a ameaça quando seja tarde demais. Os partidários que mais aplaudiram o autocrata são frequentemente sujeitos a expurgos ideológicos e tornam-se algumas das primeiras vítimas do regime.
Pelo que nos chegou ao fim de quatro anos no cargo, é impossível não perceber o que Trump realmente é. Ele é um sujeito que deseja poderes ditatoriais manifesta-se através de comportamentos antissociais, egocentrismo extremo, instabilidade e impulsividade, que são características da psicopatia, talvez congénita, como Mary Trump por meias palavras o classificou no seu livro “Demasiado e nunca Suficiente”.
Trump retirou do governo todos as que poderiam atrapalhar o seu caminho. Está agora rodeado por entusiastas como o procurador-geral William Barr e o secretário de Estado, Mike Pompeo, Secretário de Estado dos Estados Unidos desde 2018.
O general Mark Milley, que afirma ser oficial militar americano, caminhou pelas ruas de Washington, D.C. na noite da primeira segunda-feira de junho com Trump e Barr, enquanto militares dos EUA eram usados ilegalmente para atacar manifestantes e afastá-los para que Trump pudesse posar para uma foto segurando uma Bíblia em frente à Igreja Episcopal St. John’s, pensando que possuir uma Bíblia seria suficiente para reunir a sua base evangélica branca o que demonstrou ser um homem sem convicções morais.
Segundo a imprensa americana na altura das manifestações contra a brutal morte de Floyd pela polícia de Minneapolis helicópteros militares voavam baixo sobre Washington, logo acima das cabeças dos manifestantes que protestavam contra o assassinato em 25 de maio. O barulho e as explosões aéreas vindas dos helicópteros foram usados para dispersar multidões (a presidente da autarquia de Washington, Muriel Bowser, disse que o Pentágono pediu tropas a Maryland e Virgínia sem o conhecimento do governo local.
Ainda segundo a imprensa america Trump revelou suas intenções autoritárias em uma teleconferência com os governadores estaduais, na qual os repreendeu por serem fracos diante dos protestos, exigindo que eles “dominassem” os manifestantes, ameaçando enviar tropas para seus estados se não atendessem às suas demandas. Trump também conversou naquele dia por telefone com o presidente russo Vladimir Putin; talvez ele estivesse recebendo dicas sobre como esmagar os dissidentes.
Num artigo de James Risen, ex-repórter do New York Times e prémio Pulitzer de Reportagem Nacional de 2006, numa revista norte americana pode ler-se que “Trump a acelerar para um caminho em direção a uma ditadura porque o que resta do Partido Republicano está ansioso para que ele assuma cada vez mais poder. Trata-se, neste momento, de um partido identitário branco, cheio de velhos brancos que temem as tendências demográficas do aumento da diversidade. Eles não gostam da América como ela é agora e querem que Trump destrua as regras e leis que protegem as minorias, os pobres e os menos favorecidos”.
No início do mês, o congressista Matt Gaetz, seguidor de Trump, sugeriu uma resposta republicana aos protestos quando “pediu que todas as armas letais da guerra global contra o terror fossem trazidas para a américa e se voltassem contra manifestantes americanos. Gaetz colocou no Twitter a ameaça “Agora que vemos os grupos de oposição ao fascismo (Antifa) claramente como terroristas, podemos caçá-los como fazemos com aqueles no Oriente Médio?” Parece que o Twitter restringiu o acesso ao tuite de Gaetz, designando-o como como glorificação da violência. Republicanos como Gaetz que defendem o fim do estado de direito, vão acabar vendo a sua sobrevivência depender dos caprichos de Trump.
Se é isto que os americanos pretendem para o seu país que foi considerado a maior democracia do mundo, o país das liberdades e diziam lutar pela liberdade dos povos, então, terão a oportunidade para isso nas eleições do dia 3 de novembro. Mas depois não nos digam que não sabiam. Fazer dos EUA novamente grande outra vez é voltar à real democracia.
Consideram-se deuses na terra, abençoados por Deus ou, ainda, profetas conduzidos por Deus para salvarem o povo. Donald Trump insere-se ele próprio neste perfil para poder iludir o povo dos Estados Unidos da América e os evangélicos dão-lhe também uma mãozinha.
Numa peça de reportagem televisiva após ele ter saído do hospital onde presumivelmente terá estado ou ainda está com a covid-19 ouve-se alguém, uma voz de homem a gritar vivas a Tump e a dizer “eu dava a vida por este homem!”. A onde chegou o povo e o desespero que leva os homens a acreditar em algo tão abjeto.
A presidência de Donald Trump nos Estados Unidos da América tem sido, e ainda é, um pesadelo para a maioria real dos cidadãos americanos. Foi, de certo modo, um choque social explorado para obter vantagens sobre uma população desorientada pelos discursos populistas de quem escolheram para os liderar.
Em livros, documentários, artigos de opinião, notícias factuais e reportagens de investigação podem observar-se várias tendências como imposição de marcas, ascendência e influência de grandes fortunas sobre o sistema político e imposição global do neoliberalismo servindo-se do racismo e do espetro do medo do “outro”, causador da insegurança.
Trump é uma espécie de
r.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.