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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
No caso português não vai ser fácil ao Partido Socialista obter uma maioria que ultrapasse substancialmente a oposição já que ela concorre em coligação PSD/CDS. Assim, tem que haver um esforço para que haja uma maioria de votações que derrote de forma significativa a direita coligada para que Portugal possa fazer ouvir a sua voz juntamente com os seus parceiros europeus.
À medida que as eleições europeias se aproximam, várias vozes em uníssono, internas e externas, nomeadamente europeias, tal como num coro, fazem campanha de ajuda ao governo. Afinados pelo mesmo diapasão tecem loas ao programa de ajustamento seguido pelo Governo de Passos Coelho.
Neste leque incluem-se, entre outros, o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o antigo chefe da missão do FMI em Portugal, Poul Thomsen, entre outras entidades e instituições.
Buscam-se minuciosamente nas estatísticas macroeconómicas, divulgadas por organismos nacionais e internacionais, informações sobre o débil desempenho económico de Portugal para sustentar as suas teses de crescimento para mascarar a austeridade.
Podemos identificar alguns dos elementos que cantam no coro: Comissão Europeia confirma previsões económicas para Portugal (26/02/2014); Durão Barroso considera que Portugal pode estar em condições de dispensar um programa cautelar, após a saída da “troika”. Depois de em Janeiro ter defendido que essa seria a melhor solução, o presidente da Comissão Europeia admite agora que a situação melhorou e, por isso, o país pode optar por uma saída limpa (03/03/2014); Barroso afirma que Comissão está disponível para apoiar qualquer opção de Portugal (03/03/2014)
Internamente falam de crescimento económico, da saída da "troika" (qual saída?), clamam aos quatro ventos estar no caminho certo e outras balelas. Apesar dos últimos dados mostrarem um incipiente crescimento económico e uma diminuição artificial do desemprego podem não ter a importância que lhe querem atribuir porque a tendência pode facilmente vir a inverter-se.
Parte dos problemas da UE só poderão ser resolvidos, embora com algumas dificuldades, se, nas próxima eleições europeias, mudar a correlação de forças que controlam a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu que, até agora, tem sido favorável às famílias políticas liberais e neoliberais.
Se, por hipótese, as esquerdas europeias, nomeadamente as da família socialista da europa, onde se inclui o SPD (Sozialdemokratische Partei Deutschlands) da Alemanha, atualmente coligado com a CDU alemã (Christlich Demokratische Union Deutschlands), muita coisa poderia ser mudada no contexto político europeu. De notar que o SPD vai separado do seu parceiro da coligação a CDU. Há que fazer com que, nas eleições europeias, os grupos de esquerda tenham uma maioria de votações.
No caso português não vai ser fácil ao Partido Socialista obter uma maioria que ultrapasse substancialmente a oposição já que ela concorre em coligação PSD/CDS. Assim, tem que haver um esforço para que haja uma maioria de votações que derrote de forma significativa a direita coligada para que Portugal possa fazer ouvir a sua voz juntamente com os seus parceiros europeus.
Famílias e respetivos partidos no Parlamento Europeu:
Grupo do European People's Party (Christian Democrats)
Grupo do Progressive Alliance of Socialists and Democrats in the European Parliament
Grupo do Alliance of Liberals and Democrats for Europe
Grupo do Greens/European Free Alliance
Grupo dos European Conservatives and Reformists
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