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Marcelo: o comentador

por Manuel_AR, em 01.07.13

 

Ah! É melhor do que na altura, mas é um PREC!  Não, não é um PREC, mas é quase um PREC.


E andam para aí a dizer que o Prof. Marcelo pretende candidatar-se à Presidência da República.

Seria mais um idêntico a Cavaco Silva.

Deus nos livre!

 

Um dos comentadores oficiosos do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, continua no seu BLA…, BLA…,BLA…, NÃO BLA… BLA…, NÃO BLA…, BLA… costumeiro. Desta vez teceu disparates comparativos entre o PREC (Processo Revolucionário em Curso) que decorreu entre 1974 e 1975 até à aprovação da Constituição da República. Na maior parte das vezes criou, é certo, situações anárquicas que nada têm a ver com as manifestações de descontentamento e de oposição ao atual Governo.

Rebelo e Sousa disse, num encontro, que “Portugal está a viver um período, num contexto melhor, mas está a viver, do ponto de vista sociopolítico, um período que me faz lembrar, de repente, a ressaca do PREC.”


Ah! É melhor do que na altura, mas é um PREC!  Não, não é um PREC, mas é quase um PREC.


Quem viveu aquele período histórico sabe bem que não tem comparação possível! Onde estão as ocupações de empresas? Onde estão as nacionalizações das empresas? Onde estão as ocupações de casas? E as ocupações de terras? Ainda bem que não estamos num PREC!


Ao mesmo tempo o Prof. não diz que é igual, mas que lhe faz lembrar! Pode fazer lembrar-lhe muita coisa mas, daí até fazer aquele tipo de associação vai longe. Mas ele esclarece-nos e, logo de seguida, ficamos então a saber que a comparação é devida aos malvados da esquerda. E porquê? Porque, diz ele, em Portugal a composição parlamentar tem “um peso da esquerda radical que não é usual nas democracias europeias” e que somando “a essa esquerda uma fração do Partido Socialista, pequena que seja, temos uma realidade que faz lembrar a divisão na altura doutrinária e ideológica da ressaca da revolução.”

Para o Prof. os portugueses são uns malvados que se atrevem a votar em partidos de esquerda indo contra a corrente europeia, em vez de votarem à direita. Que tipo de raciocínio é este estranho à democracia pluralista.

Os portugueses não votam à direita porque a direita que ele apoia não governa para as populações. Por outro lado, a direita que temo nada tem a ver com a direita europeia cujas populações têm um nível de vida superior ao nosso, que a tal direita, presumivelmente lhes terá dado. Mas o Prof. Marcelo não refere que a direita que hoje está no poder, que ele apoia, foi lá colocada pelos portugueses e que a maior parte deles já estão mais do que arrependidos de o terem feito. E, a continuar assim, será até possível que tenha alguma surpresa da “tal” esquerda aumentar.

E andam para aí a dizer que o Prof. Marcelo pretende candidatar-se à Presidência da República. Seria mais um idêntico a Cavaco Silva. Deus nos livre!

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publicado às 12:54

Se estes políticos não servem. Inventem-se outros.

 

Só quem nunca viveu em ditadura é que não conhece o verdadeiro significado do que é viver em democracia. Quem já nasceu e viveu em democracia não lhe dá o real valor. É, portanto, legítimo que muitos se desiludam com o seu exercício tal e qual se vive atualmente culpabilizando os políticos e os partidos.

 

É frequente ouvirmos por aí divulgar a ideia de que os partidos não se entendem. Isto é um erro de princípio visto que os partidos, divergindo quer nas suas ideologias, quer na forma de aplicação de modelos e políticas à governação, não se constituíram para se entender. Se assim fosse teríamos uma espécie de partido único ou uma espécie de “União Nacional” como no tempo da ditadura.

 

Quando alguns comentadores políticos, alguns bem pagos para isso, e, a maior parte das vezes, da mesma corrente partidária, falam em governos patrióticos de emergência nacional ou de salvação nacional, através de entendimentos partidários, apenas têm um objetivo: salvar o partido do governo da má governação implicando outros para que depois também se lhes possa atribuir responsabilidades pelos eventuais fracassos protegendo, assim, a sua imagem da exclusividade das medidas. A unanimidade de partidos no que se refere a medidas a tomar e políticas a seguir em tempo de crise, são uma espécie de convergência mascarada de sentido patriótico para reduzir e minimizar as vozes discordantes que se possam levantar contra um governo de maioria absoluta.

