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Quando leio afirmações de chefes de partidos populistas da extrema direita a dizer que pretendem mudar o sistema e, para isso, servirem-see da democracia e das suas instituições, que dizem estar contaminados e corruptas para os seus objetivos, lembro-me de Donald Trump que durante a campanha presidencial em 2016 que falou do pântano da Casa Branca, não consigo evitar um sorriso de gozo e, ao mesmo tempo, de inquietação ao saber o que se passou posteriormente quando chegou à Casa Branca, chegou-se à oposição entre a decência e a falta de escrúpulo. Também não é por acaso que partidos da direita xenófoba europeia vêm na vitória de Trump um bom augúrio.

Disse Trump na altura da campanha presidencial de 2016 que iria “Secar” ou “drenar o pântano”. O sentido era acabar em Washington com os lóbis, com a troca de favores e misturas de interesses públicos e privados em Washington, dizia querer limpar o sistema.

No dia 10 de outubro do corrente ano o conceituado diário Newyork Times, jornal preferido pelos liberais, num jornalismo de investigação colocava em título “O pântano que Trump construiu” e em subtítulo “Um presidente-empresário transplantou a busca de favores em Washington para os hotéis e resorts de sua família - e ganhou milhões como guardião de sua própria administração”. O facto era sustentado pela investigação do jornal referindo-se aos antecedentes do império de Trump esclarecia que, quando ainda não era presidente, o império empresarial de Trump era bem mais frágil do que parecia: hotéis, resorts e outras propriedades a passar severas dificuldades financeiras, em muitos casos com perdas acumuladas de várias décadas.

Com a chegada à Casa Branca do presidente Trump foi ótima para a sobrevivência do empresário Trump. Depois das eleições, os negócios familiares passaram a ter uma fonte de receita até então inexistente: o dinheiro de todos aqueles que queriam algo do líder do mundo livre.

Segundo o Newyork Times assim que Trump chegou à Casa Branca, a empresa da sua família descobriu um novo e lucrativo fluxo de receita: eram pessoas que queriam algo do presidente. Uma investigação do The Times encontrou mais de 200 empresas, grupos de interesses especiais e governos estrangeiros que patrocinavam as propriedades de Trump enquanto colhiam benefícios dele e da sua administração.

Não se consegue perceber o que está a acontecer quando vemos um Presidente da maior potência do mundo decide de forma errática e oportunística. Donald Trump “já antes tinha atacado as instituições americanas, mas nunca tão abertamente Trump atacou as instituições da democracia, mas nunca tão abertamente como fez durante a noite, diz o Washington Post.

Sua falsa alegação de vitória, grito de “fraude” e ameaça de ação legal atingem o coração das eleições livres.

Será isto que o povo americano irá querer para seu Presidente?

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publicado às 16:09

Ditos e escritos do Facebook

por Manuel_AR, em 03.10.19

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CDS suspendeu campanhas pela morte de Amália e de irmã Lúcia, mas Cristas continua na estrada apesar da morte de Freitas do Amaral. Mudastes de ideias?... toma lá e embrulha. Assim funciona a democracia do CDS.

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Com maioria absoluta do PS ainda todos podemos conviver, sim, até a direita, com maiorias do BE e do PCP e outros de direita que há por aí é que já tenho as minhas dúvidas. Conviver com aceitação democrática.

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Como Tancos salva a direita de si própria

O homem que esvaziou o Porto como está a esvaziar o PSD - massa crítica, identidade, desígnio, lá vai carregando a caravana pelas ruas do país longe das arruadas laranja de outrora. Como no Porto, talvez estas eleições sirvam para renovar o partido, uma vez terminadas. Trazer chama e visão à liderança do PSD urge, porque é fundamental para o país que a direita se reencontre como parceira de um centro comum para esvaziar a chico-espertice saloia da ladainha populista.

Pedro Abrunhosa no jornal Público.

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Quem nos diz que, se Rui Rio fizesse tudo o que está a prometer não levaria o país a entrar numa nova crise?

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Quem é o grande inimigo do BE e do PCP? É direita? NÃO! É o PS.

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Quem é que o BE e o PCP estão a ajudar. O PSD, claro!

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O PSD agradece a ajuda do BE e do PCP!

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A advogada Ana Pedrosa foi convidada para integrar as listas às legislativas, do Partido Aliança. A santanete respondeu numa entrevista:

Tem receio de uma maioria absoluta do PS?

Honestamente, não sei se é pior uma maioria absoluta do Partido Socialista ou uma nova geringonça. Tenho muito medo de uma nova geringonça. Pessoalmente, acho que é pior uma nova geringonça. Tenho muito receio da imposição moral, da tentativa permanente de destruição de valor que tem esta extrema-esquerda que apoia o PS…. Assusta-me muito ficar refém da extrema-esquerda.

Lurdes Rodrigues no Público:

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"É pena que Tancos tenha tomado conta desta campanha eleitoral. Percebe-se: Rui Rio e Assunção Cristas precisavam de mobilizar as suas bases, bastantes desmotivadas. Caiu-lhes no colo o tema de que precisavam para dramatizar e provar ao seu eleitorado potencial que são capazes de ser bravos, acutilantes, guerreiros, que são capazes de ser oposição. E assim se foi o que as campanhas eleitorais têm de melhor."

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A coordenadora do Bloco de Esquerda é uma atriz extraordinária. Passou rapidamente do papel da ativista antissistema, revolucionária e contestatária para uma sedutora política calma e cooperante. Porquê? - Perguntam vocês. Para caçar aqui e ali uns votinhos de um ou outro indeciso ou descontente com o radicalismo de outros.

Não, ela não é falsa. Faz parte do número de teatro a que a caça ao voto a obriga. Objetivo principal, apenas um só: evitar maioria absoluta do PS.

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Tancos agora outra vez? Acham que a maioria dos portugueses são tontinhos ou quê?

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No tempo de Salazar a direita utilizava todos os meios para neutralizar e difamar quem se lhe opunha. Atualmente a direita utiliza a mesma estratégia para o mesmo efeito.

