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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
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Imagens do Der Spiegel e do WDR.de. A primeira modificada pelo autor
Comentadores e editorialistas têm vindo a dizer e a escrever que a Alemanha e na Holanda se estão a verificar alterações que perspetivam e aceitam que o caminho da austeridade já não tem sentido e urge avançar para medidas de recuperação económica. No entanto, o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, tem vindo nos últimos dias a mostrar posição contrária.
Em 7 de maio considerou ser “um puro mal-entendido” o debate que se abriu na zona euro sobre austeridade e o crescimento no qual são consideradas duas estratégias opostas e incompatíveis. Mas a 4 do mesmo mês defendeu, em declarações a um jornal alemão, para dar mais tempo à França e a Espanha após as previsões da Comissão Europeia que traçava um cenário mais negro para a economia europeia. Todavia, esta declaração foi recebida com muitas críticas pelos partidos da coligação de direita alemã liderada por Angela Merkel.
Ainda relativamente à austeridade e crescimento o radical neoliberal ministro das finanças alemão disse, em princípios de abril, numa reunião com o secretário do Tesouro dos EUA que defende a atenuação na Europa da austeridade e a promoção dos crescimento económico, que “na Euroa ninguém vê uma contradição entre consolidação e crescimento” e acrescentou que “devemos parar com este debate que nos diz que temos de optar entre austeridade e crescimento”. Se isto não é uma ditadura alemã ou nacional-autoritarismo, então o que é?
A Europa tem um grande desafio que é o de provar que existem alternativas viáveis. Com declarações como aquelas, se não o fizer, bem se pode preparar para se ajoelhar perante a Alemanha.
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