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O abutre do BPI, Fernando Ulrich, voltou hoje, publicamente, a confirmar o enxovalho que já tinha feito aos portugueses, afirmando que, se os gregos aguentam as condições insustentáveis em que estão a viver, os portugueses também aguentam, pelo que há ainda espaço para mais austeridade.

Resta perguntar o que ganhará ele com isto?.... Ganhará concerteza.

Quanto mais se pedir emprestado para recapitalizar a banca tanto melhor!

Quanto mais empréstimos ao Estado mais juros a bom preço para ele. Ou estarei enganado?

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publicado às 21:22

Mas que filme é este?

por Manuel_AR, em 26.01.13

Muitos nos lembramos como estávamos há 20 anos, e como tudo melhorou tão depressa

Fonte: Diário de Notícias de 21 de janeiro de 2013 , p.54

 

 

João César das Neves, economista, professor universitário da Universidade Católica, onde toda a sua formação e percurso académico se sucederam, ex-assessor de Cavaco Silva quando este era primeiro-ministro, escreveu no Diário de Notícias de 21 de janeiro do corrente ano um artigo, dito de opinião, denominado “Estão a ver o filme?”. Não nos podemos esquecer que foi no tempo daquele primeiro-ministro que se iniciou a destruição do nosso tecido produtivo e se construíram obras megalómanas e sumptuárias como, por exemplo, o edifício da Caixa Geral dos Depósitos e do Centro Cultural de Belém. Como algumas, que durante  o anterior governo se construíram,  mas de bem menor custo.

O artigo mais parece, em alguns pontos, um panfleto digno de partidos radicais e ofensivo para a maioria dos portugueses como se irá ver. Penso que, o autor, apesar de gostar de ser polémico não deve dar-se ao direito de ofender a maioria dos portugueses quando lhes atribui a causa principal da crise. Ser polémico pode ser uma forma de dar nas vistas e, como alguns dizem, não interessa que se fale mal de mim, o importante é que se fale.

Os comentários políticos são, por vezes, jogos de linguagem que variam de pessoa para pessoa, de acordo com pontos de vista que, neste caso, se fixam em repetições sucessivas seguindo a “voz do dono”. O artigo em questão não traz nada de novo a não ser as versões já conhecidas que o Governo e os comentadores afetos têm vindo, ao longo deste dois últimos anos a reproduzir da forma que atrás designei como a “voz do dono”, que mais parece uma cassete idêntica à do PCP no passado, mas em sentido contrário.

Como já é conhecido, o tal relatório do FMI, denominado em português Repensar o Estado – Opções Selecionadas de Reformas da Despesa, foi encomendado pelo Governo com custos para nós contribuintes (não foi por certo gratuito) e, como tal, seguiu as orientações do seu programa político que não foi revelado aos portugueses na devida altura. Serve apenas como escudo para justificar medidas que sabem ser objeto de contestação. Aliás, soube-se agora pela comunicação social que um dos participantes no relatório era uma fraude.

Para o autor, os “direitos adquiridos” são o “outro nome da doença” mas “que há direitos básicos que o país tem de garantir a todos” não diz é quais. Será que restarão alguns porque, quase todos, estão a ser postos em causa de uma forma ou de outra. Os que se referem diretamente às necessidades dos cidadãos são considerados despesas supérfluas que têm que ser reduzidas e podem muito bem passar para iniciativa privada para que, apenas alguns, possam usufruir delas. Os restantes, a maioria, ficarão dependentes da caridadezinha e do assistencialismo.

Concordo com o autor em que as reformas já deviam ter sido “discutidas há décadas e sempre adiadas”. Todavia, querem agora que, à pressa, sejam executadas em alguns poucos meses. Será que os senhores especialistas acham, honestamente, que uma reforma tão importante como esta se pode executar em poucos meses? Tenham paciência! Quem não teve competência para redigir um relatório idêntico ao que compraram, não se lhe reconhece competência para o pôr em prática.

Mesmo os não especialistas que leiam o relatório e o comparem com os aplicados noutros países que foram intervencionados pelo FMI chegarão à conclusão de que a receita é a mesma. Cada país tem as suas especificidades e, mesmo que intervencionados, há que ajustar as medidas às suas realidades, à sua cultura. Não somos propriamente um país do terceiro mundo de formação recente em que nos querem transformar. O que se tem feito é o mesmo que alguém pedir dinheiro emprestado para comprar uma camioneta para os seu negócio e, quem lho empresta, diz que só lhe concede o empréstimo se comprar antes um carro, embora ele necessite de facto de uma camioneta e, para além disso, tem que reduzir as suas despesas com o negócio e fechar a loja que precisa para vender os seus produtos.