 

Que não existe democracia sem partidos e sem políticos deve ser um dado adquirido. Mas, se não devemos, nem queremos, terminar com a democracia podemos sempre, através de movimentos cívicos, provocar a saída dos políticos que se aproveitam da democracia para seu benefício pessoal.

 

Tenham sido bons ou maus os políticos de craveira chegaram, na sua maior parte, ao fim da sua carreira política deixando os portugueses à mercê de governantes e de políticos jovens oriundos das “Jotas” das quais se aproveitam para, no seu interesse pessoal e carreirista, conseguirem um emprego numa bancada parlamentar ou num emprego público que o seu partido se encarregará de arranjar através do que vulgarmente se chama “Jobs for the Boys”. Assim se conseguem lugares, por vezes criados à medida, numa carreira pública onde o serviço prestado é, por si mesmo inútil, mas que os nossos impostos se encarregarão de pagar.

 

Será então que os jovens não terão direito a ingressar numa carreira que os prepare para a governação futura do país? Claro que sim. O que é inadmissível é que jovens com pouco mais de 30 anos, saídos das universidades, sem experiência da vida pública, sem conhecimento concreto da sociedade em que vivem, com ideias e modelos sociais e económicos pré-concebidos que teorias, e em alguns casos professores, ajudaram a construir e incutir em mentes entusiásticas mas que se refletem posteriormente em experiências socialmente desastrosas.

 

Imagine-se um primeiro-ministro ou um ministro de uma qualquer pasta, vindo de uma qualquer empresa sem história e com uma carreira política mais ou menos desconhecida. Cabe-nos perguntar que competências governativas e credibilidade poderão ter para governar um país e que confiança pode transmitir? Uma carreira pública e política vai-se construindo, não aparece por uma qualquer nomeação para um cargo no governo, usufruindo de um salário que, na melhor das hipóteses, nunca sonhou vir a ter, não fosse o partido onde se filiou.  

 

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publicado às 17:15

Os judas da política

por Manuel_AR, em 11.03.13

 

Ao aproximarmo-nos da Páscoa vem a propósito recordar o símbolo da amizade falsa, da hipocrisia e da traição que é representado na cultura judaico-cristão por Judas, que entregou Jesus Cristo aos romanos a troco de “trinta dinheiros”.

Na política encontramos vários “judas”, que sendo militantes bem colocados no aparelho dos partidos, espreitam a cada passo a ocasião oportuna para trair, normalmente os seus líderes com o objetivo de, posteriormente, virem a receber os “trinta dinheiros” que serão o pagamento pela traição.

Se ouvirmos falar alguns nomes relevantes desses partidos, e deixemo-nos de metáforas, nomeadamente do Partido Socialista, ficamos estarrecidos quando os vemos colocarem-se numa postura de falsa independência, democracia e do tudo a bem dos portugueses. Em vez de uma oposição ao Governo, fazem ante uma tentativa de colagem. Vou ser mais claro; não fazem nem colaboram com unanimidade numa oposição ao Governo, antes tentam mostrar que, em vez de oposição, o que se deve fazer é um entendimento estratégico com o PSD em nome, dizem, do interesse nacional. O que se espera disto será talvez o posterior recebimento dos tais “trinta dinheiros” pagos em cargos políticos ou outros com que, esperam, alguém os recompensará mais tarde! E isto, numa altura em que este Governo está a ser cada vez mais contestado e é necessária uma oposição forte de alternativa convicta e sistemática e, ao mesmo tempo, responsável em vez de tentar desgastar a pouca que se lhe faz.

São eles alguns senhores do PS, anteriormente apoiantes de José Sócrates, que se transformaram e agora, de forma subtil, vão lançando para opinião pública a ideia de que nem tudo está mal, que o Presidente da República faz bem em não falar muitas vezes, que talvez o que seja necessário seja uma cooperação com o Governo em várias matérias, porque é necessária para a coesão nacional e para o bem de Portugal, etc., etc.. Estamos já mesmo a ver o que isto nos traria. Estamos fartos de boas intenções, enganos e de promessas não cumpridas. A quem me estou a referir? A ninguém especialmente. No PS cada um que enfie a carapuça que lhe couber.

