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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Sobre ideologias que recomeçam a proliferar, apresento um comentário que escrevi em forma de mail sobre um artigo de opinião publicado no jornal i de 3 de abril do corrente ano, cujo autor é Jan Dalhuisen que, diz a propaganda, ser um grande especilista em direito transnaciona! Para dizer o que ele diz, não é necessário ter um título de catedrático, conforme diz após a assinatura. Soluções tão simples como as propostas qualquer um as tem. Pretende-se é pessoas que resolvam problemas difíceis. Para dar soluções fáceis há muitas.
Aqui fica então!
Já gora vejam também outros pontos de vista daquele Sr. Professor em 2009
Exmo. Sr. Professor,
Com todo o respeito que merece, permita-me que lhe transmita a minha opinião, embora muito breve, sobre o seu artigo publicado no Jornal i do dia 3 de Abril de 2012.
Tenho lido alguns dos seus artigos e concordo com alguns dos pontos de vista. Quanto a este último, fiquei dececionado, desiludido e até chocado, face à mensagem que passa, porque revela um determinado tipo de pensamento que a seguir refiro. Assim, depreendi do artigo o seguinte:
1. Incita à quebra da coesão social em relação a determinado setor da população, colocando jovens e população ativa contra idosos.
2. Manifesta, veladamente, uma espécie de eugenismo para com um determinado estrato social específico.
3. Propõe, a prazo, um tipo de "solução final", mas lenta e subtil para "alguns" idosos, isto é, a morte através da falta de cuidados de saúde e como condição a capacidade financeira.
4. Sugere que idosos, que não tenham posses para prolongar a sua vida através de cuidados de saúde, devem morrer por falta deles. (Não deverá ser, com certeza, o caso do Sr. Professor que, pressupostamente, se excluirá daquele grupo no presente e no futuro, porque para o seu caso pessoal viver será um direito humano adquirido).
5. Nega que a longevidade seja um direito humano e, tal como um Deus, decide de forma omnipotente que os idosos que tenham posses é que terão o direito de continuar a viver.
6. Porque estão a viver à custa da comunidade devem deixar-se morrer. Como se eles já não tivessem contribuído para a comunidade quando se encontravam na vida ativa e para a qual ainda continuam a contribuir com impostos (IRS) que lhes são retirados das pensões!
7. Para um leitor mais atento e com conhecimento histórico, a leitura do artigo poderá conduzir a um raciocínio e interpretação, por ventura errado, que se trata duma subtil proposta neonazi ardilosamente dirigida a um setor populacional.
8. Os povos necessitam dos especialistas e da ciência para que deem "ideias novas" para solucionar os problemas que os afligem na atualidade e no futuro, numa perspetiva da condição humana, e não um recuo face aos contributos que a ciência e "alguns" dos seus antepassados já lhes possibilitaram, e não o regresso à barbárie.
9. Se nada do que se apresenta nos pontos anteriores faz sentido, então não percebi nada do seu artigo. Se, se assim for, isso é grave, porque com outros leitores, se poderá ter passado o mesmo.
Com os melhores cumprimentos
Um leitor
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