Os chavões, já mais que difundidos pelos comentadores pró-governo, continuam sem parar e, mais à frente, outro estafado argumento que é o de que “estamos ligados à máquina da ajuda externa para sobreviver” e que “temos uma grave crise grave e fundamenta que exige medidas profundas”. Quem não saberá isto? Penso que todos. Quem não estará interessado em resolver a situação? Volto à questão anterior. Fazer tudo em poucos meses?

O mais grave, no meu ponto de vista, é quando se afirma que, e passo a citar: “Muita gente está plenamente convencida que a crise se deve a um punhado de maus (corruptos, incompetentes, esbanjadores) e, pior, que basta eliminá-los para tudo ficar normal. Nas atuais circunstâncias esta fantasia é irresponsabilidade criminosa. Num momento tão decisivo e doloroso, acreditar em tolices dessas só aumenta sofrimento de tantos, prejudicando a urgente solução do problema”. É mais que evidente que ninguém pensa assim, mas há que denunciar. Implicitamente para o autor os que falam dos escândalos, não os escondem e os denunciam, são uns tolos e uns criminosos irresponsáveis. Aquele tipo de afirmações recorda a censura prévia no Estado Novo, que cortava tudo o que, no momento, era considerado como irresponsabilidade criminosa face às situações vividas na altura e ia contra o pensamento dominante.

Claro que “Não há corrupções, incompetências e desperdícios que cheguem para justificar uma coisa destas”, isto é, o ponto a que chegámos. Todos sabemos que a crise e a despesa pública não advieram daqueles que agora o autor parece querer purificar mas que para ela também contribuíram e bem, levando bancos quase à falência que foram recuperados com o dinheiro dos nossos impostos. Ou, não será isto, verdade? Basta recordar o caso BPN e outros, para o qual os nossos bolsos acudiram e ainda acodem para repor o que foi sonegado para benefício de alguns que agora andam apor aí impunemente. Será que o autor nega isto?

É evidente que não foi apenas isto que nos levou à crise. Mas o que podemos dizer, por exemplo a desregulação financeira mundial para a qual George Bush e outros nos trouxeram. Ou será que, a crise mundial e nacional nasceram de geração espontânea? Não, para o autor, implicitamente, o capital e a manipulação financeira em nada contribuíram para a crise, foi a “vida em comum e os hábitos dos cidadãos honestos a gerá-lo”. Isto é, os verdeiros culpados foram os cidadãos, os portugueses, conforme várias vezes, e por outras palavras, tem vindo a ser afirmado por Passos Coelho desde o início do mandato.

Se atentarmos na fotografia inserida no referido artigo que tomei a liberdade de incluir com a devida vénia, a legenda “Muitos nos lembramos como estávamos há 20 anos, e como tudo melhorou tão depressa” leva-nos a tentar pensar que a purificação e a redenção dos portugueses apenas se fará com uma austeridade que os faça regressar até ao tempo que a fotografia representa. Interpretação abusiva? Talvez, mas cada um fará a leitura que entender das entrelinhas, o que nem é necessário porque explicitamente afirma que “Temos de viver com as nossas possibilidades. Durante uns tempos até um pouco abaixo para aliviar as dívidas de se ter vivido demasiado tempo acima delas”.

A questão que lhe podemos colocar enquanto economista é como iremos pagar os empréstimos e vivermos de austeridade sem investimento, logo sem crescimento? Quantos anos são precisos, não para crescer apenas 0,1 ou 1%. Talvez 20, 30 ou mais anos?

Vamos esperar pelo investimento estrangeiro? Se assim for, teremos que, como popularmente se diz, esperar sentados. O investimento estrangeiro irá, sem dúvida, para países como por exemplo a Roménia, a Croácia, a Bulgária, a Estónia, Eslováquia, a Polónia, com os mais baixos PIB per capita  a U.E., mesmo que acabemos por ficar iguais ou pior do que eles. Estrategicamente a proximidade dos mercados consumidores é, atualmente, muito importante devido ao custo dos transportes. Nós, os portugueses, continuamos, quer queiramos, quer não, na periferia geográfica da Europa da qual estamos também a ficar cada vez mais distanciados como mercado de consumo não atrativo. Ah! O Turismo! A ver vamos!

