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Seja o que for decidido, Paulo Portas e o seu partido

estão no Governo e, como tal, estão veiculados às medidas

que irão, com certeza, ser aprovadas é, por isso, tão responsável

como os seu parceiro de coligação

 

A declaração de ontem de Paulo Portes foi um ensaio sobre a cegueira do governo e dele próprio. Mais pareceu uma apresentação lida de uma comunicação académica. A maior parte dos trinta minutos que durou a declaração foi passada na contextualização da situação financeira do país o que todos já estão fartos de ouvir e que não trouxe nada de novo.

Foi ainda uma tentativa de capturar votos, eventualmente perdidos, de alguns dos três milhões de reformados e aposentados. Fez os possíveis mas não conseguiu. Pressiona mas aceitou.  Diz que se opôs ao novo imposto sobre as reformas, dizendo que não concorda com a contribuição de sustentabilidade, denominada TSU das reformas mas garantiu que vai bater-se junto da “troika” para que não seja adotada, o que, só por si nada garante.

Ora, sabe-se que pode bater-se até à exaustão mas, também sabe que pode perder essa batalha, o que será o mais certo, ou então o que o primeiro-ministro propôs não passa de balelas.

Claro que deixou em aberto a hipótese de falhanço da tentativa de retirar o novo imposto sobre as reformas. Se falhar a culpa não seria dele seria de que não aceitou. Engana-se, porque a tentativa de desculpabilização não tem qualquer credibilidade. Seja o que for decidido Paulo Portas e o seu partido estão no Governo e, como tal, estão veiculados às medidas que irão, com certeza, ser aprovadas e, como tal, é tão responsável como os seu parceiro de coligação.

O apego ao poder é tal que Paulo Portas, declarando este domingo que a aplicação de uma sobretaxa aos pensionistas constitui uma linha vermelha para o CDS, não descola. 

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publicado às 18:11


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