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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Miguel Frasquilho ao comentar frente as câmaras de televisão o resultado da conferência de imprensa de Vítor Gaspar sobre a 7ª avaliação da “troika” proferiu publicamente o maior disparate ao dizer que tudo o que se está a passar com o memorando é porque ele foi mal desenhado no seu início. Desculpa mais inconsistente não poderia existir. O Deputado Frasquilho veio apenas demonstrar que tem memória curta e que a desorientação em que se encontram os deputados que apoiam o governo estão sem controle já que recorrem a argumentos insustentáveis. Embora já comece a não ter qualquer impacto estar continuamente a recorrer ao passado como desculpa para o presente, fazer afirmações como aquelas apenas comprometem o PSD e o CDS.
Senão vejamos, cronologicamente, através da imprensa ao tempo das negociações do memorando, quem esteve envolvido nessas negociações e quem as reivindicou como tendo tido grande influência nas mesmas.
Depois de se lerem estas declarações não vale a pena fazer maios comentários. Cada um tirará as suas ilações.
12 de Abril de 2011
Passos Coelho disse ontem em entrevista à TVI que vai esperar que o governo assuma a sua responsabilidade de negociar com o FMI, mas deixou um alerta a José Sócrates: "Não há acordo sem o PSD."
Passos Coelho confirmou que será a equipa que está a preparar o programa de governo dos sociais-democratas, liderada por Eduardo Catroga, que irá depois negociar o acordo de ajuda externa a Portugal, que deverá passar por uma "verdadeira austeridade para o Estado, mas não mais para os cidadãos".
19 de Abril de 2011
A equipa do PSD que está hoje a discutir com o FMI, BCE e Comissão Europeia as condições do resgate financeiro de Portugal é composta pelos economistas Eduardo Catroga, Abel Mateus e Carlos Moedas, disse à Lusa fonte do partido.
A 'troika' do FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia chegou à sede do PSD cerca das 09:30.
3 de Maio de 2011
Catogra negociação foi essencialmente influenciada' pelo PSD.
O economista Eduardo Catroga afirmou hoje que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal «foi essencialmente influenciada» pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.
Afirmou ainda que o PSD terá autonomia, se for Governo, para substituir eventuais «medidas penalizadoras para os portugueses» do programa de ajuda externa a Portugal por outras que cumpram os mesmos objetivos
3 de Maio de 2011
O economista Eduardo Catroga afirmou esta terça-feira que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal "foi essencialmente influenciada" pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.
Numa declaração aos jornalistas, em nome do PSD, na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa, Eduardo Catroga considerou que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" dos sociais-democratas.
Segundo Eduardo Catroga, o primeiro-ministro, José Sócrates, agora apresenta-se "como vítima e como vencedor de uma negociação que foi essencialmente influenciada pelo principal partido de oposição".
3 de Maio de 2011
O economista Eduardo Catroga afirmou hoje que o PSD terá autonomia, se for Governo, para substituir eventuais "medidas penalizadoras para os portugueses" do programa de ajuda externa a Portugal por outras que cumpram os mesmos objetivos.
Numa declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Eduardo Catroga referiu ter defendido este princípio de autonomia junto da "troika" composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), "independentemente dos objetivos que vierem a ser definidos para o período 2011-2014".
"E houve uma adesão a este princípio de que o PSD, se for Governo, fica com autonomia para propor um novo 'mix' de políticas, se por acaso aparecerem amanhã [quarta-feira] surpresas de medidas penalizadoras para os portugueses", acrescentou o antigo ministro das Finanças.
"Negociação foi essencialmente influenciada" pelo PSD
Eduardo Catroga considerou que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" dos sociais-democratas.
4 de Maio de 2011
Jornal Público
Eduardo Catroga, que lidera a equipa do PSD no encontro desta manhã com atroika, afirmou à entrada para a reunião que o acordo alcançado ontem entre Governo e a Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) “é preferível ao chamado PEC 4”.
Mesmo com a assinatura de um acordo, o economista sublinhou que não deixará de “fazer reservas técnicas” ao documento.
Depois de conhecidas algumas das medidas que fazem parte do acordo de ajuda financeira anunciadas na noite passada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, Eduardo Catroga afirmou que estas são melhores do que algumas das inscritas no PEC 4. “O modelo é preferível ao chamado PEC 4”, considerou, acrescentando que este será “um processo mais interessante do ponto de vista estratégico para a economia portuguesa, cujo principal problema o crescimento económico”.
4 de Maio de 2011
Governo diz que conseguiu "um bom acordo". Catroga garante que posições do PSD foram cruciais para o resultado final.
Ontem, quando Sócrates anunciou o acordo com a ‘troika', começou por dizer que o governo tinha conseguido "um bom acordo." Minutos depois, Eduardo Catroga puxou para o PSD o resultado das negociações. "A negociação foi essencialmente influenciada pelo principal partido da oposição"
4 de Maio de 2011
Eduardo Catroga disse que a revisão da trajetória do défice foi uma "grande vitória" do PSD, sendo que o acordo entre o Governo e a troika é "melhor que o PEC IV"
O economista Eduardo Catroga afirmou que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal "foi essencialmente influenciada" pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.