Quanto ao investimento de capital português ele irá continuar a ser ao nível das pequenas e médias empresas familiares destinadas apenas ao débil consumo interno, o qual, irá continuar a degradar-se devido ao empobrecimento. Apenas em lojas destinada a uma classe social que, na sua essência, não será atingida e outra que virá de fora nomeadamente de Angola. Todo o dinheiro é bem-vindo para o investimento, o que duvido é que seja depois injetado na economia real. Por outro lado, dá menos trabalho e menos preocupações, a quem tem capital, investir em produtos financeiros mais rentáveis, se possível fora de Portugal.

Acho curioso que todos os que defendem a manutenção de uma austeridade agressiva e o empobrecimento podem fazê-lo porque, mesmo sendo afetados pelos impostos, não sofrem cortes nos salários e sabem, à partida, que não ficam sem emprego, que continuam a frequentar médicos privados, que continuam a poder viajar quando e para onde quiserem, etc.. Isto é, a crise não os afeta na substância, na mesma proporção que à maioria. Por isso, aconselham para os outros, quanto mais austeridade melhor, em nome da credibilidade de Portugal! Como a nossa produção e criação de riqueza são baixas e não são suficientes temos que recorrer à colocação de títulos de dívida pública nos mercados. Mas os portugueses não comem credibilidade dos mercados! Por mais que se elogie a nossa (deles) credibilidade junto dos mercados, os êxitos da colocação de títulos de dívida pública não vão criar empregos nem alimentar os portugueses, apenas nos trazem mais dívida.

Não, não estamos a ver o filme! Mas que filme o autor quer ver realizado?

Direita? Esta é que não! 

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publicado às 21:34

Enfraquecer a coesão social

por Manuel_AR, em 24.01.13

Isto é inacreditável. A Ana Drago não poupou Duarte Marques, aquele deputado fantoche que se diz presidente da JSD. Lançar portugueses contra portugueses, ao que estes senhores, que apoiam o governo chegaram. Não sou simpatizante do partido de Ana Drago mas, desta vez tenho que lhe render homenagm.

Vejam o vídeo com a resposta a este senhor que não se enxerga.


Depois do que ele disse na Assembleia da República, ainda haverá algum pai, mãe, avô, avó ou familiar que pense em votar nesta gente desta.



 

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publicado às 19:33

Política à parte, somos todos burros

por Manuel_AR, em 24.01.13

Embora o estilo de escrita não seja o meu não registi em colocar  aqui um "post", trancrito do Facebook  colocado por uma antiga colega minha.

Os sublinhados são da monha autoria.



É SÓ MAIS UM ESCÂNDALO...

Esta é fresquinha, chegou-me hoje do Tribunal de contas
É SEMPRE A ABRIR!

Mais uma golpada - Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE. É uma golpada com muita classe, e os golpeados somos nós....

Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.

Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.

Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?».

E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».

E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 12 000 por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».

Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao
estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».

Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.

Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelso governantes.

Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público.
Mas, voltemos à nossa história...

O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo.

Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.

E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.

A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.

Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte, estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

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publicado às 18:54

O que se diz e o que se faz: entrar na real

por Manuel_AR, em 21.01.13

 

 

Não sou dos que avançam chavões e palavra de ordem como proposta de políticas alternativas que arriscam sem certezas das consequências pela sua realização. Mas factos são factos, e os números não enganam, embora alguns pretendam fazer ginástica com eles.

Quem está no Governo, quando os números não lhe agradam minimizam o facto, quando lhe agradam maximizam-no e até se trasvestem os números para que funcionem de acordo com os seus propósitos.

Concretizemos então através do que se diz e o que se faz.  O Governo pretende convencer-nos, através de vários argumentos, que o Estado tem gasto mal o dinheiro dos nossos impostos divulgando então para a opinião pública que se deveria:

  • Eliminar gorduras
  • Eliminar regalias e privilégios
  • Evitar e eliminar desperdícios
  • Eliminar as parcerias público-privadas (PPP)

Isto é, eliminar as despesas desnecessária. O que se tem feito então é:

  • Cortes nas prestações sociais cujas consequências são:
    • Pôr em causa o direito a toda a população a um ensino e a uma saúde pública de qualidade fragilizando-os, assim como algumas classes sociais, diga-se classe baixa e sobretudo a média.

