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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Se hoje Portugal ultrapassou cinco países na lista que a direita utiliza para desvalorizar as conquistas dos portugueses e se Portugal cresceu mais do que a Espanha em 2017, 2018~, e está a crescer mais em 2019, e se somos uma economia mais forte, com contas públicas certas e equilibradas, não se pode colocar em causa o rumo que seguimos que o PSD pretende "efabular" com um perigoso choque fiscal.
Numa decisão consciente de voto há que ponderar vários fatores. Um dos que deve ser considerado é o que interessará mais ao país e às pessoas. Analisemos cada um deles.
Uma maioria relativa do Partido Socialista trará provavelmente a prazo instabilidade política idêntica à de Espanha e de Itália. Em primeiro lugar porque a configuração da
Assembleia da República, órgão legislativo do Estado Português com competência legislativa que resultar das eleições é que irá decidir durante os próximos quatro anos de mandato as votações a favor ou contra de legislação importante para o país como, por exemplo, o Orçamento Geral do Estado.
O que poderá então acontecer caso o Partido Socialista vença com maioria relativa?
O que poderá então acontecer caso o Partido Socialista vença com maioria absoluta?
As propostas de Rui Rio do PSD para baixa de impostos até 2023, isto é, a baixa de impostos vai ficar próximo da campanha eleitoral que será em 2024. Depois logo se vê! Será que é para depois ter de aumentar novamente os impostos. São meras contas de ilusionismo que resultarão em desbaratar tudo o que se conseguiu durante quatro anos.
E, para terminar, aspetos positivos executados pelo PS, e, justiça seja feita, algumas com a participação do PCP e BE:
Após ter sido um país insolvente e na penúria, urge mostrar a realidade que muitos pretendem apagar graças a António Costa e ao seu Governo, o resto é mero clubismo e cegueira partidária:
- Acabaram os cortes nas pensões;
- Acabaram os cortes nos salários;
- Acabaram os cortes no IRS (CES);
- Reduziu-se o IVA da restauração;
- Aumentou-se o salário mínimo;
- Aumentou-se o abono de família;
- Aumentou-se o subsídio de inserção social;
- Aumentou-se o complemento solidário para idosos;
- Aumentou-se o subsídio de desemprego!!!
- Descongelaram-se os salários da Função Pública;
- Descongelaram-se as pensões;
- Aboliu-se o corte de 10% no subsídio de desemprego;
- Aumentaram os escalões de IRS!!!
- Devolveram o subsídio de férias e de natal;
- Reduziram o horário de trabalho;
- Revolveram 4 feriados;
- Manuais escolares gratuitos;
- Bónus no IMI por cada filho;
- Aumentaram as deduções fiscais;
- Grande redução dos passes nos transportes públicos;
- Manuais escolares gratuitos;
- Acabou-se com o Pagamento Especial por Conta;
- Reduziu-se a dívida pública de 130% do PIB para 123%!
- Portugal cresceu acima da média da União Europeia!!!
- Reduziu-se a taxa de desemprego de 12% para 6%!!!
- Inverteu-se o saldo migratório de negativo para positivo;
- Pagamos de juros de dívida pública menos 2.000 milhões de euros do que pagámos em 2015!!!
- A remuneração média mensal dos trabalhadores por conta de outrem subiu 8,2% em relação a 2015;
- As exportações sofreram um forte aumento de cerca de 20%!!!
- Deu-se um alívio fiscal em IRS de mais de 1.000 milhões de euros!
- O Investimento subiu mais de 20%!!!
- Foram concluídas as 100 Unidades de Saúde Familiar prometidas no programa de governo...
Depois de lerem o que escrevi virão alguns ferrenhos e exaltados do BE acusar-me de não saber o estou a dizer, de não perceber nada disto e acrescentar que tudo o que escrevi é uma idiotice. Até mesmo correndo o risco de me chamarem fascista, capitalista, reacionário, revisionista, social-fascista, inimigo do povo, lacaio do capital, amigo dos patrões, explorador do trabalho alheio, traidor à Pátria, etc., etc., apesar disso tudo aqui vai:
a) Não aprecio radicalismos e, como tal, ao ler o programa do BE até fugi, tal é a dose! Mas mesmo que assim não fosse contém propostas altamente demagógicas e, talvez até, a maior parte inexequíveis a prazo. É uma lista de boas intenções para atrair muita gente boa. O programa do BE é vago e sem forma de execução objetiva a não ser parcial e pontualmente e como complemento a medidas realistas.
b) Porque tudo aquilo que é positivo, que interessa às pessoas e consta do programa do BE também está nas promessas de outros partidos.
c) Porque é anti União Europeia embora lá se encontre representado. Será que está lá com a justificação de a destruir por dentro?
d) O BE sendo contra a iniciativa privada põe em causa as suas dinâmicas com as medidas propostas. Se não é, faz bem o papel propondo taxar as empresas sempre que pode.
e) Para o BE a criação de emprego é vista como algo que deve ser o Estado a garantir. Um mundo de funcionalismo público.
f) O BE tem uma ânsia desmedida de nacionalizar e transformar tudo o que possa em público, até os empregos.
g) Há uma ambição gastadora dos recursos financeiros que coloca como subjacentes ao bem do povo, mas com critérios por demais discutíveis de oportunidade e de quantidade.
h) Não tem olhos para o futuro. Gasta-se tudo agora e de uma só vez e, depois, logo de vê. A seguir a uma crise forte, ser for o caso, apanhamos novamente com a banca rota. Lembremo-nos de Tsipras na Grécia que se viu obrigado a negociar e a renunciar. Dizem que foi o capitalismo europeu e internacional. Que foram os juros que cobra, bla..bla…bla… Pois é! Mas acontece. E depois? Vamos pegar em armas e invadir esses tais países exploradores capitalistas? Ou, então, fechamo-nos ao mundo e ao isolacionismo e ficamos por cá com o marxismo-leninismo antirrevisionista como foi em tempos a Albânia? Sim, já sei. Hoje os tempos são outros e a coisa é diferente! Mas, há sempre um mas…
i) Criar habitação para os mais carenciados. Quem não quer? Com a reabilitação urbana ou com a nacionalização do património imobiliário?
j) O programa do BE propõe-se acabar com a banca privada e transformá-la toda em banca pública para vivermos melhor e em segurança?!!. Nem me digam!
k) Quanto ao dinheiro do Estado que dizem ir para a banca: o que me dizem? Deixar os bancos ir à falência e deixar que os depósitos e poupanças das famílias se volatilizassem?
l) Não pagar a dívida ou restruturá-la com riscos vários de credibilidade externa? Buh!
m) Restringir o investimento externo?
n) Aumentar a dívida pública e o défice aumentando a despesa pública? Ou será que os ricos, as empresas lucrativas que criam emprego paguem a crise indo lá buscar dinheiro com impostos e mais taxas!!!
Acho que Catarina Martins foi uma boa parceira política. Mas tenho de separar as águas!
Assim, há muitas mais razões, mas, estas chegam para não votar no Bloco de Esquerda.
Claro que estão a pensar que vou votar à direita. Pensem o que quiserem.
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