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publicado às 17:13

Os porta-vozes

por Manuel_AR, em 20.12.12


Os homens de mão do governo ocupam tempos de antena das televisões como comentadores políticos autênticos porta-vozes do governo. Quem tiver paciência para os ouvir facilmente constatará a forma subtil como eles fazem análise política na base da lavagem das declarações do primeiro-ministro fazendo interpretações mais ou menos adocicadas das suas palavras. O mais caricato é que umas vezes critica Passos, noutra defendem-no acerrimamente. São uma espécie de cataventos, ao sabor dos interesses do momento, desejando um mudar de vida para um país mais justo para eles.

Interrogo-me como é possível que haja de facto isenção nestes senhores sendo eles defensores e apoiantes do partido no governo. Nas suas análises mostram gráficos cujas leituras e interpretações podem ser várias em função das variáveis e dados apresentados. Como exemplo bastaria assistir na TVI24 aos comentários de Marques Mendes, sobre as declarações do primeiro-ministro, em que desculpabilizava, deturpando completamente o seu sentido, transformando as suas declarações divisionistas, de quebra da coesão social e lançando gerações contra gerações em boas intenções.

De facto, passámos a ter nos canais de televisão comentários monolíticos de senhores que pretendem lavar-nos o cérebro e fazer pedagogia à boa maneira da ex-soviética e da Coreia do Norte. 

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publicado às 23:17

 

Quem tiver a disponibilidade e a paciência para ver e ouvir os comentadores políticos, analistas de economia e um novo grupo, a que alguns “pivots” da televisão resolveram dar o pomposo nome de “senadores”, que proliferam pelos vários canais de televisão, poderá, facilmente, tirar algumas conclusões. A primeira é que, todos eles, quase sempre os mesmos, pertencentes ou simpatizantes de uma determinada ala político-partidária, tecem de cima da sua cátedra,  sapiência sobre as medidas que se tomaram e que se devem ou não tomar.

Como se tem reparado, este jogo de xadrez de comentadores está à partida viciado. Porquê? Porque, salvo raras exceções, são conhecidos militantes de topo dos partidos atualmente no governo, pelo que, estamos no direito, de em princípio pôr em causa a sua isenção. Claro que mau seria que por vezes não fizessem críticas ao executivo em pontos demasiado evidentes. Mas se num dia o fazem noutro dia apontam logo no sentido contrário.

Quando se referem, por exemplo, à necessidades de mais austeridade, aos cortes de subsídios e de pensões, aos cortes na saúde e na educação como soluções inevitáveis, medidas que afetam a maior parte das populações, podemos pensar, e o pensamento ainda é livre, que se estão a defender a eles próprios porque sabem que ficarão em certa medida salvaguardados e, por isso, os “outros” que somos nós, o povaréu, como alguns já chamaram, que paguem a crise.

Se nos dermos ao trabalho de pesquisar quem é esta elite de comentadores, facilmente chegaremos à conclusão de que estão todos bem instalados, sem preocupações de desemprego, com remunerações mensais que ultrapassam em muito as dezenas de milhares de euros mensais, e a saúde e as reformas estão mais do que garantidas. Poderá dizer-se que eles também são afetados pelos impostos, pois também era o que mais faltava! Mas, como todos sabemos, há sempre formas de minimizar esse efeito, coisa que qualquer vulgar trabalhador por conta de outrem, que recebe o seu salário mais do que controlado, não consegue.

Coloquemos como hipótese que um de nós concorria a um emprego, éramos selecionados e a proposta contratual remuneratória era a seguinte: um valor base de remuneração que seria 1000€, com direito a viatura própria, pagamento mensal de gasolina pela empresa, pagamento de parte da habitação própria através de despesas, cartão de crédito da empresa com permissão de despesas pessoais, seguro de saúde pago pela empresa, entre outras regalias. Vejamos agora qual seria o valor que iria declarar para o IRS. Fazendo as contas teríamos 1000€X14 meses seria igual a 14000€ anuais e seria isso que declarava como rendimento. Comparemos agora com outro trabalhador que recebia também e apenas um salário mensal dos mesmos 1000€ sem quaisquer outras regalias. A sua declaração para o IRS seria 14000€ de rendimento anual. Para bom entendedor meia palavra basta. O que está em causa é a facilidade com que alguns e não tão poucos como se pensa, contornam os impostos.