É certo que muitas das prestações sociais que existem ou existiam, por falta do controle, não se destinavam aos fins a que se propunham dando origem a abusos. Haveria também que efetuar alguns acertos em algumas prestações sociais, mas não com as justificações assentes em falácias. Como já referi, os argumentos lançados pelo Governo não coincidem com a realidade dos números mas deveriam coincidir.

Se atentarmos nos números divulgados pelo Eurostat e estes não coincidem com os do Governo então alguma coisa se passa. Ou os números enviados para o organismo da UE (União Europeia) que gere as estatísticas são falsos, ou o Governo mente ou ainda, ou o Eurostat é um poço de erros sendo a sua credibilidade posta em causa, o que não é provável. O mesmo se pode dizer dos números da OCDE.

Recordemos os números representados num gráfico que ontem coloquei num “post” deste blog.

 

 

 

Com a concretização das funções sociais, o Estado gasta menos que a generalidade dos países europeus. Com exceção da Noruega, Luxemburgo, Espanha e Suíça Portugal encontra-se na média Europeia. Como estes valores são favoráveis a Portugal o que acontece é que pretendem baixá-los de modo a serem colocados ao nível dos países que têm valores inferiores, isto é, recuar afastar-nos dos restantes países com o argumento de reduzir a despesa colocando Portugal ao nível dos países que saíram da alçada da ex-união soviética. Os que agora pretendem reduzir as despesas sociais na saúde e na educação são aqueles que, na naquela altura, acusavam (em alguns aspetos com razão) aqueles países de falta de liberdade económica e social que, por isso, estão na base da escala de despesas sociais.

De acordo com números do Eurostat publicados pela revista Visão em 2011 a despesa pública do Estado Português era de 48,9% do PIB e de 49,1% na União Europeia mas com uma taxa de desemprego maior e um nível de vida mais baixo. Entre os 17 membros da zona euro, havia em 2011 oito países onde a despesa pública foi maior, em percentagem do respetivo PIB do que em Portugal: França (55,9%), Finlândia (54%), Bélgica (53,3%), Eslovénia (50,9%), Áustria (50,5%), Grécia (50,1%), Holanda (50,1%) e Itália (49,9%).

Cabe perguntar então qual o objetivo da preocupação com a despesa pública? Por um lado é reduzir o défice até ao exigido pela EU e, por outro, o Governo pôr em prática o seu programa ideológico ultraliberal com a eliminação do estado social para o que pediu ajuda ao FMI, como é do conhecimento público, para a elaboração de um relatório que foi encomendado e, provavelmente pago, que lhe permita ter uma desculpa para a execução do pretendido.

Prova-se que não terão sido as despesas das Funções Socias do Estado responsáveis pela deterioração da economia e pela recessão. Em percentagem do PIB a EU tem uma despesa igual ou superior à de Portugal e que não foi por isso que deixaram de ter ou têm crescimento diminuto.

Sobre o que tem acontecido no passado o diagnóstico está feito, não temos que gastar saliva e tinta votando sempre ao mesmo. Cada partido que tem ocupado as rédeas do poder que faça o seu exame de consciência de acordo com a responsabilidade que a cada um compete.

A dívida pública entre 2000 e 2008 aproximava-se da Alemanha e da França, a partir de 2009 é que se verifica o descontrolo 83,2% do PIB, cujas causas já se conhecem. Aliás em 2000 era inferior àqueles países. Em 2011 já se encontrava em 108,1% conforme podemos verificar no gráfico seguinte.

Dívida Púbica em percentagem do PIB

 

 

Fonte: Eurostat

 

As previsões da dívida pública para 2013 são de 124%. A que se deve este aumento? Será devido às despesas sociais? Não é preciso ser especialista em finanças para fazer uma leitura das estatísticas e da informação disponível, assim, de acordo com o Banco de Portugal em 2012 Portugal irá pagar em juros 8,7 mil milhões de euros por ano ou seja cerca 23,8 milhões por dia. Basta fazer as contas.

O aumento da dívida pública é acrescida pela despesa com os juros dos empréstimos que aumentará e 2014 e, com a recessão, virá a ser superior a que o Estado gasta com o SNS (Serviço Nacional de Saúde).