Tudo o que Rui Rio disse sobre julgamentos na praça pública caiu por terra. Ele utiliza agora o que criticou.

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A direita, PSD e CDS, e seus meninos de coro, sem nada na mão, oferecem-nos Tancos.

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Da Revista Der Spiegel:

Primeiro Ministro de Portugal António Costa.

Ele sabe como tirar um país da crise

O primeiro-ministro de esquerda, António Costa, salvou Portugal da falência. Enquanto isso, a economia está crescendo. Agora ele está prestes a ser reeleito. Qual é a receita dele para o sucesso? Por Helene Zuber

20 de setembro de 2019

Quando António Costa conhece pessoas, ele as olha diretamente no rosto e sorri para elas. Curioso, o primeiro-ministro português se aproxima de colegas como Angela Merkel, aperta as mãos educadamente antes da entrevista ao vivo na televisão, ouve atentamente os cidadãos que se dirigem às ruas para seu chefe de governo. Ele sempre parece estar de bom humor, com o olhar levemente irônico dos olhos escuros por trás dos óculos sem aro.

O simpático senador Costa, com seu governo de minoria socialista, tolerado pelos comunistas e pelo bloco de esquerda trotskista, resistiu por quatro anos - um feito que quase ninguém esperaria que ele fizesse. Como "Geringonça", a caixa de diálogo, a oposição zombou da aliança quando assumiu o cargo há quatro anos.

No entanto, embora a Espanha tenha sido eleita mais no país vizinho do que a Espanha, Costa tem um mandato bem-sucedido - e ele quer ser reeleito em 6 de outubro. Suas chances de escolha são altas

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Acho que os portugueses já se estão borrifando para Tancos. Serve só para baralhar.

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Rui Rio nas entrevistas mostra-se um exímio vendedor de algo que qualquer um não hesitaria em comprar. O que acontece é que depois o comprador ao abrir o conteúdo acabaria por verificar que o material estava com defeito e que a devolução do material tornava-se difícil.

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Acho que sim! Tudo bem esmiuçadinho para desviar o vazio apresentado pela direita.

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BE e PCP pretendem que a votação no PS seja a mais baixa possível, mesmo que os votos vão para a direita, porque assim têm mais margem de manobra para pressionar o PS para políticas mais à esquerda no contexto da assembleia da República.

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A justiça não para e é implacável. O momento e o tempo por ela escolhidos são os mais oportunos para a aplicar. O tempo da justiça nada tem a ver com o tempo da política. E ainda há quem diz mal dela.

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Há uma nova polémica no PSD. Vários deputados do partido estão indignados com a liderança da bancada parlamentar. Acusam Fernando Negrão de ter usado as suas assinaturas sem autorização e sem os ter informado.

Os visados alegam que o uso sem consentimento faz ainda menos sentido porque estava em causa um pedido de fiscalização para o Constitucional.

Em causa estão assinaturas digitais, mas os parlamentares lembram que neste caso, por se tratar de um pedido de constitucionalidade, deviam ter sido contactados.

O líder da bancada parlamentar do PSD, Fernando Negrão, já admitiu à SIC o que aconteceu. Reconhece que foram usadas assinaturas sem autorização. E que agora, a pedido dos próprios, terá de as retirar e substituir por outras.

Todos os detalhes desta história no Polígrafo/SIC, no Jornal da Noite.

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Rui Rio é um grande propagandista de feira que tem receita para todas as maleitas.

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Então Dr. Rui Rio, punir jornalistas que condenem e tragam para a praça pública o que é da justiça! Onde está a a coerência? Ah! Pois! Isso é só às terças e quintas.

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Rui Rio se ganhar podem esperar pela pancada!

Rui Rio e o rigor das finanças públicas. "Faria igual a Maria Luís Albuquerque, ou pior"

Frase foi dita na reunião da bancada do PSD. Ao Observador Rio explica: perguntaram-lhe se ia haver mudança de rumo, respondeu que rigor nas contas era para manter. "Notícia seria dizer o contrário" (2017).

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Devo ter-me equivocado ao ler os programas da direita. Porque na campanha só os oiço falar em Sócrates, Tancos e laços familiares e nada de propostas! Ou, vá lá, pelo menos promessas mesmo que sejam inexequíveis.

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Sem uma maioria muito significativa do PS fica-se novamente na dependência das esquerdas BE e PCP com as inerentes dificuldades de governação e pior do que a geringonça, ou então caminha-se para ficar na dependência da direita.

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Ira para o Governo e encontrar contas certinhas era tão bom não era?

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As outras famílias (A confirmar).

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Mas, afinal, quem está o BE e o PCP a combater, a direita PSD+CDS ou o PS?

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Que raio de esquerdas BE e PCP são estas que parecem estar a favorecer a direita!

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Mas ainda há quem acredite nas patranhas de Rui Rio e no vazio das suas propostas?

É verdade já me esquecia, tem as propostas de Tancos!

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"O candidato melhor colocado para vencer é o que conseguir convencer o eleitor de que as suas promessas correspondem aos seus interesses e são para cumprir. A “mentira tem pernas curtas”!.

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"João Almeida, na qualidade de deputado do CDS, no programa “Prós e Contras” de 23 de outubro 2013, culpou os eleitores pelo facto dos partidos que ganham eleições mentirem durante a campanha eleitoral.

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Na opinião do candidato do CDS na coligação “Portugal à Frente” pelo círculo eleitoral de Aveiro, “se os partidos dissessem a verdade aos eleitores, e afirmassem que iriam cortar salários e pensões de reforma, aumentar os impostos perderiam as eleições”.

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Ao concluir o seu raciocínio afirmou: “os eleitores obrigam-nos a mentir”, disse uma vez Almeida do CDS.https://www.diariodaregiao.pt/…/a-dificil-arte-de-conquist…/

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Sobretudo as que ele sabe à partida que são impossíveis de cumprir. Talvez endividando mais o país gastando as reservas conseguidas. Ou será que vai ser um despesista sem critério como acusava o PS no passado o PSD ?

