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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Paulo Portas, na última vez que foi sincero perante o país, explicou o que é a política em Portugal:
"…os políticos não precisam de mérito, até são muito medíocres, mas não sabem fazer mais nada na vida, precisam da politica para subir na vida…"
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Eis agora o exemplo da mediocridade que sobe na vida de acordo com as afirmações de Paulo Portas:
O deputado do CDS-PP Michael Seufert, da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, entre outras "foi considerado um dos 10 portugueses da área política mais influentes no Twitter em 2012..."
E isto é mais importante do que qualquer currículo profissional, formação académica ou qualquer ideologia. Está portanto de acordo com o perfil de político desenhado em tempos Paulo Portas. Na política procuram-se pessoas medíocres mas populares, pessoas desonestas, mas populares. É isso que traz votos.
O deputado do CDS Michael Seufert, estudante, defende que os contratos para jovens que procuram o primeiro emprego deviam ser "mais flexíveis" e "isentos de contribuições para a Segurança Social". Para este deputado, as empresas conseguiriam assim cortar 30% nos custos com o trabalhador, se os jovens ficarem fora da Segurança Social.
Com 29 anos, deputado à Assembleia da República Portuguesa!... É gente desta que nos representa e a quem pagamos elevados vencimentos na Assembleia da República!!!... E é também este senhor, com o 12º ano, que tem o descaramento de pau de defender exames para professores contratados!
São sujeitos como este que agora lançam verborreias
Veja-se as habilitações e o currículo deste deputado com o 12º ano e fique-se estupefacto!
Nome Completo: Michael Lothar Mendes Seufert
Data de Nascimento: 1983-04-15
Habilitações Literárias: Ensino Secundário.
Frequência de Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores - Ramo Telecomunicações - Redes de Dados.
Frequência de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores - Ramo Telecomunicações - Redes de Dados (agora alguns mestrados são integrados, fazem parte da licenciatura, e podem ser frequentados)
Profissão: Estudante
Comissões Parlamentares a que pertence:
Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública [Suplente]
Comissão de Educação, Ciência e Cultura [Coordenador GP]
Grupo de Trabalho - Parlamento dos Jovens
Grupo de Trabalho - Regime Jurídico da Partilha de Dados Informáticos
Guia Turístico (Sandeman & Cia, Sogrape Vinhos SA),
1999-2009 Deputado à Assembleia de Freguesia de Campanhã (Porto),
2005-2009 Deputado à Assembleia de Freguesia de Nevogilde (Porto),
2009-2013 Presidente da Juventude Popular, 2009-2011.
Currículo no parlamento e - na Wikipédia..
Parlamento o maravilhoso mundo da autoformação em política para amigos.
Um Relvas, que nem se preocupou em disfarçar, agora mais este!... Aos 47 anos este personagem aparecerá licenciado e doutorado por equivalência. Mas as coisas serão feitas com mais cuidado, pois eles ao longo dos anos, aprimoram os seus esquemas.
Lá está, aprendem depressa, e assim enganam e mentem mais e melhor. É essa a sua vocação e formação.
O que devemos reter sobre o que se passou a semana anterior em torno caso das pensões é que jamais se deve dar crédito aos elementos deste governo de Passo Coelho e a ele próprio, porque, para esta gente, o que é hoje já não é amanhã. É bom que todos nos lembremos disto quando formos votar, mesmo nas eleições europeias, porque seremos um reflexo na Europa do que formos em Portugal.
Estes senhores do faz de conta que governam, experientes em disparates, trapalhadas e enganos, quando os cometem refugiam-se e apressam-se a dizer que houve falha de comunicação e que, o que estava subjacente não era bem isto, mas aquilo… Outras vezes queixam-se do ruído da comunicação que eles próprios criam, propositadamente ou por incompetência. Mesmo tendo colocado Poiares Maduro como responsável pela dita comunicação do governo pouco ou nada melhorou, em alguns casos até piorou tal como se viu na semana anterior.