O antigo ministro das Finanças alegou que a "troika" composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia (CE) percebeu a "estratégia diferenciadora" do PSD "quanto à qualidade da consolidação orçamental, quanto à necessidade de virar agora a austeridade, não para as pessoas, mas para o Estado, quanto à necessidade de a austeridade ter mais justiça social".
"O Governo perdeu a batalha de querer convencer que as medidas do PEC IV eram as melhores para o país, de que a trajetória do défice o público era a melhor para o país, perdeu a batalha de não considerar conjuntamente com as medidas de austeridade do Estado", defendeu.
De acordo com Eduardo Catroga, as "informações gerais" que foram hoje conhecidas sobre o programa de ajuda externa a Portugal mostram que "o chamado PEC IV estava ultrapassado e que as medidas nele constantes eram insuficientes, na medida em que há um reconhecimento de que o défice para 2011 é bastante superior".
"Como também se conseguiu demonstrar, como, aliás, o presidente do PSD em tempos já tinha dito, que era necessário rever a trajetória do défice que o Governo, inconscientemente, tinha acordado com Bruxelas", disse.
Ouve-se todo o tipo de pessoas dizer mal, por todo o lado, do primeiro ministro e de alguns dos seus ministros mais afoitos, porque outros passam entre os pingos da chuva. Todos se queixam da crise!!
É uma injustiça que se faz a Passos Coelho e ao seu governo. Crise para aqui, crise para ali, o governo isto, o governo aquilo, eu sei lá!...
Quanto às nomeações, as criticas que têm sido feitas são ainda mais injustas. Foram feitas menos nomeações, mas todas elas necessárias e apenas "oferecidas" a personalidades da maior competência. Vejam-se, por exemplo, os casos do Dr. Santana Lopes e da Drª.Celeste Cardona e alguns mais... Podem não perceber nada sobre o cargo que ocupam, mas isso não é objeção que se ponha, pois a sua "capacidade de adaptação" e de liderança a qualquer "cargo" é de grande nível e mais do que suficiente! O caso do Dr. Catroga é diferente por que se enquadra noutro "perfil de nomeações"!
Não é justo, portanto, criticar este governo e Passos Coelho porque estão a fazer tudo para salvar Portugal da bancarrota. Salvam Portugal quando abrem excepções, melhor dizendo ajustamentos, aos cortes nos subsídios em algumas empresas, como a CGD, TAP entre outras, enquanto os outros têm e devem contribuir com sacrifícios, porque deles depende a sobrevivência de Portugal.
Quando falamos do pagamento excessivo das portagens das auto-estradas estamos a insultar o governo, o que é injusto! Se não vejamos, critica-se o preço das portagens e o tráfego descomedido de carros de baixa cilindrada que aumentava nos fins de semana não deixando circular outros acima dos limites de velocidade. Esse problema acabou! O custo dos combustíveis e as portagens vieram moderar o tráfego, por isso já se pode circular muito melhor e com menos risco... e ainda nos queixamos?! Devemos apoiar este governo também nesta matéria porque agora já se circula melhor. O caso das estradas alternativas? Isso não interessa para aqui agora! As autoestradas diminuiram o tráfego. Os utentes que agora por elas circulam agradecem, e as empresas concessionárias também, uma vez que estas recebem do Estado o valor correspondente à diferença em relação à diminuição do tráfego, que foi inicialmente estimado quando do contrato. Isto significa que os que já não têm possibilidade de circular por elas estão a pagar para os que fazem delas as suas autoestradas privadas!
Contudo irrompe a minha perplexidade ao observar o reverso da medalha.
A realidade é que estes lamentos e as situações atrás descritas fazem-se sentir com mais frequência à mesa de restaurantes, muitos deles cheios à hora de almoço nos dias de semana, já para não falar nos fins de semana. Ah! a crise na restauração, é verdade! Esses que dizem estar em crise por causa do aumento do IVA não contam, por que não têm "chefs" nem ofertas gourmet! Não vale a pena gastar tempo com eles visto serem frequentados por classes gastadoras que não sabem poupar!
De facto os portugueses são piegas! Criticam-se medidas do governo como o aumento do IVA em bens essenciais e na restauração, o corte de pensões e subsídios, o novo código de trabalho, a atualização sistemática do IRS, o aumento dos combustíveis, etc. mas a realidade é continuarem a viver como se nada os afetasse. Os jovens reivindicam o não pagamento de propinas mas continuam a levar uma vida de concertos rock, discotecas e restaurantes aos fins de semana.
Excluo deste cenário os desempregados de longa duração e os com mais de 40 anos além de outros cidadãos em situação difícil, sem esquecer os jovens que procuram o primeiro emprego. Para todos os outros a crise passa ao lado!
Por isso, não há crise nenhuma e devemos continuar a apoiar Passos Coelho na sua difícil tarefa para mudar este país de perdulários. O quê, isto não é assim? Édemagogia?! Pronto... já cá não está quem falou!
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