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Quando leio afirmações de chefes de partidos populistas da extrema direita a dizer que pretendem mudar o sistema e, para isso, servirem-see da democracia e das suas instituições, que dizem estar contaminados e corruptas para os seus objetivos, lembro-me de Donald Trump que durante a campanha presidencial em 2016 que falou do pântano da Casa Branca, não consigo evitar um sorriso de gozo e, ao mesmo tempo, de inquietação ao saber o que se passou posteriormente quando chegou à Casa Branca, chegou-se à oposição entre a decência e a falta de escrúpulo. Também não é por acaso que partidos da direita xenófoba europeia vêm na vitória de Trump um bom augúrio.

Disse Trump na altura da campanha presidencial de 2016 que iria “Secar” ou “drenar o pântano”. O sentido era acabar em Washington com os lóbis, com a troca de favores e misturas de interesses públicos e privados em Washington, dizia querer limpar o sistema.

No dia 10 de outubro do corrente ano o conceituado diário Newyork Times, jornal preferido pelos liberais, num jornalismo de investigação colocava em título “O pântano que Trump construiu” e em subtítulo “Um presidente-empresário transplantou a busca de favores em Washington para os hotéis e resorts de sua família - e ganhou milhões como guardião de sua própria administração”. O facto era sustentado pela investigação do jornal referindo-se aos antecedentes do império de Trump esclarecia que, quando ainda não era presidente, o império empresarial de Trump era bem mais frágil do que parecia: hotéis, resorts e outras propriedades a passar severas dificuldades financeiras, em muitos casos com perdas acumuladas de várias décadas.

Com a chegada à Casa Branca do presidente Trump foi ótima para a sobrevivência do empresário Trump. Depois das eleições, os negócios familiares passaram a ter uma fonte de receita até então inexistente: o dinheiro de todos aqueles que queriam algo do líder do mundo livre.

Segundo o Newyork Times assim que Trump chegou à Casa Branca, a empresa da sua família descobriu um novo e lucrativo fluxo de receita: eram pessoas que queriam algo do presidente. Uma investigação do The Times encontrou mais de 200 empresas, grupos de interesses especiais e governos estrangeiros que patrocinavam as propriedades de Trump enquanto colhiam benefícios dele e da sua administração.

Não se consegue perceber o que está a acontecer quando vemos um Presidente da maior potência do mundo decide de forma errática e oportunística. Donald Trump “já antes tinha atacado as instituições americanas, mas nunca tão abertamente Trump atacou as instituições da democracia, mas nunca tão abertamente como fez durante a noite, diz o Washington Post.

Sua falsa alegação de vitória, grito de “fraude” e ameaça de ação legal atingem o coração das eleições livres.

Será isto que o povo americano irá querer para seu Presidente?

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publicado às 16:09

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Penso não haver ninguém que não considere os EUA como um regime democrático, excetuando, claro está, os radicais comunistas ortodoxos. Mas vejamos os factos no que se refere a Donald Trump.

As afirmações que ele tem feito ao longo do seu mandato apontam num sentido oposto à democracia, isto é, a tomada de poder em direção a uma potencial ditadura reforçadamente autocrática por via administrativa e posteriormente criar uma dinastia colocando em altos cargos familiares próximos.

 Donald Trump não escondeu a sua estratégia. No fim de setembro, admitiu publicamente o objetivo de nomear à pressa a juíza ultraconservadora Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal a fim manter e reforçar a ampla maioria conservadora no tribunal para julgar eventuais questionamentos sobre o resultado da eleição.

Aliás, ele tem o objetivo ao lançar dúvidas sobre a integridade da eleição ao afirmar, sem apresentar provas, que a votação por correspondência levará a fraudes. Mas o certo é que a prática do voto por correspondência é muito comum nos EUA e foi intensificada este ano devido à pandemia. Trump não esclarece também se vai aceitar uma derrota em favor de Joe Biden, pressiona e pretende fazer uma guerra jurídica na disputa do poder.

