Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Imagem Aventar.eu | Imagem Aventar.eu |
Liderança Cérbero ou o monstro de três cabeças
Segundo a mitologia Grega, Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro impedindo a saída daquele inferno.
O Blocos de esquerda tem uma liderança bicéfala devido ao cocktail de misturas ideológicas.
O governo é tricéfalo porque liderado por três cabeças, Passos Coelho, Miguel Relvas e Vítor Gaspar. Qual deles terá mais poder nas decisões para evitar a saída do inferno.
Relvas após ter andado escondido, quiçá envergonhado pelo escândalo da sua licenciatura, regressa agora com toda a sua pujança anda com aquela arrogância que o caracteriza mas que, entrouas causas , provocará a derrocada do PSD. Ele personifica tudo o que a geração prveniente dos retornados preparou ao longo dos anos como um prato de vingança, que serviram frio, ao conseguirem a tomada do poder.
Passos Coelho anda numa corda banda, dizendo e desdizendo, mentindo e desmentindo.
O transformismo semântico que Carlos Moedas metamorfoseou a palavra cortes em poupanças através de uma roupagem sinonímica que Passos Coelho já adotou. Se consultarmos um dicionário veremos que corte é a diminuição da quantidade, interrupção na continuidade de algo, supressão e poupança é dinheiro economizado, economias, gastar menos. Pressupõe, portanto, que possa existir um excedente gastando menos para que se possa poupar. Não estamos portanto a ver como é que, estes “jovens” governantes que fazem circular por aí que são inteligentes, mas que não passam de uns teóricos inexperientes podem, sem cortes, fazer poupanças de quatro milhões. Ou mentem ou pretendem iludir-nos.
A cabeça de Paulo Portas não faz parte do Cérebro, aparece e desparece à medida das conveniências mas que apesar de não ter voto na matéria se mantem, segundo ele, apenas a bem do país. Ou será da Nação? Mas que grande sacrifício está a fazer pelo país! Sacrifícios estão os portugueses a fazer e são muitos e dolorosos. O CDS/PP não é mais de uma muleta do Governo do qual Portas é cúmplice mesmo que não queira. De vez em quando faz de conta que discorda, mas que, o sentido de Estado assim o exige. Transformou-se numa marioneta do Governo o que o levará a perder, cada vez mais a base de apoio eleitoral que em tempos recuperou. Depois bem pode continuar a fazer números de circo, nem que sejam saltos mortais, que não o fará recuperar. Esperemos para ver.
Portas agora tem um documento em mãos para preparar, mas já disse que temos que cumprir os nossos compromissos internacionais. Quem é que diz o contrário, com exceção de alguns exaltados, e com razão, mais radicais?
Cada um diz a sua.
Miguel Relvas disse: - O desemprego tira-me o sono.
Passos Coelho disse: - O desemprego não lhe tira o sono. Dorme pouco mas dorme bem.
Coesão Social
Passos Coelho diz que “reforma do Estado é um imperativo de coesão social”.
Talvez, mas a reforma que ele pretende vai no sentido contrário, destruir a coesão social.
Aliás Relvas está a ser exímio nisso, lançando os jovens contra trabalhadores mais velhos. A velha regra do dividir para reinar. Será que pretende lançar no desemprego mais milhares de trabalhadores sem depois arranjar empregos para os mais novos? Ao que chega a campanha enganosa para captar os votos dos jovens. Nunca tive nada contra os retornados, mas este de descendente de retornados, no que se refere à vingança, está no seu melhor.
Combustíveis aumentam vejam só!!
Uma nova justificação para o aumento dos combustíveis: o frio no Norte da Europa que obriga aqueles países a consumir mais combustível e que por isso o preço aumenta em Portuga! Agora já não é euro que está a valorizar, arranjaram outra.
O consumo diminuiu 9%. Como manter as mesmas margens de lucro? Aumentam-se os preços. Será isto o mercado livre e a livre concorrência que como dizem fará baixar os preços?
Marcelo Rebelo de Sousa
Continua com a sua arte de fazer crer na opinião pública uma imagem de independência. O que acontece é que nos meios das suas opiniões há sempre um sútil apoio a este Governo. A última: “a semana passada o Governo melhorou.” Vale a pena fazer mais comentários?
Pela Revista Sábado de 29 de novembro tive conhecimento que a ministra da Cultura do Brasil disse que “seria interessante contar em filme a história da ida da família real portuguesa para o Brasil, em 1808”, assunto que foi discutido quando a ministra esteve em Lisboa. Até aqui tudo aparentemente normal.
