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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
O discurso de ano Novo do Presidente da República foi um discurso de banalidades conhecidas propagadas pela propaganda do Governo às quais, como sempre, se atrelou.
Foi um discurso de um Presidente da República acabado e sem nada de novo para dizer ao país. Nada de novo a não ser a parcialidade, a falta de independência e a traição aos compromissos assumidos para com o povo português.
Centrado nas eleições fez campanha eleitoral velada contra o PS. Para ele talvez fosse melhor não haver eleições, pois então!
Se por um lado afirma que "os partidos políticos são essenciais para a qualidade da democracia e para a expressão do pluralismo de opiniões", por outro apela a que os partidos abdiquem dos seus programas e dos seus projetos ao dizer que "Não é só no dia a seguir às eleições que se constroem soluções governativas estáveis, sólidas e consistentes…". Será que são soluções pré-eleitorais semelhantes à de partido único com alinhamento absoluto com os partidos do Governo conduzindo a uma oposição despicienda?
Avisa, implicitamente, que, se a direita não ganha, voltamos ao passado e que a via a seguir é só uma, a do Governo ao dizer que "A economia está a crescer, a competitividade melhorou, o investimento iniciou uma trajetória de recuperação e o desemprego diminuiu." Estes são os argumentos estatísticos apresentados pelo Governo.
Quanto ao desemprego estamos conversados, sabemos bem como foram criados dezenas de milhar de falsos postos de trabalhos para os retirar das estatísticas. Uma coisa é certa, a maior fatia não foi criada pelo investimento privado pois este está estacionário ou, em alguns casos, até diminuiu. Onde estão as medidas que o incentivassem?
O Presidente da República Cavaco Silva ficará para a história como o pior presidente em quem os portugueses votaram. Fazer das eleições de 2015 a parte principal da sua mensagem de Ano Novo não seria o esperado. Parafraseando os bonecos do antigo programa de sátira humorística Contra Informação da RTP, este é mesmo o acabado Silva.
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