As declarações do secretário de estado da Administração Pública num "briefing" foram a base para o ruído causado, não digo pela comunicação o social já que ela foi mais ou menos coerente no relato das declarações, mas refiro-me à trapalhada e à atrapalhação de elementos do Governo onde claro está, não poderia deixar de estar incluído o primeiro-ministro Passo Coelho.
Aquela semana foi dominada por declarações contraditórias sobre os cortes de pensões e sobre a sua transformação ou não em definitivos. Os cortes de pensões e de salários são a matéria preferida do Governo, aliás única, sobre a qual conseguiu governar, mal, até hoje.
Quanto ao vice-primeiro ministro, como anda no joguinho do toca e foge, lança umas tantas bocas costumeiras, depois recua para não dar muito nas vistas.
Nesta polémica do diz, que diz, mas não disse o que disse, etc., estiveram no centro da polémica, para além do referido secretário de estado, Passos Coelho falando em prudência, Paulo Portas com o desmentido ao secretário de estado afirmando que foi um "erro" que não devia ter acontecido", Marques Guedes, dizendo que foi um "alarmismo injustificado" e Luís Albuquerque a dizer que nada estava decidido. A confusão e a trapalhada estavam lançadas.
Até Marque Mendes, um dos comentadores pró-governo da televisão, afirmou sobre os cortes nas pensões: "uma trapalhada monumental". “Mais do que um problema de comunicação, esta é uma trapalhada monumental, a grande trapalhada da semana”.
O que devemos reter sobre o que se passou a semana anterior em torno caso das pensões é que jamais se deve dar crédito aos elementos deste governo de Passo Coelho e a ele próprio, porque, para esta gente, o que é hoje já não é amanhã. É bom que todos nos lembremos disto quando formos votar, mesmo nas eleições europeias, porque seremos um reflexo na Europa do que formos em Portugal.
A política, para Paulo Portas, "é mais parecer do que ser, fingir do que fazer, prometer do que executar". Qual homem invisível aparece e desaparece, ajustando o seu campo lexical segundo as conveniências e olhando apenas para o eleitorado
O homem invisível é um livro de ficção científica escrito por H. G. Wells onde o protagonista, um cientista que aplicou em si próprio uma substancia que o tornou invisível. A sua presença apenas se manifestava quando vestia uma roupagem e envolvia a cabeça com umas ligaduras e uns óculos escuros que possibilitassem a sua visibilidade.
O significado figurado de invisível é o daquele ou daquela que se esconde ou que escapa à vista pela sua extrema pequenez. Há outra palavra que nada tem a ver com a invisibilidade e que é não visto, nunca visto, mas também tem o sentido de aborrecido, odiado.
A transparência, por sua vez, é atribuída a corpos que deixam atravessar a luz e deixam distinguir nitidamente os objetos colocados que se encontram na sua retaguarda. No sentido figurado é aquele que se deixa desvendar ou que se percebe facilmente, coisa clara, evidente.
Vem tudo isto a propósito das mensagens comunicativas dos membros do Governo que têm duas modalidades linguísticas, tomadas estas como categorias gramaticais que exprimem uma atitude do comunicador em relação ao seu próprio enunciado e ao seu interlocutor ou recetor. O Governo torna-se, assim, invisível pela falta de clareza no anúncio das medidas, translúcido e, por vezes, até opaco nas suas comunicações com os portugueses.
No caso dos membros do Governo, sendo estes os locutores/comunicadores, tomam, face aos seus interlocutores que são os portugueses e consoante os interesses, atitudes de invisibilidade comunicacional e raramente de transparência.
A invisibilidade comunicacional neste meu contexto refere-se ao aparecimento de ideias ou conceitos que, face às conveniências do momento, são lançadas para a opinião pública e, posteriormente, desaparecem do léxico do Governo para mais tarde voltarem a surgir. Veja-se, por exemplo, o caso da propaganda de crescimento económico, tantas vezes lançado para a opinião pública, antes das eleições autárquicas, pelos membros do Governo, deputados da maioria e restantes comentadores da sua área política.