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Em memória do CDS

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Alfredo Barroso

29 de setembro às 11:55

QUANDO A ASSUNÇÃO CRISTAS FALA, PARECE-ME ESTAR A OUVIR O ANÚNCIO DA "NUTRIBALANCE" QUE TONIFICA E EMAGRECE (O CDS?)...

Não sei se já ouviram aquele anúncio da "Nutribalance" em que várias donas de casa - com aquele tom de voz mavioso e sabichão da líder do CDS-PP numa prova oral de Direito - testemunham os bons resultados do método tão 'tonificante' de 'emagrecimento', o qual, neste caso do CDS-PP, já está nos 3,6% de intenções de voto nas sondagens... - A.B.

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O CDS PRODUZ E DIVULGA NOTÍCIAS FALSAS

Os senhores da campanha do CDS enviaram para os jornalistas por Whatsapp mensagens a dizer que Rui Moreira do Porto ia apoiar o CDS e os jornais publicam sem confirmar? Será que os senhores jornalistas já pactuam com "fake news"? Rui Moreira já desmentiu. Mas os media não deram a esse desmentido o mesmo relevo à notícia. Depois há jornalista que ficam todos ofendidos quando os contrariam.

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Rui Moreira não vai à Casa da Música

Rui Moreira acaba de negar, no Facebook do PÚBLICO, a notícia de que esta noite estará ao lado de Assunção Cristas num espectáculo da Casa da Música. "É falso. Nunca apoiei o CDS e não vou apoiar o CDS. Aliás, não vou logo à Casa da Música. Não fui consultado sobre esta notícia", escreveu o presidente da Câmara do Porto. A informação foi enviada a meio da tarde pelos órgãos oficiais do CDS, por Whatsapp, para todos os jornalistas que acompanham a caravana do partido.

Apesar de ter enviado a informação, o CDS faz questão de clarificar que nunca anunciou a ida de Rui Moreira ao espetáculo, com Assunção Cristas, como um apoio formal à líder. No entanto, o gesto - vindo de um autarca que estabeleceu uma coligação pré-eleitoral com o CDS na Câmara do Porto - tem um significado político.

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Onde é que Rui Rio foi desencantar esse tal super cérebro das finanças que nunca apareceu em lado nenhum e que Rui Rio foi retirar por detrás do biombo das arrumações?

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Será que Rui Rio e o seu fiscalista, desculpem economista, ou sabemos lá o quê), teriam estofo para se baterem junta da UE por Portugal ou, se ganhassem, iriam para lá encher pneus como o fez Passos Coelho?

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O senhor génio das finanças de Rui Rio que ainda ninguém viu nem ouviu (ou estarei enganado?) não é aquele que foi assessor de Cavaco?

 

 

 

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publicado às 13:11

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O “grande apelo aos indecisos para colocar o PS no poder” feito pelo candidato às eleições na Madeira parece não ter resultado.

No continente, à medida que se aproximam as eleições legislativas de outubro, as sondagens mostram um elevado número de indecisos. O impacto dos indecisos aumentou entre agosto setembro (de 19,6% para 28,4%) é muito importante nos resultados eleitorais em eleições com grande nível de competição e podem contribuir se forem em grande número para fazer oscilar as previsões eleitorais. Mas quem são estes cidadãos, potenciais eleitores, e qual o seu perfil? Pode ver em: Campanha eleitoral e Debates. Comentário e opinião.

A indecisão eleitoral tem um significado e implicações relevantes em democracia. Devido às características dos indecisos as suas preferências e a sua instabilidade relacionam-se com uma menor participação e uma menor satisfação com o sistema político sendo muito importante no que respeita aos resultados eleitorais quando nas eleições mostram uma grande competição e uma tendência para uma maior dispersão do voto.

Assim, os indecisos são o alvo principal da ação de campanha eleitoral dos partidos na tentativa de os influenciar e condicionar as suas escolhas.

Podemos considerar, à exceção dos que militam num partido, dois tipos de eleitores: os determinados e os indecisos.

Os determinados ou resolutos como não conhecidos nos estudos da sociologia eleitoral podem ser assim caraterizados: os ideologicamente convictos e os seguidores partidário do tipo clubístico que em qualquer circunstância o seu voto é sempre, ou quase sempre, no mesmo sentido; os que variam o seu sentido de voto em função das circunstâncias que os afetaram direta ou, indiretamente, aquando da ação governativa do partido em que votaram; os que votam emocionalmente num partido pela simpatia ou pelo efeito presença, nomeadamente o aspeto físico do líder do partido candidato a primeiro ministro; os que transformam o seu voto numa forma de protesto face a antecedentes governativos e também ideológicos; os que conscientemente conhecem as estratégias, os programas e as propostas dos partidos e que traduzem a sua vontade no voto racional.

No segmento dos indecisos do eleitorado há os que se mantêm nesta atitude até ao momento da votação e baseiam a sua escolha eleitoral numa lógica aleatória, numa componente racional utilitarista ou numa dimensão mais afetiva. A indecisão pode ser fruto de uma maior apatia e distanciamento em relação ao envolvimento político. São eleitores muito permeáveis às campanhas partidárias. A falta de identificação partidária e ideológica reforça a indecisão da escolha eleitoral e estão mais sujeitos à persuasão pelas campanhas dos partidos.

A persuasão política e a propaganda são formas de influência social, são dois conceitos importantes na psicologia política e social que nos ajudam a compreender as complexidades do comportamento político. Podemos definir persuasão como um processo simbólico no qual os comunicadores tentam convencer outras pessoas a mudar suas atitudes ou comportamentos em relação a uma determinada situação através da comunicação de uma mensagem num contexto de livre escolha. É então um processo que tenta mudar a atitude, as crenças e os comportamentos dos sujeitos. Os partidos políticos para captarem as várias vontades dos eleitores utilizam a persuasão e a propaganda para atrair para sua esfera os eleitores que ainda não tenham uma opção.

