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Imagem de: http://www.opolvodanoticia.com/

 

 Tudo o que Paulo Portas diz ou venha a dizer é meramente propaganda e marketing. Aliás, basta recordarmos tudo o que dizia quando estava na oposição no tempo do anterior Governo e que agora mandou para detrás das costas do próprio esquecimento.

 

O ministro Paulo Portas passou a ser também o diretor de marketing de Portugal com o apoio implícito do primeiro-ministro. Pelo menos é o que temos visto nos últimos tempos em que Paulo Portas, umas vezes como líder do CDS/PP, outras como Ministro dos Negócios Estrangeiros, anda numa roda-viva a tentar aumentar as nossas exportações e a defender os nossos produtos do sector agroalimentar. Como líder do CDS/PP, como aconteceu no Salão Internacional do Sector Agroalimentar e Bebidas em Lisboa, em finais de fevereiro. Em 2 de março para a India, desta vez como Ministro dos Negócios Estrangeiros, com o azeite e com o vinho, como antes já tinha acontecido com o Brasil.

A comitiva de Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, integra 36 empresas portuguesas de diversos setores onde constavam, entre outras, nomes como os da Corticeira Amorim, Efacec, Martifer, Revigrés, Visabeira, Unicer e Brisa. A banca também está presente, com representantes da Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo de Investimento, BPI. Outro sector, como já disse, foi o agrícola, que envia para a Índia cinco empresas, em especial da área do vinho e azeite.

Não podemos dizer que isto seja mau, bem pelo contrário. Todavia, há algo que nos escapa pois sempre pensei que isso deveria ser da competência do Ministro da Economia ou do Primeiro-Ministro. Estarei enganado?

Isto tudo fez-me lembrar os tempos do início da crise, quando José Sócrates, já em queda, se esforçava por levar comitivas para países que fossem potenciais compradores a Portugal, entre os quais a Venezuela.

Esta roda-viva de Paulo Portas tem dois objetivos, o primeiro é desempenhar um protagonismo que relance na opinião pública uma imagem positiva em contraponto com o primeiro-ministro e com o Ministro da Economia. O segundo é apoiar o seu ministério mais querido, o da agricultura e pescas. O terceiro é ver se consegue salvar o seu partido do atoleiro em que Passos Coelho tem metido o país progressiva e continuamente, minimizando o impacto negativo que venham a ter as próximas eleições para o CDS/PP.Tudo o que Paulo Portas diz ou venha a dizer é meramente propaganda e marketing. Aliás, basta recordarmos tudo o que dizia quando estava na oposição, no tempo do anterior Governo, que agora mandou para detrás das costas do próprio esquecimento.

 

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publicado às 18:33



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