Agora, com o orçamento para 2014, essa ideia passou a uma espécie de invisibilidade lexical por parte do governo. Mas há mais. Face aos ataques da oposição e parceiros sociais ao orçamento para 2014, retomam a velha tática da responsabilização do passado, já lá vão dois anos e meio, para vestirem as roupagens argumentativas daquele tempo tornando-as novamente visíveis face à inexplicabilidades de algumas medidas tomadas.
Tão depressa uns temas aparecem e desaparecem nos partidos do Governo como outros temas aparecem para passado tempo desaparecerem novamente. A roupagem da visibilidade e temática e lexical argumentativa despe-se e veste-se conforme dá jeito, mas já só engana quem quer ser enganado ou quem tem uma fidelidade doentia aos partidos do Governo. A política, para Paulo Portas, é mais parecer do que ser, fingir do que fazer, prometer do que executar. Qual homem invisível aparece e desaparece ajustando o seu campo lexical segundo as conveniências e olhando apenas para o eleitorado.
Não é por acaso que, quer o primeiro-ministro, quer o seu ajudante, falam em tantos milhões de pensionistas e tantos milhões de trabalhadores do privado que valem mais do que pensionistas e trabalhadores da função pública. Para esta gente os portugueses são mera aritmética contabilística. Esperemos por meados do ano de 2014 para vermos o que vai acontecer com o setor privado quando, vendo que a receita passada a alguns não teve o efeito curativo pretendido. A nova receita será passada desta vez ao setor privado através de medidas retificativas. Neste país sem lei vale tudo. Apenas colocaram agora as ligaduras e os óculos escuros para mostraram o lugar do rosto.
Quando Eduardo Catroga afirma publicamente que o poder judicial se deve submeter ao poder político, está tudo dito. Ao que nós chegámos! Talvez seja influência do que se passa na República Popular da China onde isso acontece e cujo governo comprou parte da EDP.
O desespero é tal que já outros vêm em seu auxílio com comunicados que atingem até a nossa soberania, as nossas instituições democráticas e a nossa dignidade, enquanto povo autónomo e independente, como o fez a delegação da Comissão Europeia em Lisboa que preparou um "relatório político" "sobre a situação portuguesa, que se limita a ecoar as considerações críticas já efetuadas por outros responsáveis europeus acerca do impacto das decisões do Tribunal Constitucional na implementação do programa de ajustamento". Até o Presidente da Comissão Europeia, o Sr. Durão Barroso, se intromete na política interna. É bom que o povo português não se esqueça disto quando chegar a altura de ele vir para Portugal a ocupar um qualquer cargo que pensa lhe estará reservado.
Quanto à transparência, a falta dela é mais do que evidente. Podemos começar por Paulo Portas, o vice-primeiro-ministro, que começou a enfermar desta doença à semelhança do seu parceiro Passos Coelho. Paulo Portas disfarça a falta de transparência com truques retóricos mas que têm perna curta porque tudo se acaba por se saber. Sócrates já utilizava esse recurso semântico.
Recordemos o caso da conferência de imprensa onde Paulo Portas anunciou o resultado da oitava e nona avaliações da "troika", o caso das pensões de sobrevivência, a irrevogabilidade da sua demissão, etc.. Posteriormente, sobre as pensões de sobrevivência, vem esclarecer os que, segundo ele, distorceram o que tinha dito sobre o assunto. Afinal parece que, o que o disseram, veio a ser, na sua maior parte, posteriormente confirmado no parlamento pelo senhor secretário de Estado da Administração Pública que quer ficar na história como autor da reforma administrativa (qual reforma?). A falta de transparência do vice-primeiro-ministro começa a ser cada vez mais posta a descoberto, qual cheque careca.
A credibilidade deste executivo está franca e totalmente posta em causa pela sua invisibilidade, falta de transparência e opacidade. O ministro da economia vai tentando passar incólume, vamos ver se consegue e até quando. Será que as cervejas já deram o que tinham a dar ou também começaram a ficar turvas ?
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