Também não está em causa o valor salarial recebido que pode ser maior ou menor pois tem que ser de acordo com a sua formação, responsabilidades, experiência profissional, grau de exposição pública, etc., etc.. Um administrador de uma grande empresa ou um governante têm que ser bem remunerados, pois que ninguém aceitaria um ordenado, por exemplo, de 1000€ mais ajudas de custo para ter determinada responsabilidade, preocupações e o ritmo de trabalho que se lhe exige. A grande vantagem não está apenas na remuneração, mas nas portas que se lhe abrem, posteriormente, para o domínio privado. São contra o aumento de impostos mas, por outro lado, defendem a austeridade ma para os “outros”, porque da austeridade estão mais ou menos a salvo.

Ainda em 30 de outubro deste ano pudemos ouvir um banqueiro defender publicamente que ainda há espaço para mais austeridade e, comparando Portugal com a Grécia dizia que lá fazem umas revoluções, “partem umas montras”, mas “lá continuam vivos”. Que conclusões se podem tirar destas afirmações? Que interesses poderão existir por detrás delas ao apoiar o orçamento? Que interesses estarão em jogo? Que promessas terão sido feitas à banca? Perante as afirmações do referido senhor banqueiro, se tivesse dinheiro em tal banco correria a tirá-lo de lá nem que, para isso, tivesse de sacrificar os juros.

Não sou contra os bancos, longe disso. Que se deve tentar baixar o défice e diminuir a despesa e que para isso deva haver austeridade é um facto, contudo há limites.

Os bancos estão a ganhar com a dívida pública. Estão a financiar-se junto do banco central europeu a uma taxa baixíssima, cerca de 0,75%, e estão a emprestá-lo ao estado português a 7% ou 8%. Que grande negócio está a ser a nossa dívida.

Portugal perdeu a sua soberania face à Alemanha e tenta uma aproximação ao nível da educação e, internamente, o Estado perdeu a autoridade face aos grandes grupos financeiros que o controlam e dele tentam obter o maisque podem. Ainda esta tarde foi divulgada uma notícia pelo Correio da Manhã de que Nuno Crato “assinou um memorando de entendimento com a Alemanha para a cooperação na área do ensino profissional”.

Podem dizer que este é m texto populista e demagógico, talvez, mas não digam que não é realista.

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publicado às 20:29

Não é corrente neste blog colocar "posts" com o objetivo de difamar ou caluniar seja quem for. Se, por vezes, se criticam posições, afirmações e decisões políticas, estas têm o intuito de comentar o que, no nosso entender, consideramos estar mal para os cidadãos e não com o objetivo, como alguns comentadores fazem, de ficar bem com o poder. Comentadores que pertencem ao partido da área da governação e que, por isso, não se podem considerar comentadores isentos ficam-se muitas vezes pelo "nim" não abordando com coragem questões essenciais para as ppulações que denominam de baixa política. Será baixa política denunciar o que está mal. O que está bem não necessita de ser comprovado ele deve ser uma evidência para todos. Por isso, hoje não resisti a uma maldadezinha que é colocar um video do Blog Aventar que mostra a realidade e a desfaçatez a que chegam alguns politicos fazendo afirmações para convecer as populações a votarem neles e, consequentemente, chegarem ao poder e depois não cumprirem com o que prometeram. Todos não cumprem, mas, como este não tenho lembrança.

Vejam até ao fim porque vale bem a pena. É na parte final que se encontram com mais evidência as contradições, depois, cada um, face ao que conhece, tire as suas conclusões.

 

 

 

Fonte: Blog Aventar e Garatujar

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publicado às 14:43

http://umpovoarasca1.blogs.sapo.pt/282163.html

Alguns artigos de opinião e comentários políticos que leio na imprensa e os comentadores que vejo na televisão e, com menos frequência, na rádio dariam para um sem fim de artigos.

