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Comunicações e opiniões pessoais sobre o dia a dia da política e da sociedade. Partidos, demografia, envelhecimento, sociologia da família e dos costumes, migrações, desigualdades sociais e territoriais.
Ao aproximarmo-nos da Páscoa vem a propósito recordar o símbolo da amizade falsa, da hipocrisia e da traição que é representado na cultura judaico-cristão por Judas, que entregou Jesus Cristo aos romanos a troco de “trinta dinheiros”.
Na política encontramos vários “judas”, que sendo militantes bem colocados no aparelho dos partidos, espreitam a cada passo a ocasião oportuna para trair, normalmente os seus líderes com o objetivo de, posteriormente, virem a receber os “trinta dinheiros” que serão o pagamento pela traição.
Se ouvirmos falar alguns nomes relevantes desses partidos, e deixemo-nos de metáforas, nomeadamente do Partido Socialista, ficamos estarrecidos quando os vemos colocarem-se numa postura de falsa independência, democracia e do tudo a bem dos portugueses. Em vez de uma oposição ao Governo, fazem ante uma tentativa de colagem. Vou ser mais claro; não fazem nem colaboram com unanimidade numa oposição ao Governo, antes tentam mostrar que, em vez de oposição, o que se deve fazer é um entendimento estratégico com o PSD em nome, dizem, do interesse nacional. O que se espera disto será talvez o posterior recebimento dos tais “trinta dinheiros” pagos em cargos políticos ou outros com que, esperam, alguém os recompensará mais tarde! E isto, numa altura em que este Governo está a ser cada vez mais contestado e é necessária uma oposição forte de alternativa convicta e sistemática e, ao mesmo tempo, responsável em vez de tentar desgastar a pouca que se lhe faz.
São eles alguns senhores do PS, anteriormente apoiantes de José Sócrates, que se transformaram e agora, de forma subtil, vão lançando para opinião pública a ideia de que nem tudo está mal, que o Presidente da República faz bem em não falar muitas vezes, que talvez o que seja necessário seja uma cooperação com o Governo em várias matérias, porque é necessária para a coesão nacional e para o bem de Portugal, etc., etc.. Estamos já mesmo a ver o que isto nos traria. Estamos fartos de boas intenções, enganos e de promessas não cumpridas. A quem me estou a referir? A ninguém especialmente. No PS cada um que enfie a carapuça que lhe couber.
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