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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Após regresso de S. Vicente de Cabo Verde, encontro-me agora algures na Beira Interior. Este ano o mês de agosto não tem sido muito quente, manhãs e noites frescas e calor intenso a meio do dia, nada comparável a temperaturas escaldantes de outros anos.
Apesar de longe da grande cidade e sob a tranquilidade campestre onde um céu de azul límpido e luminoso e da suave brisa refrescante que corre, desanuviando o espírito e convidando ao descanso do corpo e à desintoxicação do consumismo de informação política, estou agarrado a um vício de qual ainda não me libertei completamente, apesar de tentar a leitura de jornais, dos noticiários televisivos e dos comentários sobre a política nacional. Todavia, há alguns dos quais já me vou conseguindo libertar como o do pantomimeiro Rebelo de Sousa, do Morais Sarmento, do Santana Lopes, este, radicalmente nem vê-lo nem ouvi-lo, e o do Marques Mendes que pretende competir com o Rebelo.
Assim, ainda na semana que hoje termina liguei para um canal de televisão e, olha que dois, juntos, o Henrique Monteiro, jornalista que escreve para o Jornal Expresso e o antigo diretor do Jornal Público José Manuel Fernandes defendiam o mesmo com palavras diferentes. O Henrique Monteiro, frente aos ecrãs, graceja com coisas muito sérias e, demagogicamente, tenta aproximar-se dos problemas de alguns espetadores mostrando que também está a ser vítima da crise. Mas que pena! Neste confronto não houve debate houve, isso sim, ideias viradas contra o mesmo “target”. Isto é, defendiam as posições divisionistas tomadas por Passos Coelho, mas há moda deles.
Os causadores da crise nunca somos nós, são sempre os outros, os que, dizem eles, vivem à custa do Estado, como se eles, sempre que possam não retirem do Estado o que acham ter direito seja de que modo for, e, mais tarde não forem também, em parte, viver à custa dele. Se assim não for então digam-nos o segredo para não o fazerem.
É uma tristeza… Sempre que se pensa que lhes vão aos bolsos há um grande problema, mas, quando vão aos bolsos alheios “no problem”, tudo é válido, contudo a despesa continua a subir. Não mordam no meu bolso, vão ao dos outros, dizem eles de forma muito rebuscada. Apesar de cortes e mais cortes a despesa já vai nos 134% do PIB. No tempo de Sócrates, o esbanjador despesista, como diz a direita, a despesa era de 90%.
Ou eu não percebo nada disto ou algo está mal neste governo. Dirão alguns: pois, você é que não percebe nada disto. Então, por favor, expliquem.
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