Vou tentar ser mais claro. Esta coisa de escrever para pessoas muito diversificadas nos gostos, interesses e culturas deve ter o seu quê de simplicidade na objetividade, sem pompa e pedantismo e não ser demasiado técnica. Mas o que se verifica é que muitas das vezes se dirigem apenas a alguns iluminados que, para além do mais, acabam por confundir o leitor, o ouvinte e o telespetador, levando-o a desinteressar-se do assunto.

Muitos são especialistas em retórica construída de tal modo para confundir o ouvinte/telespetador através de uma persuasão sofística e aliciante. É exemplo deste caso as intervenções do Eng. Ângelo Correia quando é convidado para debates televisivos. Tem aparentemente um discurso conciliador, pleno de artifícios filosóficos e dialéticos.  

Tento compreender e colocar-me no papel, sem o conseguir, dos que defendem certos pontos de vista no que respeita a medidas financeiras, económicas, sociais e reformas estruturais das quais, em princípio, pensam vir a ser excluídos. Isto é, os governos que reformem, estruturem, cortem, aumentem e cobrem impostos desde que alguns (entre os quais eu) não sejam incluídos, quer por estatuto, quer por regime de exceção. Defendem pontos de vista e medidas consequentes como se tratasse de verdades absolutas como se não houvesse alternativas para além daquelas que apresentam. Sócrates, não o filósofo, mas o outro, também dizia em certa altura quando da tomada de medidas penalizadoras, que ou isto ou o caos!

Para esclarecer, como exemplo do que acabo de afirmar, vou citar uma passagem do artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 23 de junho de 2012, onde salienta algumas afirmações do antigo ministro das finanças Miguel Cadilhe.

Diz Fernando Madrinha que paso a citar: “…uma taxa de 4% sobre a riqueza, não só dos ricos, mas de todos os portugueses. Haveria isenções: por exemplo, uma família com casa própria, vivendo só do seu salário. Supõe-se que essa família, se tivesse 500 euros no banco, já pagaria 4% da sua poupança. Ouvindo os iluminosos economistas que falam de impostos quando não falam de reduzir salário, ficamos com dúvidas sobre se terão a noção do valor do dinheiro. Pelo menos para aqueles que têm pouco, já que não deve ser o caso deles.”.

Aqui está um exemplo do que eu pretendi dizer quando escrevi o terceiro parágrafo uma frase clara e objetiva e que todos compreendem.

Mas este é apenas um caso muitos outros haveria a dizer quando se referem aos salários, aos cortes nos subsídios, aos cortes nas reformas dos nossos pais e avós…. É fácil gerir com o dinheiro dos outros, especialmente com o dos mais indefesos. O dinheiro desses comentadores políticos, autodenominados isentos, que apoiam tudo aquilo que não os prejudique a eles, já cá não se encontra.

A isto acresce ainda as escandalosas exceções nos cortes (caso do Banco de Portugal entre muitos outros) que foram consentidas, para que não se levantassem ainda mais vozes de contestação. Pelo menos alguns setores ficaram controlados.

As medidas de austeridade e os sacrifícios, sendo excecionais como dizem, devem ser distribuídos por todos e atingir os rendimentos, independentemente de quem os aufere, e não serem apenas algumas classes sociais e profissionais a serem penalizadas. Nunca fui funcionário público sempre estiv no setor privado, mas não concordo que sejam apenas alguns a ter que ser responsabilizados e penalizados pelos desmandos concentidos pelos governos que foram eleitos por todos, pressupostamente para nos governarem bem! O que este governo está a fazer com o appoio de cometadores do seu leque ideologico, parece vingança soez para com determinadas classes sociais e profissionais, com o argumento de que são despesa do Estado. Não foram todos os governos sem exceção que para isso contribuiram através dos gastos incontrolados! Quem afinal era despesista e queria viver acima das suas possibilidades?  

Arranjam-se legalmente medidas de exceção para benefício de alguns prejudicando outros, os mesmos de sempre. Por aqui se vê que muitas das medidas são mais de opção ideológica e política do que económica. Não me venham falar da isenção dos comentadores e analistas que defendem alguns pontos de vista mais do que neoliberais e dos que defendem o seu contrário. Todos tomaram a sua opção no leque ideológico e político  e daqui não saem, por mais claras e objetivas que sejam as evidências contrariamente ao que defendem!

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publicado às 17:36


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