Ainda temos o caso dos 4 mil milhões de euros que o Governo diz ter que arranjar, mas sem justificar qual o motivo e destino. Com tudo isto, estão já à vista o aumento da pobreza e das dificuldades sobretudo provindo da classe média e média baixa. Redução nos serviços de saúde, nas reformas e outras prestações que se prevê a médio prazo, baixar a esperança média de vida. Pode ser, afinal, uma das formas que encontra para reduzir a despesa com a saúde e, também pagando menos pensões. Por outro lado a destruição da coesão social irá conduzir a confrontos intergeracionais, entre trabalhadores de diversos setores nomeadamente entre público e privado e empregados contra desempregados.

Estratégias como o racionamento de medicamentos que põem em causa a saúde de pessoas que, sem ser por vontade própria como é óbvio tenham ou venham a ter doenças graves e prolongadas, cortes na educação e com o aumento de propinas incomportáveis no ensino superior, muitas famílias vão ser impossibilitadas, devido à austeridade, a impostos elevados e a cortes de salários, de ter os filhos nas universidades.

A competição por um posto de trabalho por qualquer salário que seja ou a sua manutenção vão gerar conflitos e consequentes fraturas na coesão social que tenderão a agravar-se a alargar-se. Basta consultar os dados da Pordata para se verificar que a taxa de risco de pobreza em Portugal antes das transferências sociais passou de 40,8% em 2005 para 42,5% em 2011. Sendo estimativas, e havendo muita pobreza envergonhada que não é manifesta, estas não mostram toda a dimensão do problema pelo que não se conhece qual o seu valor real. E ainda não se conhecem os dados de 2012! São as transferências sociais e de pensões que minimizam substancialmente estes valores, assim, as taxas de 2011, após transferências de pensões passam a 25,4% e, após transferências sociais passa a 18%. Com a redução substancial ou a sua eliminação como se comportariam as respetivas taxas? A ser isso um dos objetivos do governo, isto é, reduzir ainda mais aquelas transferências sociais o que poderá acontecer?  Oxalá que não!

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publicado às 19:38

Estamos sempre a ser enganados

por Manuel_AR, em 17.01.13

Quando o governo e os seus comentadores de serviço nos pedem sacrifícios, falam na despesa exagerada do estado social, na despesa da saúde, na despesa da educação, das pensões muito elevadas devido à quantidade de idosos que existe, (como se eles tivessem culpa de ter envelhecido) dizendo que é necessário fazer cortes, está a enganar-nos a todos. Sabem que, ao fazerem estas afirmações, a maior arte das pessoas não vai procurar a veracidade destas informações falaciosas.
Com objetivo meramente informativo apresento alguns dados recolhidos do Eurostat (European Statistics) da Comissão Europeia, apresentados através de gráficos para mais fácil visualização.
É evidente que cada país tem as suas caraterísticas específicas pelo que se poderia dizer que os dados não são comparáveis entre países, contudo, como os dados são apurados em função da percentagem do PIB dos respetivos países, a comparação torna-se assim possível sem margem de erro. O PIB (Produto Interno Bruto) é uma medida para a atividade económica definido como o valor de todos os bens e serviços produzidos em cada país, retirado o valor de quaisquer bens e serviços utilizados na sua criação. Quando é apresentado o PIB per capita, relação entre o PIB e o número de pessoas de um país, este está expresso em PPC (Paridade do Poder de Compra) de modo a eliminar os erros que possam resultar dos níveis de preços entre países de modo a possibilitar comparações em volume significativos do PIB entre países.
Aqui ficam os gráficos apenas de algumas rubricas para evitar ser exaustivo.


 

 


As despesas de proteção social incluem benefícios sociais, que consistem em transferências, em dinheiro ou em espécie, para:

• Famílias e indivíduos lhes aliviar a carga de um conjunto definido de riscos ou necessidades;
• Custos de administração que representam os custos do sistema, para a sua gestão e administração;
• Outras despesas, que consiste em diversas despesas por regimes de proteção social (pagamento de rendimentos de propriedade e outros).

O cálculo foi calculado a preços correntes.




Indicador é definido como a despesa pública total em educação, expressa em percentagem do PIB. Em geral, o sector da educação pública inclui as despesas correntes e de capital das instituições de ensino público, apoios às suas famílias, bolsas de estudo e empréstimos públicos, transferência de subsídios públicos para atividades educacionais para empresas privadas ou organizações sem fins lucrativos. Todo este tipo de operações no seu conjunto é relatado como despesa pública total em educação.