Contudo, a revista Brasileira “Isto É” ainda segundo a revista Sábado “os ministros Miguel Relvas e Paulo Portas gostaram da ideia e sugeriram o nome do ator americano Brad Pitt para fazer de Rei D. João VI, e para argumento e realização, foi discutido o nome de Steven Spilberg”. Para o comissário do Ano de Portugal no Brasil, o filme teria financiamento público dos dois países, apesar das restrições impostas pela troika a Portugal.
Levando isto a sério e a confirmar-se, o que é insólito é, o ministro Relvas, sim, o que comprou um curso tirado em dois meses numa universidade privada, venha sustentar que se contratem atores como Bred Pitt para o papel do Rei D. João VI, que não primava pela beleza e elegância e Spilberg para a realização do filme. Há dinheiro, há, menos para o estado social e para os portugueses sujeitos a austeridade rigorosa. E não me venham dizer que a verba não tem significado porque, quer o ator, quer o realizador sugerido, não cobram, propriamente, “cachets” de saltimbancos, que, contando com os custos da produção do filme seria orçamentado em dezenas de milhões de euros. O Brasil tem um crescimento anual da sua economia de 2,5% do PIB que, apesar das previsões terem sido revistas em baixa em setembro para 1,6% do PIB são, mesmo assim, muito maiores do que as nossas de crescimento negativo para 2013.
Quero ver, se este projeto for para a frente, de onde vai aparecer o dinheiro. Continuam a fazer dos portugueses tolos.
Veja-se como o ministro Miguel Relvas aproveitou a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais tirada numa universidade que lhe creditou dezenas de unidades curriculares pelas suas competências e conhecimentos na área.
Segundo uma notícia veiculada pelo Jornal i de 15 de Abril de 2011, Miguel Relvas, na altura secretário-geral do PSD, afirmou ao Jornal Sol que, "Enquanto produzirmos como marroquinos não podemos viver como alemães. Este é o problema de Portugal e essa é a realidade com que somos confrontados pelo euro."
Esta afirmação revela total desconhecimento da realidade política e económica de Portugal e de Marrocos porque, nos últimos anos, Marrocos cresceu economicamente muito mais do que Portugal. Em Portugal entre 2003 e 2010 a economia cresceu em média de 0,6% ao ano mas Marrocos crescia 4,8%. No momento da afirmação de Miguel Relvas o FMI estimava um crescimento para Marrocos de 3,9% em 2011 e de 4,6% em 2012. Pelo contrário para Portugal previa-se, em Abril de 2011, a entrada em recessão com contração entre 1,5% e 0,5% respetivamente. Para aquela instituição internacional só em 2016, Portugal crescerá apenas 1,2%, enquanto Marrocos prevê crescer 5%.
Refira-se agora a responsabilidade diplomática das afirmações visto que Portugal, excluindo U.E., é o oitavo país para onde mais exporta.
As competências do ministro e a equivalência a unidades curriculares e a créditos para atribuição de uma licenciatura pela universidade, parece que não eram assim tão sólidas. Ou será que no plano curricular do curso que lhe foi atribuído não deve constar aquele tipo de competência para quem tira uma licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais.
Já tinha afirmado neste blog que: "Para a maior parte desta geração de políticos que nos governa, salvaguardando algumas honrosas exceções, é tudo incontornável, o que sempre serve para justificar incompetências, falta de valores e sentido humanístico que não lhes foram dados nas escolas e universidades públicas e privadas pós 25 de abril onde, muitas vezes, se reivindicaram passagens administrativas." Ver em http://zoomsocial.blogs.sapo.pt
No último "post" abordei a questão do medo. Constata-se que o medo também pode ter a sua influência na liberdade de informar. Jornalistas com contratos a prazo e precários, como qualquer outro trabalhador também têm medo de perder o seu emprego. Neste meio as pressões são ainda mais fáceis de exercer. Veja-se o caso do ministro Miguel Relvas e as suas pressumíveis pressões sobre uma jornalista do Jornal Público para não publicar declarações e incongruências que aquele ministro fez no Parlamento. Vejam só:
Para bom entendedor meias palavras bastam!.... Tívemos o problema Sócrates e a sua interferência com a comunicação social, agora temos estes que o fazem de forma ainda mais descarada.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.