Por sua vez a propaganda é a forma de comunicação utilizada por organizações ou pessoas para disseminar pensamentos e doutrinas, geralmente religiosas, ideológicas ou políticas. A propaganda quando aplicada com conotação negativa pode ser definida como  disseminação de ideias, informações ou boatos com o objetivo de ajudar ou prejudicar uma instituição, uma causa ou uma pessoa, ideias, factos ou alegações difundidas deliberadamente para promover a causa de alguém ou danificar uma causa oposta.

Em campanha eleitoral a propaganda abrange as ações que visam atrair seguidores ou influenciar a atitude de potenciaos eleitores. Ela busca convencer o público a adotar uma determinada atitude ou a aderir a um grupo ou ideologia particular. É também através desta estratégia que os partidos centram a sua campanha para atrair os indecisos.

“Nas últimas décadas, as democracias ocidentais testemunharam um aumento na proporção de eleitores que fazem sua escolha eleitoral no final da campanha”, Explaining Time of Vote Decision, Simon Willocq (2018).

Estudos efetuados há alguns identificaram os indecisos como eleitores sujeitos a influências contraditórias no que se refer às características sociodemográficas, atitudes políticas, como por exemplo opiniões divergentes com a família, vizinhos ou amigos e também a influências religiosas resultantes de conflitos e atitudes políticas divergentes. Foram identificados Por exemploonde se identifica um conflito entre a identificação partidária de um indivíduo e outras atitudes políticas, isto é, estes eleitores sentem-se próximos de um partido ou candidato, mas também gostam de algumas propostas de outros partidos, o que pode ser confirmado no artigo da Oxford University  Ambivalence and the Partisan Perceptual Screen.

Os eleitores indecisos são, de facto, muito voláteis e imprevisíveis. Na minha opinião um discurso político específico direcionado apenas a atrair aquele tipo de eleitores pode condicionar negativamente a atitude política de outros mais determinados na sua escolha. Normalmente o efeito da pressão sobre os indecisos pode levar a adiar a escolha de voto devida ao desconhecimento dos mecanismos internos para resolução deste conflito. Não são eleitores indiferentes ou neutros nem com falta de opinião, acontece que as suas opiniões entram em conflito com os seus critérios de avaliação.

Têm sido feitos estudos que associam este tipo de eleitores a terem uma baixa formação, menos interessados na política, com um menor nível de informação política e um nível cognitivo muito baixo e tendem, sobretudo, a reforçar as escolhas do passado. O nível baixo de informação dificulta decisões baseadas em determinantes básicos como proximidade partidária, avaliação do governo ou da economia, posição dos partidos no eixo do espetro ideológico.

Acontecimentos de segunda importância que tentam por vezes obscurecer o essencial do debate político sério durante as campanhas eleitorais, assim como temas supérfluos que surgem nos media obscurecerem também, pelo menos temporariamente, o esclarecimento sobre as propostas partidárias e resultados da governação causam entropias que confundem os pouco convictos da sua opção eleitoral.

Estudos sobre os fatores que determinam o fenómeno da indecisão eleitoral podem ajudar os partidos a operacionalizar a suas campanhas eleitorais dirigidos ao segmento dos indecisos, sobretudo quando as sondagens nos indicam elevados níveis daquele segmento.

Um outro fator a ter em conta é que, de acordo com os mesmo estudos, os paradigmas que têm explicado o comportamento dos eleitores não se aplicam ao comportamento eleitoral do eleitorado indeciso.[1]

A aleatoriedade e a imprevisibilidade são características de quem toma decisões apenas durante a campanha eleitoral. A indefinição ideológica e a não identificação com um partido político são os traços dos indecisos sem, contudo, ser uma caracterização unívoca do perfil deste tipo de eleitores.

Análises empíricas dos eleitores indecisos no caso português apontam para que são os indivíduos mais apáticos, mais distantes da área política e menos participativos para este raciocínio basearam-se na idade, na ideologia, na falta de identificação partidária e na falta de interesse pela política e, ao mesmo tempo, pela combinação de elevados níveis de educação, embora tal não tenha sido comprovado.

A indecisão não se caracteriza por ser um eleitorado homogéneo ele faz parte da heterogeneidade que é o eleitorado geral que não difere pelas características sociais, mas distingue-se principalmente pelas atitudes políticas.

[1] Lisi, Marco, 2010; idem, 2019; Freire, André et al., 2007; Simon Willocq (2018); Russell J. Dalton*

Ian McAllister** Martin P. Wattenberg ;

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218738858V5xST4bl7Mk14EP6.pdf

 

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publicado às 17:55

Porque não voto no Bloco de Esquerda?

por Manuel_AR, em 28.09.19

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Depois de lerem o que escrevi virão alguns ferrenhos e exaltados do BE acusar-me de não saber o estou a dizer, de não perceber nada disto e acrescentar que tudo o que escrevi é uma idiotice. Até mesmo correndo o risco de me chamarem fascista, capitalista, reacionário, revisionista, social-fascista, inimigo do povo, lacaio do capital, amigo dos patrões, explorador do trabalho alheio, traidor à Pátria, etc., etc., apesar disso tudo aqui vai:

a) Não aprecio radicalismos e, como tal, ao ler o programa do BE até fugi, tal é a dose! Mas mesmo que assim não fosse contém propostas altamente demagógicas e, talvez até, a maior parte inexequíveis a prazo. É uma lista de boas intenções para atrair muita gente boa. O programa do BE é vago e sem forma de execução objetiva a não ser parcial e pontualmente e como complemento a medidas realistas.

b) Porque tudo aquilo que é positivo, que interessa às pessoas e consta do programa do BE também está nas promessas de outros partidos.

c) Porque é anti União Europeia embora lá se encontre representado. Será que está lá com a justificação de a destruir por dentro?

