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Por favor não digam que é caça à multa

por Manuel_AR, em 03.06.19

Acidentes.png

No editorial de hoje do Jornal i, o diretor executivo adjunto, José Cabrita Saraiva escreve a propósito do acidente mortal do antigo jogador do Benfica e do Atlético de Madrid ao volante do seu veículo desportivo e a outros que tiveram acidentes a alta velocidade.

Termina o seu editorial com um argumento que subscrevo na integra: “Quem anda na estrada a velocidades moderadas vê com frequência situações deste género, acidentes à espera de acontecer, automóveis que seguem claramente à margem da lei, a velocidades, por exemplo, na ordem dos 150/160 km/h em zonas onde o limite é de 80. Não faria sentido as autoridades, em vez de fazerem operações stop para cobrarem dívidas ao fisco e outras coisas do género, andarem mais na rua para apanharem estes homicidas em potência? É que só não os vê quem não quer”.

É que, segundo Cabrita Saraiva, o excesso de velocidade é um problema quase generalizado e de proporções preocupantes. Diariamente são noticiados acidentes de violência extrema sendo um deles o mais impressionante o de um jovem, segundo o Correio da Manhã TV, aluno da Universidade da Beira Interior que morreu na passada quinta-feira, pelas 19h00, em consequência da colisão frontal do carro em que seguia com um camião de transporte de maquinaria pesada. O acidente ocorreu na EN18, à entrada da Covilhã em que, na sequência de um choque frontal, o seu BMW ficou literalmente partido em dois.

Escreve ainda Saraiva que “há dias fiquei arrepiado quando, numa estradinha fora de Lisboa, um carro “kitado” passou por mim em sentido contrário a uma velocidade em que qualquer deslize seria fatal... para ele e para quem tivesse a infelicidade de estar no seu caminho.”.

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publicado às 16:26


5 comentários

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De Kruzes Kanhoto a 06.06.2019 às 19:43

Claro que é caça à multa. Esconder um radar numa via com bom piso, recta de vários quilómetros, sem qualquer sinal de perigo, num domingo às oito da manhã, em pleno Alentejo e onde, com sorte, passará um carro a cada minuto chama-lhe o quê?
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De Manuel_AR a 07.06.2019 às 17:59

Claro que para apanhar os sensatos do não há perigo a alta velocidade devia os polícias estar á vista a fazer sinais e a dizer: Eh! pá nós estamos aqui vai devagar!

Porreiro Pá!
Então vamos nessa, porque um despiste é impossível, e a segurança do próprio e dos outros também.
Veja-se o caso do acidente em 1 de junho que vitimou José Antonio Reyes NUMA AUTOESTRADA entre Sevilha e Utrera, tendo o carro em que circulava sofrido um DESPISTE, incendiando-se. de seguida.
Força no acelerador!
É o principio da ignorância: tudo o que pode acontecer é apenas aos outros.
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De Kruzes Kanhoto a 08.06.2019 às 13:21

Com quarenta anos de carta e muitos milhões de quilómetros depois fui multado pela primeira vez por ir a 96 nas circunstâncias que acima descrevi...sou um perigo na estrada, eu!!!!
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De Vagueando a 07.06.2019 às 09:02

Temos que admitir 4 situações;
1-Aquilo a que se chama excesso de velocidade é um conceito que pouca gente entende, muito menos a velocidade excessiva que nada tem a ver com a velocidade instantânea. Não é o excesso de velocidade que provoca ( a maioria) dos acidentes, ainda que aumente brutalmente as consequências quando acontecem, já a velocidade excessiva é causa de muitos acidentes. Circular 30km/h acima do limite definido, tem um significado muito distinto se o limite for 40km/h, por exemplo dentro de uma localidade ou se o limite for 12=km/h numa autoestrada vazia.
2 - Entre a caça à multa e o laxismo na fiscalização (que parece acontecer mais do que a caça à multa) prefiro a caça à multa. O que não compreendo é que as autoridades foquem sempre a sua atenção na velocidade e muito menos nos comportamento de risco. Um exemplo; Existem muitos semáforos por esse país fora que fecham (ficam vermelhos) quando um veículo excede a velocidade fixada, normalmente 50km/h à entrada de localidades ou passadeiras de peões. Sucede muitas vezes que um veículo excede a velocidade, passa o semáforo com vermelho e não é fotografado quando acaba de praticar duas infracções muito graves.
3-Estão a ocorrer, cada vez mais, choques frontais o que me leva a suspeitar do suspeito principal, o telemóvel. Andávamos nós tão preocupados com o velhinhos que entravam em contramão por já não se entenderem com a sinalizaçao eis senão quando os jovens em vez de conduzirem deixam-se conduzir pelo telemóvel.
4-Por último não menos importante, a conservação dos automóveis com especial atenção para pneus e iluminação, às quais a maioria dos automobilistas não presta, porque não sabe nem quer saber. Basta circular num dia de chuva para perceber que os automobilistas não sabem do risco que correm ao não serem vistos, porque andam de luzes apagadas.
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De Manuel_AR a 07.06.2019 às 17:34

Obrigado pelo seu comentário. Para além das questões técnicas foi esclarecedor e manifesta uma opinião que podemos considerar, sem dúvida, plena de sensatez.

AR

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