Para ser reeleito Trump aposta no tudo ou nada colocando a democracia americana sujeita ao maior teste de stresse desde há mais de desde há 155 anos, data da guerra civil em que os sulistas participaram para lutarem a favor da manutenção da escravidão.

Penso que é consensual, de acordo com analistas políticos dos EUA, que Trump tentou enfraquecer a democracia em atos sistemáticos que ganharam mais força com a proximidade das eleições. A maneira como Trump desafia abertamente as normas democráticas não tem precedente nos EUA. Trump tem pretensões de criar uma crise institucional. Tem feito acusações de suposta fraude eleitoral, na tentativa de minar a vontade dos eleitores ao saber que as sondagens não estavam a inclinar-se para o seu lado.

Pelas informações que nos chegam pela comunicação social dos EUA a sua resposta ao coronavírus colocou em risco a saúde e o bem-estar do país. As suas mentiras tornaram-se em mentiras amplificadas pelos seus irresponsáveis adeptos nas redes sociais e que representam problemas terríveis para o país e para as pessoas que desconhecem a verdade dos factos.

A atitude de Trump tem-se refletido, não apenas na imprensa americana, mas também na estrangeira, que se resume, como citou o jornal francês Le Monde em editorial, após o primeiro debate presidencial, em “Quatre ans de trumpisme ont largement contribué à fragiliser l’une des plus grandes démocraties du monde. C’est une leçon pour toutes les autres” (Quatro anos de trumpismo contribuíram largamente para fragilizar uma das maiores democracias do mundo. É o declínio de uma das maiores democracias do mundo).

O jornal britânico Financial Times num artigo publicado com o título "Imagem democrática dos EUA está a sangrar", escreveu que a "reputação em declínio do país pode ser avaliada e medida" e que “que menos de um terço dos franceses e alemães têm uma visão favorável da América. Com 41% de vantagem, a opinião da Grã-Bretanha sobre os EUA era uma baixa recorde. O impacto de Trump é ainda mais forte. Apenas 16 por cento do mundo confia no presidente dos Estados Unidos para fazer a coisa certa, ainda menos do que os 19 por cento que pensaram isso sobre Xi Jinping da China. A alemã Angela Merkel obteve uma avaliação positiva de 76%. As pesquisas foram realizadas bem antes do debate presidencial desta semana”.

Pelo que conhecemos desde a sua posse, em janeiro de 2017, Trump tem gerido o governo como se fosse uma das suas empresas seguindo o comportamento típico dos novos líderes populistas, que não têm provocado ruturas democrática repentina, mas vão minando as instituições, agindo de maneira cada vez mais autoritária. Vejam-se os casos europeus em alguns países do leste.

Para conhecermos as atuações de Trump ao longo do seu mandato basta fazer algumas pesquisas na imprensa internacional. Um dos casos mais divulgados, em dezembro de 2019, quando foi considerado como o terceiro presidente da história americana a sofrer um processo de impeachment, ao ser acusado de abuso de poder por ter pressionado o líder da Ucrânia a investigar Biden em troca da libertação de verbas para ajuda militar e de, quando foi descoberto, ter obstruído as investigações. O governo sob a sua tutela atuou ainda para que testemunhas importantes não fossem ouvidas e, em janeiro, foi absolvido por um Senado muito polarizado pela maioria republicana que têm interesses em que ele se mantenha no poder devido a privilégios concedidos.

Segundo os artigos publicados os estragos na democracia americana foram tantos que o novo presidente terá muito trabalho ao ter que enfrentar de facto a Covid-19, a crise económica, as questões raciais, de imigração e ambientais.