d) O BE sendo contra a iniciativa privada põe em causa as suas dinâmicas com as medidas propostas. Se não é, faz bem o papel propondo taxar as empresas sempre que pode.

e) Para o BE a criação de emprego é vista como algo que deve ser o Estado a garantir. Um mundo de funcionalismo público.

f) O BE tem uma ânsia desmedida de nacionalizar e transformar tudo o que possa em público, até os empregos.

g) Há uma ambição gastadora dos recursos financeiros que coloca como subjacentes ao bem do povo, mas com critérios por demais discutíveis de oportunidade e de quantidade.

h) Não tem olhos para o futuro. Gasta-se tudo agora e de uma só vez e, depois, logo de vê. A seguir a uma crise forte, ser for o caso, apanhamos novamente com a banca rota. Lembremo-nos de Tsipras na Grécia que se viu obrigado a negociar e a renunciar. Dizem que foi o capitalismo europeu e internacional. Que foram os juros que cobra, bla..bla…bla… Pois é! Mas acontece. E depois? Vamos pegar em armas e invadir esses tais países exploradores capitalistas? Ou, então, fechamo-nos ao mundo e ao isolacionismo e ficamos por cá com o marxismo-leninismo antirrevisionista como foi em tempos a Albânia? Sim, já sei. Hoje os tempos são outros e a coisa é diferente! Mas, há sempre um mas…

i) Criar habitação para os mais carenciados. Quem não quer? Com a reabilitação urbana ou com a nacionalização do património imobiliário?

j) O programa do BE propõe-se acabar com a banca privada e transformá-la toda em banca pública para vivermos melhor e em segurança?!!. Nem me digam!

k) Quanto ao dinheiro do Estado que dizem ir para a banca: o que me dizem? Deixar os bancos ir à falência e deixar que os depósitos e poupanças das famílias se volatilizassem?

l) Não pagar a dívida ou restruturá-la com riscos vários de credibilidade externa? Buh!

m) Restringir o investimento externo?

n) Aumentar a dívida pública e o défice aumentando a despesa pública? Ou será que os ricos, as empresas lucrativas que criam emprego paguem a crise indo lá buscar dinheiro com impostos e mais taxas!!!

Acho que Catarina Martins foi uma boa parceira política. Mas tenho de separar as águas!

Assim, há muitas mais razões, mas, estas chegam para não votar no Bloco de Esquerda.

Claro que estão a pensar que vou votar à direita. Pensem o que quiserem.

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publicado às 19:01

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O PCP e o BE são paladinos a lutar para reduzir votos no PS que voam diretamente para a direita.

Qualquer extrapolação que comentadores que pretendam fazer sobre as eleições regionais da Madeira para um impacto nas eleições de 6 de outubro no Continente são meras especulações. Nunca assim foi. A única evidência é que isoladamente o PSD da Madeira perdeu a maioria absoluta que detinha e que o PS triplicou o seu número de deputados. Resta ao PSD pedir ajuda ao CDS que, por isso mesmo, é o vencedor estratégico porque passou a ser um partido charneira.

Para o Continente o certo é que, até hoje, as perdas ligeiras apresentadas nas sondagens para o PS e as ligeiras recuperações do PSD não apontam para que o Partido Socialista venha a ter uma maioria absoluta. A questão que se coloca é se haverá vantagem em que tal aconteça. O certo é que todos os partidos à direita e à esquerda do PS tremem com a possibilidade duma maioria PS.

Inventam-se situações de perigo para o caso de o PS vier a ter maioria absoluta e fala-se de poder levar a alterar a Constituição o que não deixa de ser uma falácia já que, para tal, seria necessário uma maioria de dois terços dos deputados, o que parece pouco provável ainda que volte a haver uma maioria de esquerda no Parlamento, o que parece ser muito provável.

Uma maioria absoluta do PS, apesar de alguns inconvenientes, seria a forma de moderar o radicalismo das extremas esquerdas. O mal que se evidencia é que o PCP e especialmente o BE está a laçar o PS para uma espécie de bloco central século XXI passando estes a ficar como uma espécie de apêndices no Parlamento como eram antes de António Costa os puxar para o arco da política real.

O grande risco de uma maioria absoluta poderá ser a contestação social vária que possa resultar de movimento quer à esquerda, quer á direita, do partido do governo, alguns até por oportunidade estratégica.

Outra situação será a possibilidade de o PS deixar de ficar na área de imposição negocial do BE e do PCP. Recorda-se que em 2015 quando António Costa comunicou a intenção de fazer acordos de incidência parlamentar com aqueles partidos, foi uma sucessão ininterrupta de comentários contra tal acordo, nomeadamente vindas de elementos dentro do Partido Socialista. Francisco Assis insurgia-se escrevendo que “O PS, como já aqui o referi na semana passada, não pode deixar-se aprisionar por compromissos impeditivos da prossecução de uma acção reformista de que o país notoriamente carece”. E pode ler também aqui opiniões sobre as grandes dúvidas.

Manuela Ferreira Leite chegou a afirmar em outubro de 2015 que “O que António Costa está a fazer é um verdadeiro golpe de Estado” e ainda “A interpretação de que a maioria votou à esquerda é uma interpretação verdadeiramente abusiva” que pode ler aqui. Clara Ferreira Alves foi outra das que se insurgiu ao dizer em novembro de 2015 que “(…) caminhamos para a mais grave crise do regime depois do 25 de Abril”.

Ora aqui está! Como o PCP e o BE estão a conseguir retirar votos ao PS que estão a dirigir-se para o PSD. Sim, porque se o PCP e o BE pensam obter votos vindos dos eleitores PSD e do CDS bem podem tirar o cavalinho da chuva. É por isso que, a direita, neste momento, está a recuperar votos e com isso rejubila. O PCP e o BE são os paladinos que lutam para captar votos ao PS que voam diretamente para a direita.

