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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
A direita da coligação constituída pelo PSD e pelo CDS-PP anda perdida, vociferando por todos os cantos comunicacionais, chegando até ao ridículo de proferir afirmações que rondam o ridículo e falta de visão democrática. São instintos persecutórios que lhes restam do passado. Os argumentos não são virados para o futuro, mas retrocedem a um passado de maispa de quatro décadas.
Para estes radicais de direita não pode haver negociações à esquerda, apenas à direita desde que seja a deles. Falta de hábitos democráticos que ainda não conseguiram ultrapassar e que, como uma espécie de regressão, recorrem a experiências passadas que aconteceram há mais de 40 anos, recuperando memórias que observam numa perspetiva desatualizada, com dificuldades de harmonização e integração no presente.
Refiro-me concretamente a Paulo Portas que andou ou anda por ai a falar de golpes de secretaria relativamente ao acordo que o Partido Socialista está afazer com outros partidos mais à esquerda.
Estes mal sustentados disparates devem ser consequência da sua memória curta, apenas para o que lhe interessa, esquecendo-se do que disse em 2011 num debate frente a Passos Coelho. Mas a isto já Isabel Moreira lhe respondeu, e bem.
Ao que Paulo Portas disse chama-se, sem dúvida, enganar e, sobretudo, confundir a população que o ouve.
Há para aí umas alminhas que argumentam que 70% dos Portugueses votaram no chamado CENTRO e que é abusivo que António Costa pretenda cozinhar um programa de governo influenciado pelo BE e PCP. Ou será o contrário? Ou ainda influência mútua a que se chamama negociação? Especulações gratuitas, talvez influência de Paulo Portas.
Dizer que os portugueses votaram num centro que tem 70% de votos parece ser abusivo porque num regime parlamentar como o nosso a contagem é feita pelo maior número de deputados que um, ou vários partidos, conseguiram eleger. Não é o caso da coligação de direita PSD.CDS-PP. Deste modo também se pode pensar o contrário, os portugueses votaram numa esquerda maioritária.
Por outro lado, o que é isso do CENTRO? Estamos a falar de uma direita neoliberal que, ao longo dos últimos quatro anos e meio, não demonstrou tendência alguma para ser CENTRO, inclusive abandonando a sua matriz social-democrata. Os que defendem esta matriz calaram-se porque o poder sabe bem. A ver vamos depois que o percam.
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