 

 

 

 


Os agregados «Pensões» compreende parte de prestações pecuniárias periódicas sob a deficiência, a velhice, sobrevivência e funções de desemprego.
É definido como a soma dos seguintes benefícios sociais:
Pensões de invalidez, aposentadoria precoce, devido à redução da capacidade para o trabalho, pensão de velhice, pensão de velhice antecipada, pensão parcial, pensão de sobrevivência, o benefício de reforma antecipada para mercado de trabalho.
Como se sabe, o problema é que desde 2009, as pensões e benefícios de reforma antecipados têm vindo a subir quase exponencialmente não apenas no privado, mas sobretudo na função pública.
Claro que a um ritmo tão crescente que se agravou em 2012, as despesas com as reformas e pensões no seu total terão vindo forçosamente que aumentar. Esta é apenas uma das explicações que se podem encontrar para a nossa posição estar acima de grande parte dos países da União Europeia, o que nada tem a ver apenas com as pensões elevadas que o Sr. Primeiro-ministro tem vindo a divulgar para iludir os portugueses.

 

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publicado às 17:03


Apresentação

 

Já decorreram três semanas desde a comunicação da mensagem de natal de Passos Coelho ao país. Dispus-me então, nessa altura, levar a efeito uma análise de conteúdo da mensagem, seguindo critérios e metodologias de cariz científico recomendados para este tipo de análise. Todavia,  sobretudo nas conclusões e sem qualquer intencionalidade, pode não estar afastada alguma subjetividade. Tal, é devido a não estarmos em presença de uma ciência exata. Sobre este aspeto convém referir que, num trabalho como este, a bagagem supostamente teórica a ele inerente comporta numerosas armadilhas que são as aparências imediatas que nos são fornecidas, normalmente parciais. Daí que se tentou uma rutura com preconceitos e evidências aparentemente verdadeiras que nos podeiram vir a dar a ilusão de compreender as coisas.

Não se obtiveram dados que nos permitissem avaliar as permissas que conduziram à construção da mensagem analisada, a não ser a pré e a pós informação veiculadas pelos órgãos de comunicação social das quais, como já deixei antever, tentei afastar-me ideologicamente, o que não é fácil devido à existência de uma pluralidade contraditória de sistemas ideológicos presentes nos discursos concretos. Por outro lado, teve-se em consideração o afastamento das ideologias dominadas, as que se encontram fora da área do poder, e das ideologias dominantes, estas ligadas ao bloco do poder, que são as que mais prendem a nossa atenção, o que poderá ter sido um obstáculo ao trabalho produzido que pretendeu ser isento.

 

Posto isto apresento a seguir o resumo do trabalho efetuado.

 

Resumo da análise de conteúdo


A mensagem de natal de Passos Coelho revelou na análise de conteúdo efetuada que se presta a interpretações polissémicas ao nível político-partidária ao que se junta o elogio e o apelo ao narcisismo do telespetador tornando-o num herói. Tal e qual um horóscopo, o discurso da mensagem não revela um reino do fatalismo porque tudo é reposto na mão dos sujeitos objeto da mensagem. Isto é, estes podem atingir a felicidade, sem se saber quando, na condição de realizar o que para tal for necessário como por exemplo nas seguintes passagens:

“…sabemos que começámos a lançar as bases para um futuro próspero.”

“…todos beneficiarão das novas oportunidades que criaremos nos próximos anos…”

“…a certeza de que os dias mais prósperos  mais felizes do nosso País estão à nossa frente…”

O discurso é ainda, como num horóscopo, um orientador de consciência, antecipando de forma preditiva certezas, para os anos que virão, de oportunidades para todos os que estiveram presentes com “coragem” e “esforço”.

O discurso defende um sistema, aplicado a todos, que venha a corresponder à ideologia e ao modo de vida defendido pelo emissor. A essência do discurso é a consagração de um apelo ao comedimento pelos portugueses que, seguindo o que for prescrito, serão senhores do seu próprio destino. É um manual do esforço para alcançar a satisfação, cujo fruto não colherão ou cujo valor é menor do que o próprio esforço.

 

Para consultar o trabalho click aqui.

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publicado às 16:58

Basta! Camilo Lourenço

por Manuel_AR, em 14.01.13

“Basta! O que fazer para tirar a crise de Portugal” é o título de um livro sobre economia da autoria de Camilo Lourenço. É um livro de fácil leitura porque tem muito espaço nas entrelinhas e tipo de letra com boa legibilidade para poder dizer pouco em muitas páginas. É claro e compreensível para o leitor que nada perceba de economia mas que, facilmente, se pode deixar enganar sobre os problemas da crise, por uma visão uníssona com o governo. O objetivo é fazer doutrinação acertando a economia com a ideologia de base neoliberal em vigor. É a concretização da mensagem que o governo passou e quer continuar a passar sobre os culpados da crise: nós os portugueses despesistas! 