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publicado às 13:06

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PARTE I

O debate de ontem entre António Costa e Rui Rio não trouxe nada de novo ao que já se sabia. Como não podia deixar de ser, e dentro da estratégia, quer da direita, quer da esquerda, os comentadores afetos a uma e a outra parte deram nota mais elevadas a Rui Rio, talvez pela sua forma franca de se expressar e devido ao seu discurso compreensível para todos, Confuso tem sido ao longo do tempo quanto à forma como aplicaria, caso vencesse as eleições, as suas propostas, sobretudo as económicas e a baixa de impostos sem colocar novamente em risco as contas certas com que este Governo sai.

O que está em jogos para as oposições da esquerda e da direita é o receio duma maioria absoluta que, para o Partido Socialista seria bem-vinda, mas que não está a ser desejada, deixando-os órfãos e sem pé no xadrez das negociações parlamentares.

Com as contas públicas certas, com a redução da dívida pública, embora ainda insuficiente, com o reajuste dos rendimentos, com a diminuição do desemprego e, ultimamente, com a Standard & Poor’s a elevar a perspetiva para a evolução da qualidade da dívida soberana de Portugal passando-o de ‘estável’ para ‘positivo’ que corresponde a um grau da categoria de investimento de qualidade, tudo isto com o governo do Partido Socialista os slogans utilizados pela direita perderam a eficácia.

O anterior governo de direita PSD+CDS que dizia ser de salvação nacional, que fazia a apologia da austeridade severa impondo sacrifícios dito necessários e que, dizia, salvaria o país, foi perdendo os argumentos discursivos para fazer oposição durantes os últimos quatro anos. Restou-lhes procurar casos e casinhos aqui e ali com que procurou encher os ecrãs da televisão.

Foi no meio do mandato do atual Governo que a direita, tardiamente, e a custo, tenta, com Rui Rio, voltar ao discurso da social-democracia, que Passos Coelho tentou lançar no seu último congresso, mas sem sucesso.

Segundo a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios divulgada em 13 de setembro coloca o Partido Socialista a dois deputados da maioria absoluta (114 e 37,9% dos votos), enquanto o PSD alcançaria 23,6% e 67 parlamentares. Podemos questionar como é que estaria o PSD se a tentativa de derrube do atual líder por Luís Montenegro e pelos neoliberais adeptos de Passos Coelho e seus apoiantes, instalados no partido, tivesse tido sucesso?  Isto é o que nunca saberemos.

Dizem que o PSD precisa de um discurso renovado e de opções diferentes e originais é vago. Que originalidade ideológica podemos encontrar na direita com o mesmo discurso agora com a forma de uma espécie de populismo “light” e alguns toques de esquerda?

O PSD trouxe para a agenda da sua campanha eleitoral a questão da baixa de impostos e reclama, vagamente, pela melhoria dos serviços públicos. Baixar impostos implica menos receita, menos receita e mais despesa implica maior défice e regresso ao desequilíbrio orçamental ou então vai buscá-lo às reservas deixando-no descalços. Será que é desta vez que a direita conseguiu a solução para o problema da quadratura do círculo?

Para o socialismo democrático e liberal de centro esquerda, onde se insere o Partido Socialista,  a educação, a saúde, a proteção social, a diversidade cultural, as comunicações têm especificidades próprias que o mercado só por si não pode satisfazer, mas que o neoliberalismo insiste em desmentir por motivos ideológicos. Para estes a iniciativa privada deve intervir livremente naqueles setores por ser um fator de desenvolvimento, deixando para o Estado a intervenção e o apoio aos necessitados numa intervindo sob pobreza de forma caritativa.

Do ponto de vista do socialismo liberal não é retirada à iniciativa privada a entrada naqueles mercados contrariamente ao socialismo radical que defende, por ideologia, a presença do Estado em maioria exercendo uma ofensiva castradora à iniciativa privada. 

O PCP e o BE têm uma visão marxista clássica de duas classes homogéneas e antagónicas em permanente luta uma contra a outra o que já está fora do seu tempo. Nas sociedades ocidentais encontram-se atualmente numa estrutura social muito complexa caracterizada pela disseminação crescente de grupos sociais intermédios e pelas condições sociais, meio ambiente e qualidade de vida.

O rápido desenvolvimento da sociedade da comunicação e da informação, as condições e a força de trabalho modificaram-se, assim como o conceito de proletariado que passou a ter outras ambições reivindicando para si elevadores sociais.

O denominado “elevador social” a que Paulo Portas em tempo se referiu e que Assunção Cristas, demagogicamente, foi recuperar para conquistar o apoio de potenciais eleitores em detrimento do uso de argumentos lógicos. Para Cristas o conceito sociológico de ascensão social ligado à ideia de crescimento na escala social é materializado apenas pela descida de impostos para as famílias e para as empresas. Pensamento extremamente redutor.

As noções de emprego para toda a vida, de direitos adquiridos, de progresso permanente e contínuo para todos e para sempre com que nos bombardeiam os partidos mais radicais de esquerda perderam a pertinência e são ilusórios. Já em finais dos anos noventa, numa unidade curricular a que então se chamava Área de Integração, alertava os meus alunos para este facto.

Para o BE e para o PCP um com mais veemência do que o outro parecem defender uma estatização cada vez maior ao nível do emprego, aumentos dos salários para todos, aumento de taxas e de impostos com duvidoso critério para  as grandes empresas e a diminuição de impostos para a população. Enfim, uma folia taxista em prejuízo das empresas que dão emprego a centenas de trabalhadores e que, sem mais, podem dizer adeus e até à próxima.

A crise económica que virá é outro léxico que os partidos da direita, e alguns que escrevem artigos na imprensa, estão a procurar introduzir no seu discurso de campanha eleitoral, começando a entrar no domínio da futurologia derrotista e criadora de pânico. Apostam, mais uma vez, no lançamento do medo, por antecipação. Há alguns dias o efeito de uma recessão nas contas do país foi até tema da pré-campanha.