Quanto à economia dos EUA Joseph Stiglitz, Prémio Nobel de Economia, escreveu um artigo em janeiro de 2020, também publicado pelo jornal Expresso onde colocava a verdade sobre a economia de Trump. Stiglitz afirmou em certa altura: “Para se obter uma boa leitura da saúde económica de um país, tem de se começar por analisar a saúde dos seus cidadãos. Se forem felizes e prósperos, serão saudáveis e viverão mais tempo. Neste aspeto, entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos estão no final da lista. A esperança de vida nos EUA, já relativamente baixa, caiu nos dois primeiros anos da presidência de Trump e, em 2017, a mortalidade na meia-idade atingiu a taxa mais elevada desde a Segunda Guerra Mundial. Isso não é uma surpresa, porque não houve nenhum presidente que se tenha esforçado tanto para garantir que mais americanos fiquem sem seguro de saúde. Milhões perderam a cobertura do seguro e a taxa de pessoas sem seguro aumentou, em apenas dois anos, de 10,9% para 13,7%.

Um dos motivos da diminuição da esperança de vida nos Estados Unidos é o que Anne Case e o economista vencedor do prémio Nobel, Angus Deaton, chamam de mortes por desespero, causadas por álcool, overdose de drogas e suicídio. Em 2017 (o ano mais recente para o qual existem dados disponíveis satisfatórios), essas mortes foram quase quatro vezes mais do que em 1999.” Pode consultar aqui o artigo.

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publicado às 18:42

Fazer dos EUA uma democracia outra vez

por Manuel_AR, em 02.11.20

Trump_eleiçõesEUA.png

 

Se é isto que os americanos pretendem para o seu país que foi considerado a maior democracia do mundo, o país das liberdades e diziam lutar pela liberdade dos povos, então, terão a oportunidade para isso nas eleições do dia 3 de novembro. Mas depois não nos digam que não sabiam.  Fazer dos EUA novamente grande outra vez é voltar à real democracia.

Raramente tenho dedicado neste blogue espaço para falar sobre Donald Trump, calha agora dias antes das eleições nos EUA.

O que se sabe sobre a presidência de Trump é o que a comunicação social nos vai informando e pelos jornais de referência dos EUA. As redes sociais o lá encontramos na sua maioria é apenas lixo desinteressante que nem para reciclagem serve.

Donald Trump é um autocrata, uma espécie de soberano absoluto e torna- se necessário que a américa o trave. Tem havido a tendência para um candidato a ditador autocrata, a exemplo de Donald Trump, seja apenas ridicularizado, como um palhaço político que não deve ser levado a sério. Será que há que veja a diferença entre os democratas e Donald Trump?

As ditaduras são construídas sobre o negacionismo. Atualmente os ditadores, sejam de esquerda, sejam de direita, assumem o poder gradualmente. Às vezes, um candidato a ditador é ridicularizado como um palhaço político que não deve ser levado a sério. Enquanto isso acontece, ninguém consegue acreditar que está a caminho da estrada da ditadura, algo que até agora seria impossível acontecer nos EUA.  

Os autocratas geralmente gozam de amplo apoio público para as suas medidas repressivas. Inicialmente, eles visam “outros”, enquanto a maioria aplaude. O público apenas reconhece a ameaça quando seja tarde demais. Os partidários que mais aplaudiram o autocrata são frequentemente sujeitos a expurgos ideológicos e tornam-se algumas das primeiras vítimas do regime.

Pelo que nos chegou ao fim de quatro anos no cargo, é impossível não perceber o que Trump realmente é. Ele é um sujeito que deseja poderes ditatoriais manifesta-se através de comportamentos antissociais, egocentrismo extremo, instabilidade e impulsividade, que são características da psicopatia, talvez congénita, como Mary Trump por meias palavras o classificou no seu livro “Demasiado e nunca Suficiente”.

Trump retirou do governo todos as que poderiam atrapalhar o seu caminho. Está agora rodeado por entusiastas como o procurador-geral William Barr e o secretário de Estado, Mike Pompeo, Secretário de Estado dos Estados Unidos desde 2018.

O general Mark Milley, que afirma ser oficial militar americano, caminhou pelas ruas de Washington, D.C. na noite da primeira segunda-feira de junho com Trump e Barr, enquanto militares dos EUA eram usados ilegalmente para atacar manifestantes e afastá-los para que Trump pudesse posar para uma foto segurando uma Bíblia em frente à Igreja Episcopal St. John’s, pensando que possuir uma Bíblia seria suficiente para reunir a sua base evangélica branca o que demonstrou ser um homem sem convicções morais.

