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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
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Em resumo, tudo não será mais do que, através da comunicação social, enganar o povo sobre o que realmente se está e irá passar, à boa maneira da antiga União Soviética, para já não dizer à moda da Coreia do Norte, com um cariz democrático, tendo em vista minimizar a imagem desfavorável sobre o Governo na opinião pública, preparando as próximas eleições.
Esta segunda-feira abriu a época da caça ao voto, e da propaganda ao Governo. O grande comunicador e coordenador Poiares Maduro vai iniciar os “briefings” com os órgãos de comunicação social conduzidos por Pedro Lomba. Tendo sido colunista do Jornal Público desde 2009, é bem conhecida a sua opinião ligada à direita. Um dos artigos que escreveu tinha o título , vejam só, “O Sucesso de Tatcher”.Por aqui podemos ver onde ele se arruma.
Não é difícil prever o que vai acontecer nesses “briefings”: sairá para a rua a propaganda no seu melhor às ações e medidas do Governo. De forma apriorística o objetivo que se evidencia é o de propiciar e fortalecer a unicidade, (sublinha-se unicidade para a distinguir de pluralidade), do discurso e da coerência da linguagem de um Governo sem rumo, evitando comunicações contraditórias.
Tudo não vai ser mais do que um planeamento estratégico de marketing com o qual pretendem, sob a capa de informar, persuadir quem os ouvir ou ler, sobre as boas práticas do Governo, e só dele.
Tudo isto fará sentido se pensarmos na articulação das mensagens a divulgar aos jornalistas, tendo em vista a criação de sinergias e potencialização dos efeitos no público-alvo (as populações) através dos órgãos de comunicação social, em especial impacto nas televisões.
O objetivo é, assim, moderar e modelar a atitude das pessoas levando-as a desenvolver atitudes favoráveis ao Governo, através da unicidade da informação comunicada aos jornalistas que, bem espero, não passem a ser apenas uma correia de transmissão da informação que lhes oferecerem.
Conhecendo nós as trapalhadas, os erros, as falsas promessas, o acalentar de esperanças de melhores dias jamais conseguidos em tempo útil da vida ativa da maior parte dos cidadãos, leva-nos elencar, para além dos já indicados, outros objetivos, previamente pensados e refletidos, que poderão esta por detrás dos tais “briefings”:
Em resumo, tudo não será mais do que, através da comunicação social, enganar o povo sobre o que realmente se está e irá passar, à boa maneira da antiga União Soviética, para já não dizer à moda da Coreia do Norte, mas com um cariz democrático, tendo em vista minimizar a imagem desfavorável sobre o Governo na opinião pública, preparando as próximas eleições.
Não há paciência para isto. Começaram hoje os briefings do Governo, mas tiverem antecedentes. O ministro Poiares Maduro foi empossado para a coordenação dos diversos ministérios do Governo e para ultrapassar os problemas de comunicação com o público, isto é, a forma como o Estado deve comunicar com os portugueses. Para tal encomendou ou vai encomendar mais um estudo desta vez para conhecer a forma de como fazer chegar a mensagem. A ideia é fazer aproximar, em tempo de crise, os cidadãos ao Governo. Como se o problema dos disparates que o Governo tem feito conduzissem ao descontentamento popular devido aos problemas de comunicação.
O problema da comunicação não é novidade porque, comentadores da área dos partidos que sustentam o Governo, face a notícias que vêm a lume que indignam até o cidadão mais apoiante vêm dizer que o que se diz não é bem verdade, o que houve foi um problema de comunicação. Outras vezes quando o primeiro-ministro faz uma declaração, mesmo que tenha sido bem clara, como mais do que uma vez aconteceu, e, posteriormente, entra em contradição, lá começam os “sacristãos” a desdizer o que se disse transformando o erro e a mentira em problema de comunicação. O que se pretende no final é a utilização de técnicas comunicacionais mais eficazes para ludibriar os portugueses.
Não se sabe hoje, momento em que se iniciaram os briefings, se o estudo já foi ou não entregue, se é que alguma vez chegou a ser feito e se aqueles foram uma consequência destes. Mas interessava saber por que eles foram pagos com os nossos impostos e com os “cortes” nos salários e pensões que também contribuíram.
Há uma solução para os problemas de comunicação que se usava muito na ex-União Soviética, e, para quem se recorda também no tempo do Estado Novo, embora de outra forma mas com o mesmo objetivo, é torná-la monolítica através do controle da informação antes de ser divulgada.
Marcelo Caetano, nas suas conversas em família, não tinha problemas de comunicação porque, o que ele dizia era assim e pronto, mesmo que estivesse enganado ou o que anunciasse fosse contra o que o ”público” pensasse ou viesse a dizer…
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