A oposição de direita iniciou uma campanha de ameaça de nova recessão que, entretanto, parece ter, para já, abandonado. Assunção Cristas do CDS encara o problema de uma eventual recessão escrevendo no Twitter que ”A nossa prioridade número um é baixar impostos. Se as coisas se alterarem, vamos cortar na despesa”. No que a cenários macro diz respeito, o CDS diz-se comprometido com “o equilíbrio saudável das contas públicas”, porque não acredita “numa economia assente em défices sucessivos”. Com esta última afirmação podemos decerto estar de acordo. Mas vejamos a primeira, “se as coisas se alterarem vamos cortar na despesa”. Primeiro reduzem-se os impostos, e, depois, logo se vê, se houver uma recessão corta-se na despesa. Há alguma coisa de novo? Não. A fórmula é a mesma que a direita utilizou durante o seu mandato entre 2011 e 2015 e que continuaria a utilizar se continuasse no governo, cortes nos salários, cortes nas pensões, cortes de pessoal, cortes na saúde, etc. etc.. Precisamente o contrário do que tem vindo a exigir e a reclamar ao atual Governo.

Vamos lá ver se conseguimos entender esta direita oscilante. Por um lado, clama por investimento público em pessoal, no melhoramento dos serviços, nas cativações exageradas o que, basicamente, significa uma estratégia de controlo orçamental que impede os ministérios de gastar mais sem autorização e, por outro, elegem o despesismo como bandeira da sua campanha o que poria em risco a estratégia de controlo orçamental adotada pelo Governo para manter o défice abaixo das metas definidas com a União Europeia. O que faz depois a direita? Alerta para os perigos duma nova recessão.

Também nas últimas semanas, vários foram os que falaram da possibilidade de o “diabo”, previsto por Passos Coelho, estar para chegar. O que a direita parece assumir é que a austeridade já não é a receita para a crise.

À falta de melhor, a direita e seus apoiantes dos media, para fazerem oposição, pretendem lançar o pânico dando relevo à crise económica que estará para vir ou que se aproxima. Até há já quem recupere, a capacidade premonitória de Passos Coelho sobre a vinda do diabo aquando do acordo parlamentar PS, PCP e BE. Ora, aquela deixa de Passos dizia respeito à crise interna que seria causada pelos partidos do acordo à esquerda que lhe tinham tirado o poder, e não à sua capacidade divinatória sobre crises futuras.

Enfim, é uma espécie de lavagem ao "dito diabo" falhado de Passos a que agora querem dar a uma nova intenção e importância que não merece.

A direita inventa e procura tudo quanto pode para distorcer a realidade com que não está a conviver bem.

Se pretende saber mais sobre maioroia absoluta pode ver na PARTE II.

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publicado às 18:00

Assunção Cristas_5.png

Com todo o respeito que tenho pela família e pela igreja o CDS/PP é o partido de algumas famílias, as ricas, e de alguma parte da igreja. E sempre foi assim desde que foi partido apesar de Paulo Portas ter tentado que fosse, e conseguiu em parte, um partido da direita democrática a sério.  

Aqui há algum tempo presenciei uma cena numa conhecida avenida de Lisboa, lá para os lados da Praça de Londres uma trica de rua entre uns sujeitos que passavam e um outro que me pareceu ser, numa rápida análise, uma pessoa de baixa condição social, isto sem qualquer sobranceria. Diziam os primeiros, «tá calado e vai-te embora ó comuna!», ao que o outro respondeu «Quem eu? Comuna? Eu sou do CDS pá» e seguiu o seu caminho. Ser o CDS para este personagem ser do CDS era sinal de estatuto social, de pertencer a uma classe alta. Pois é!

O CDS depois do 25 de Abril, ainda antes de ser CDS/PP, não tinha muito boa reputação democrática. Já que Nuno Melo e Cristas gostam muito do passado dos outros seria bom que olhassem para dentro de si próprios e sobre o passado do seu partido, muito pouco democrático e desprestigiante de um estado de direito e democrático como é descrito no livro de Miguel Carvalho, grande repórter da VISÃO, cujo título é Quando Portugal Ardeu. Escreve a certa altura o autor a páginas 141 que “… Enquanto isso, o apascentar das almas a favor dos partidos mais próximos dos valores cristãos, no caso o CDS e o PDC, é assumido pelo próprio D. Francisco: no programa daqueles partido, assume, «tudo nos parece, em teoria e de facto, em perfeito acordo» com a doutrina da Igreja. O CSD aproveita a bênção…”.

Não fosse a volta dada pelos partidos moderados do centro esquerda e centro direita para que houvesse em Portugal uma verdadeira democracia talvez o CDS fosse hoje um partido daqueles da extrema-direita populista como os que agora despertaram na União Europeia.

Não foi por acaso, nem por imprudência, que o Patriarcado de Lisboa colocou na sua página do Facebook um post que, após reclamações acabou por retirar, onde se associava à coligação Basta, o Nós Cidadãos e ao CDS no apelo ao voto nestas três forças políticas.

Que crédito e confiança poderá merecer a classe clerical portuguesa a um católico como eu, de visão aberta? Este tipo de atitude, em que se utiliza algo tão profundo como a crenças e a fé das pessoas para fazer propaganda partidária, apelo ao voto e intervenção partidária direta em favor de partidos políticos à associando partidos à religião!?  

Num comentário do blogue Estátua de Sal pode ler-se: “Cristas e Melo continuam com o Sócrates e com as “esquerdas encostadas”, mas as sondagens dizem que os portugueses adoram os “encostos” da esquerda”.

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publicado às 16:44

Rangel_Passos e a Cereja.png

Rui Rangel é um dos representantes de um passado triste do PSD e cuja estratégia errada nesta campanha eleitoral manteve sem qualquer mutação. Rangel é a personificação do liberalismo de Passos trazido para 2019 e a recusa da social-democracia que Rui Rio defendeu no início do seu mandato. Rangel quer manter-se à tona, mas a boia que usa parece já estar furada.

O PSD e Paulo Rangel tentaram envolver Cavaco Silva na campanha para as eleições europeias vindo para o terreiro fazer afirmações sobre familiares, tendo sido arrasado achou melhor remeter-se novamente ao silêncio.

