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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Imagem do Blog dissidentex
Uma das causas por que nos retiram dinheiro e aumentam os impostos e nos obrigam à austeridade não é aquela de que acusam os portugueses de viverem acima das suas possibilidades. Se é verdade que haverá alguns a que se ajustam essas acusações, a minha forte convicção é de que a grande maioria não se encontra nesses grupo de gastadores e perdulários como nos apelidaram tantas vezes políticos e comentadores da área deste governo.
Estes senhores fazem passar a mensagem de que é necessário austeridade e reduzir e retirar salários, acabar com tudo o que sejam despesas sociais, como o serviço nacional de saúde e fazem-nos crer que ainda vão retirar mais porque vai ser necessários arranjarem mais de 4 mil milhões de euros a retirar das despesas Estado, leia-se, mais reduções de salários e subsídios e cortes em áreas sociais.
Com foi divulgado pela SIC, numa reportagem sobre o caso BPN, um trabalho de investigação feito pelo jornalista Pedro Coelho, foram destapados e revelados os saques feitos àquele banco pelos seus dirigentes, empresários, ex-ministros, ex-deputados, associando e referindo também o assalto dos governantes aos governados através de confiscos de subsídios, ordenados, pensões, direitos generalizados devido a taos desmandos.
O curioso é que após a emissão daquela reportagem outros órgãos da comunicação social, nomeadamente a imprensa, não se dispusessem a continuar a investigação e a divulgassem. Explorar. Porque será? Depois dizem que nós somos desconfiados. Pudera!
Graças ao Jornal i de hoje lemos um artigo de opinião bem revelador. Segundo aquele artigo, cujo título é “Inclassificáveis desmandos”, vejam só quanto nos custa a nós, contribuintes, tais desmandos, cujo valor total é cerca de onda 7 mil milhões de euros, que a seguir transcrevo, e cujo total é cerca do dobro do valor que o governo ainda precisa de arranjar em 2013. Devo esclarecer que todo este processo começou com o anterior governo que enterrou dinheiro naquele banco, justificando que era para reduzir o risco sistémico, isto é, não se agravar a crise a outros bancos.
“Oliveira Costa, director do banco, fez empréstimos a si próprio de 15 milhões;
à filha Iolanda, de 3,4 milhões;
ao braço-direito, Luís Caprichoso, de um milhão.
Uma empresa de Duarte Lima (PSD) levantou 49 milhões;
o ex-dirigente do mesmo partido Arlindo Rui, 75 milhões;
Joaquim Coimbra (igualmente do PSD), 11 milhões;
Almerindo Duarte, 23 milhões.
No mundo do futebol, Aprígio dos Santos movimentou 140 milhões;
empresa ligada a Dias Loureiro, 90 milhões – dinheiro que, por haver sido nacionalizado o BPN, os contribuintes têm de pagar.
Só os juros anuais de um empréstimo de mais de 3 mil milhões atingem 200 milhões. Cerca de 500 importantes clientes recusam, entretanto, amortizar dívidas. Comissões parlamentares (duas), inquéritos policiais (20), processos judiciais (15 arguidos), não condenaram até agora ninguém.”.
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