Este livro não é mais do que um complemento à doutrinação sobre economia que o autor, seguidor dileto de Vítor Gaspar, tem desenvolvido no programa da manhã da TVI, esperando, quiçá, alguma benesse para um cargo que lhe venha a calhar e lhe compense o esforço desenvolvido em prol da carreira.  

Questiono-me como é que, um especialista desta craveira, tendo a solução para “tirar a crise de Portugal” ainda não foi convidado como especialista para um qualquer gabinete da função pública. É deste tipo de pessoas que estamos mesmo a necessitar. Pelo menos Camilo Lourenço, independentemente da discordância que possamos ter das suas opiniões, é mesmo especialista, ao contrário de muitos que entraram para a função pública como assessores com chorudos salários cuja “especialidade” nada tem a ver com a formação que tiveram num curso que terminaram há pouco mais de um ano, sabe-se lá como, e onde.

A maior parte dos economistas credenciados pela sua experiência nesta matéria têm mostrado que as soluções que estão a ser seguidas não conduzem a bom resultado, mas Camilo Lourenço, economista de serviço do governo, tendo em conta o seu livro onde fala de cátedra, tem de facto, a solução. Sugiro, por isso, que Camilo Lourenço, como seguidor de Vítor Gaspar, o venha brevemente a substituir.

Outras opiniões: http://aventar.eu/2012/11/22/parabens-camilo-lourenco/

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publicado às 17:45

Instabilidade política e zona de conforto

por Manuel_AR, em 10.01.13

 Imagem de: http://depoisfalamos.blogspot.pt/

 

Os portugueses receiam a instabilidade política mesmo que seja momentânea e com o objetivo de, a muito curto prazo, poder contribuir para uma nova vida pessoal e social. Não gostam de sair da sua zona de conforto, termo, este, já utilizado por Passos Coelho.

Esta atitude pode ser demonstrada pelos comentários que se ouvem por aí na rua, nos cafés e outros locais públicos, como, por exemplo, vale mais isto do que nada, temos esta reforma mas é melhor do que a retirarem toda, os outros (os políticos) que vierem fazem o mesmo que estes, nós sempre vivemos assim e nada vai melhorar para nós, mudar para quê eles estão a fazer o que podem, temos que dar graças a Deus porque temos emprego apesar do ordenado baixo e outro grande número frases que seria exaustivo numerar. Estas são frases que agradam ao governo porque é para isto mesmo que vem "treinando" a equipa chamada povo português, qual treinador de futebol que mentaliza a equipa do seu clube.

O pior de tudo é que, quem nos governa sabe disso e, por isso, sabe que pode tomar, sem grande cautela, até impunemente, medidas com as mais toscas justificações que vão contra os interesses dos governados que os colocaram no poder.

Poderia dizer-se que estaríamos a chamar estúpidos aos portugueses. Bem longe disso, são é comodistas e preferem manter-se na tal zona de conforto porque, apesar de sentirem que estão a ser enganados e prejudicados têm receios, o que prova que a pedagogia do medo que é lançada para a opinião pública tem funcionado e bem. Decerto modo é compreensível porque a situação que se criou é tal que tudo até a perda do posto e trabalho se tem em conta quando as pessoas se pretendem manifestar quer através de comentário, quer de qualquer outra forma. Não é por acaso que nos serviços de diversos departamentos dos ministérios as pessoas têm um certo cuidado em falar de certos assuntos com receio de que alguém possa escutar as conversas, mesmo as efetuadas ao telefone.

A instabilidade política é o “chavão” do medo, acenado pelos que nos governam e por quem os apoia, agora, com a justificação da intervenção da “troika” para, conhecendo as características do povo português, se servirem disso para eles próprios se poderem manter nas suas zonas de conforto enquanto detentores do poder que lhes foi dado através de eleições.