Falhada esta tentativa foram buscar Passo Coelho para salvar alguma coisa que pudesse ser salva como pretexto para lançarem acusações ao PS de esconder o passado. De facto, o caso Sócrates foi um anátema que marcou o passado do partido. Passos Coelho por seu lado é outro anátema do passado do PSD que  a pretesto de salvar Portugal deixou marcas profundas na população e caso não se tivesse encontrado outra alternativa estaríamos na mesma, senão pior, dento e no âmbito da U.E.

Passos Coelho é, de facto, a cereja colocada em cima dum bolo estragado que serviu apenas para recordar e comemorar nesta campanha um passado triste. Portugal e a população não querem recordar nem um, nem outro passado, ambos tristes cada um à sua maneira.

Paulo Rangel será visto sempre como o mentor do plano péssimo que tem prejudicado o PSD nesta campanha eleitoral. Aliás, todos sabemos que Rangel é uma espécie de rolha de cortiça que consegue vir à superfície sempre que oportuno. Rangel também não é a flor que se cheire no passado do PSD. Ele mesmo foi um grande defensor das medidas de Passos Coelho no tempo da troika.

Se o PSD ficar abaixo dos 25% há dois culpados: o primeiro Rui Rio por ter escolhido Paulo Rangel para cabeça de lista às eleições europeias e o segundo o próprio Paulo Rangel por insistir em temas já desgastado ao longo dos último quatro anos. Rui Rio, em vez de um bolo fresco e bem decorado para mostrar renovação insistiu em oferecer a fatia do mesmo bolo já congelado.

Paulo Rangel, em 2010, foi candidato à presidência do PSD perfilando-se desta forma como primeiro oponente de Pedro Passos Coelho. Esta candidatura serviu para dar imagem de democracia interna porque, de facto, a linha, e a proposta de Paulo Rangel eram muto idênticas. Rangel foi uma espécie de peão para passar uma imagem de concorrência interna. Após o PSD ter ganho as eleições e durante toda a vigência de Passos Coelho ele foi um dos seus mais acérrimos defensores.

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publicado às 19:12

PSD_eleições diretas.png

Um postal de Feliz Ano Novo.

Em 13 janeiro de 2018 vai haver eleições diretas para a liderança do PSD. Nos finais de ano e início do novo anos é costume desejarem-se felicidades e prosperidade. É, portanto, oportuno desejar aos dois candidatos à liderança do PSD as melhores felicidades que neste caso se devem traduzir no maior número de votos que permita a um, ou a outro, ficar na liderança do partido.

Desde o tempo em que o PSD mostrou ser, com Passos Coelho e a sua entourage, ser um partido que, apesar de direita, enveredou pelo caminho mais radical do neoliberalismo que tenho escrito sobre uma possível e desejável viragem para a social-democracia.

Até agora nem um, nem outro, têm mostrado que haja, de facto, uma viragem no partido. Rui Rio apenas lança slogans mais ou menos vagos sem dar a conhecer como o fazer. Lança frases como ″libertar o país da amarração à extrema-esquerda″; quer avançar com a reforma do regime com o PSD ″a fazer de motor″; quer reformar o regime e “colocar Portugal na primeira divisão do nível de vida”. Estes slogans parecem-me ser contraditórios. Tudo depende do que ele quer dizer com reformar o regime, libertar o país das amarras da extrema-esquerda, primeira divisão do nível de vida, etc., ao mesmo tempo que diz que PSD “não é um partido de direita, mas de centro”. A mim o que me interessa é saber como?

Por sua vez Santana Lopes vagueia por aí Santana Lopes e diz saber muito bem "onde é que está o PSD". Será à direita ao lado de Passos Coelho? Será ao centro-esquerda indefinida? Apenas ao centro? sabe-se lá onde estará de qual. Para ele o partido está em todo o lado, “do centro-direita ao centro-esquerda”, “reformista” e por aí fora. Por outro lado afirma que “o PSD precisa de se reencontrar consigo próprio para se reposicionar no lugar que é seu”. Certo? Certo...!

Para mim mesmo que Rui Rio ganhe a liderança nada poderá vir de bom. Se Santa ganha pior a emenda do que o soneto.

Porque Santana andará por aí!

 

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publicado às 20:43

Lisboa_elementos marcantes.png

Desloco-me muitas vezes a pé pela cidade de Lisboa seguindo percursos mentalmente delineados, muitos deles de várias horas parando por vezes em um ou outro local mais marcante ou aprazível. No último percurso que efetuei, e também o mais recente, demorei mais de duas horas, observando ruas e bairros populares por onde passei pisando calçada portuguesa, algumas delas em evolução para comodidade dos peões, casas, monumentos, pessoas e outros elementos marcantes da nossa capital.

Lembrei-me que estamos em cima das eleições autárquicas e os candidatos esfalfam-se para “caçar” votos nas suas “coutadas” de influência quer seja em lugares, aldeias, vilas, cidades ou capitais de distrito.  As promessas do que irão fazer multiplicam-se e emparelham com o que dizem já terem feito.

Se viajarmos por este nosso país podemos observar, sem grande esforço, que algumas coisas do que já fizeram foi apenas para encher a vista das populações algumas de utilidade prática duvidosa. Fazem-no para competir com os seus vizinhos e camaradas autarcas do mesmo ou de outros partidos, e até com os ditos independentes, numa espécie de lógica parecida com: “não podemos ficar atrás deles”.

Esta é, portanto, uma boa altura para fazermos a leitura das cidades através do modo como as olhamos e sentimos, do que representam para nós, e da perceção e imagem que cada citadino faz a sua leitura. Pensando nisto recuperei e atualizei um texto que escrevi em tempo que mostra como as diferentes perceções que temos de uma cidade onde vivemos nos dá o panorama da sua imagem e que pode consultar aqui ou ainda aqui.

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publicado às 20:55


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