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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
À falta de assunto até que chegue a discussão do orçamento o tema CGD-Caixa Geral de Depósitos é a divisa para a direita mostrar que está presente através do populismo barato. E provas não faltam no coro das opiniões publicadas pelos fãs duma direita gasta por uma oposição obsoleta e desprestigiada que se cola à esquerda para um coro de populismo nada saudável para uma instituição que se pretende credível. À esquerda o PCP e o BE prestam declarações que em nada ajudam, antes pelo contrário. É uma campanha pela conquista dumas décimas a mais nas sondagens. Por isto a estabilidade deixa de ser um valor a considerar.
Para se mostrar trabalho a oposição da direita vale-se de tudo. O PSD de Passos Coelho tem a capacidade de destruir tudo aquilo em que toca, assim foi no passado, agora aasim é no presente. Uma das estratégias da direita, nomeadamente do PSD, poderá ser a de fazer cair os gestores das CGD pela sua fragilização e, a partir daí, acusar o Governo de falhar no que diz respeito àquela instituição. Até a falta de ética de alguma imprensa serve como ajuda.
Os títulos de primeira página de alguns jornais, neste caso o Público, dão uma ajuda para a descredibilização através de conotações tendenciosamente armadas. À dimensão ética e à precisão da informação sobrepõe-se o economicismo a ser traduzido no número de vendas dos jornais. É uma doença geral que envolve o modo como os jornalistas tratam a informação que, muitas vezes, é associada a uma função até ideológica com os efeitos das mensagens sobre os consumidores.
Atualmente, o jornalismo está entre porta-voz da opinião pública e a de empresa comercial sem escrúpulos que recorre a qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar as vendas, sobretudo com a intromissão em vidas privadas e a dimensão exagerada concedida a algumas notícias.
Veja-se o título de hoje na primeira página do jornal Público. Quem não compre o jornal para ler a notícia completa qual a ideia com que ficará?
Primeiro o título em letras gordas e no canto inferior direito a fotografia de António Domingues gestor nomeado para a CGD. Quem esteja menos atento ao que se passa na instituição e ficar apenas pela leitura imediata do título que poderá associar as perdas de 900 milhões ao homem da fotografia.
Outro leitor um pouco mais curioso, se ler os subtítulos em letra menor poderá dar conta da seguinte frase: “Nova administração regista perdas”.
No desenvolvimento da notícia é que os equívocos são desfeitos, e só para quem compre e leia o jornal, ou, então, o peça emprestado. Nos expositores das bancas de jornais a maioria da população passante apenas lê os títulos e, quando muito, os subtítulos. Está conseguido o objetivo, lançar o equívoco e a confusão na população, que comenta, critica, acrescenta, exalta, denigre e, no limite, alinha pelas teses dos que apostam na destruição da imagem da instituição, e de quem a gere.
O que diz afinal de essencial a notícia colocada no interior do jornal? Apenas isto: “A Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrisca perder mais de 900 milhões de euros em operações empresariais montadas à volta do grupo do sector petroquímico La Seda Barcelona e articuladas politicamente entre Portugal e Espanha, um traço marcante da década passada… É um dos negócios ruinosos que António Domingues tem em cima da sua secretária…”, e continua a notícia, “Este é um dos principais problemas que o presidente da CGD tem para resolver e que resulta de decisões tomada quando José Sócrates era primeiro-ministro…”.
Eu poderei acrescentar que Passos Coelho quando era primeiro-ministro deixou por resolver o problema, querendo até ver-se livre dele, com prejuízo dos contribuintes, que assumiriam os prejuízos, e dos utentes, através da tentativa de privatização.
Ó Passos, por que não te calas?
Por sua vez Francisco Louça alinha pelo populismo de Catarina Martins e dá uma ajuda ao PSD, pois então! Se isto mostra distanciamento vou ali já venho!
E o PCP lá vai empurrando também o seu pesado carro.
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