Só nos governos não democráticos é que a estabilidade política é imposta, em democracia a instabilidade política é sempre possível existir. Veja-se o caso atual da Itália onde sem grande perturbação social são convocadas eleições antes do final do mandato. Dirão alguns que nós estamos intervencionados e não podemos assustar os mercados e a ”troika” que nos emprestam dinheiro. Direi eu, a “troika” está-se borrifando para que haja ou não eleições antecipadas, o que quer é que o programa que nos impõe, aceite de mão beijada e sem negociação por este governo, seja cumprido para garantir o dinheiro e os juros do empréstimo.

Se continuarmos a prendermo-nos ao problema da instabilidade política o melhor é, durante a próxima década, não termos eleições porque, nessa altura, ainda estaremos a cumprir os nossos compromissos e, por isso, não podemos assustar os mercados.

Instabilidade política não é uma revolução, é apenas uma prática que deve conduzir à possibilidade  de mudança devido à falta de compromissos assumidos pelos que elegemos para nos governarem. Para além disto, tudo o que se disser será ceder à tal pedagogia do medo que apenas serve para a manutenção de uma situação conveniente que dure quanto mais tempo melhor. Em democracia só há uma forma de sair de crises políticas, são as eleições que servem para criar estabilidade e não para criar instabilidade.

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publicado às 16:49

A imprensa e as citações

por Manuel_AR, em 07.01.13

Hoje fico-me apenas por algumas citações.


 

Miguel Sousa Tavares   

 

E agora, O Banif

Jornal Expresso


"... se o Tribunal Constitucional concordar com o Presidente, o Governo não sabe onde ir buscar €1500 milhões que passarão a estar em falta, mas soube onde ir buscar os €1700 milhões que deu e emprestou à banca privada."

 

 

O comentário de um leitor sobre o artigo no Expresso online:


É sabido por todos que esta intervenção é efectuada no âmbito do fundo de capitalização da banca (12 Mil Milhões), previsto no programa de assistência financeira celebrado pelo Estado Português e com a famigerada Troika. Trata-se do tal fundo de capitalização que os media tanto criticaram por tardar e, agora que aparece, se arranja outro assunto para retorquir. 

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-agora-o-banif=f777371#ixzz2HIlxQhab


O meu comentário:


Acho que Sousa Tavares sabe muito bem isto. Mas, o que eu sublinho é o de facto de nunca haver dinheiro para a Saúde, para a Educação e para outras despesas sociais do Estado e, por isso, há que aumentar impostos e reduzir a despesa social. Mas, quando se trata de outos fins aparece o dinheiro  venha ele de onde vier. 



Filomena Mónica


A repartição dos sacrifícios

Jornal Expresso


"Devo dizer que nada tenho contra os ricos e ainda menos contra os indivíduos que correm riscos ao fundar empresas num país politicamente instável, mas que tenho muito contra o chamado tráfico de influências." Por mais que me queiram convencer que foi o mercado a ditar o actual salário do dr. Catroga, não aceito a tese. 

Com ou sem chineses, a empresa para que foi contratado, a EDP, só me tem dado maçadas, revelando, o que é dizer muito, um nível de incompetência maior do que a PT. Segundo o “Correio da Manhã”, no passado ano, o dr. Catroga, alguém próximo de Cavaco Silva, auferiu, como presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, 45 mil euros brutos por mês, a que temos de juntar 9600 euros de reforma. Admitindo, como o próprio anunciou, que pagará metade em impostos, leva todos os meses para casa, 27 mil euros, por um cargo não-executivo. No primeiro semestre de 2012, período para o qual existem dados, teve de presidir a cinco reuniões, ou seja, a menos de uma por mês. Não se pode dizer que seja extenuante. 


 

O meu comentário:


Estes são apenas algumas das muitas situações de como se faz a transferência de riqueza de uns, que ficam mais pobres para outros que passam a ficar cada vez mais ricos. Depois lá está a maioria dos portugueses  a viver acima das suas possibilidades.


Contudo,  


Fortunas cresceram 13 por cento em Portugal no ano da austeridade

 

"As grandes fortunas em Portugal assinalam um aumento de 13 por cento, entre 2011 e 2012, de acordo com um estudo realizado pelo Dinheiro Vivo. O património da família Soares dos Santos foi o que mais subiu: cerca de 714 milhões de euros, no ano passado. Os milionários estiveram imunes à austeridade.".


Ler mais:

http://www.dinheirovivo.pt/Graficos/Detalhe/CIECO090051.html

http://www.ptjornal.com/2013010613156/geral/economia/estudo-fortunas-cresceram-13-por-cento-em-portugal-no-ano-da-austeridade.html



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publicado às 15:45

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