 Segundo a imprensa americana na altura das manifestações contra a brutal morte de Floyd pela polícia de Minneapolis helicópteros militares voavam baixo sobre Washington, logo acima das cabeças dos manifestantes que protestavam contra o assassinato em 25 de maio. O barulho e as explosões aéreas vindas dos helicópteros foram usados para dispersar multidões (a presidente da autarquia de Washington, Muriel Bowser, disse que o Pentágono pediu tropas a Maryland e Virgínia sem o conhecimento do governo local.

Ainda segundo a imprensa america Trump revelou suas intenções autoritárias em uma teleconferência com os governadores estaduais, na qual os repreendeu por serem fracos diante dos protestos, exigindo que eles “dominassem” os manifestantes, ameaçando enviar tropas para seus estados se não atendessem às suas demandas. Trump também conversou naquele dia por telefone com o presidente russo Vladimir Putin; talvez ele estivesse recebendo dicas sobre como esmagar os dissidentes.

Num artigo de James Risen,  ex-repórter do New York Times e prémio Pulitzer de Reportagem Nacional de 2006, numa revista norte americana pode ler-se que “Trump a acelerar para um caminho em direção a uma ditadura porque o que resta do Partido Republicano está ansioso para que ele assuma cada vez mais poder. Trata-se, neste momento, de um partido identitário branco, cheio de velhos brancos que temem as tendências demográficas do aumento da diversidade. Eles não gostam da América como ela é agora e querem que Trump destrua as regras e leis que protegem as minorias, os pobres e os menos favorecidos”.

No início do mês, o congressista Matt Gaetz, seguidor de Trump, sugeriu uma resposta republicana aos protestos quando “pediu que todas as armas letais da guerra global contra o terror fossem trazidas para a américa e se voltassem contra manifestantes americanos. Gaetz colocou no Twitter a ameaça “Agora que vemos os grupos de oposição ao fascismo (Antifa) claramente como terroristas, podemos caçá-los como fazemos com aqueles no Oriente Médio?” Parece que o Twitter restringiu o acesso ao tuite de Gaetz, designando-o como como glorificação da violência. Republicanos como Gaetz que defendem o fim do estado de direito, vão acabar vendo a sua sobrevivência depender dos caprichos de Trump.

Se é isto que os americanos pretendem para o seu país que foi considerado a maior democracia do mundo, o país das liberdades e diziam lutar pela liberdade dos povos, então, terão a oportunidade para isso nas eleições do dia 3 de novembro. Mas depois não nos digam que não sabiam.  Fazer dos EUA novamente grande outra vez é voltar à real democracia.

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publicado às 17:08

Consensos ou não eis a questão

por Manuel_AR, em 31.10.20

Consensos-Orçamento de Estado 2021.png

Uma democracia não é um regime de acordos é conseguir conviver em condições de profundo desacordo, mas os desacordos por vezes são mais conservadores do que os acordos daí que a posição do BE seja estranha.

O orçamento para 2021 foi aprovado apenas pela maioria relativa do Partido Socialista já que os partidos PSD, Chega, Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda votaram contra e a abstenção de duas deputadas não elegíveis e do PCP. Quanto a isto nada de novo, todos já sabemos.

Levanta-se aqui a questão dos consensos em democracia tão necessários nesta fase que atravessamos devido à covid-19, mas que falharam porque alguns olham para a sua capelinha para obtenção de ganhos, leia-se votos.

Quando há maioria absoluta quem decide é apenas um partido, com uma maioria relativa todos os partidos têm voz, mas é uma estrutura frágil daqui a importância de negociações e de consensos.

O que aconteceu com o orçamento para 2021 foi um autêntico conluio não formalizado entre os vários partidos para conseguirem, como num leilão, as melhores vantagens dum eleitorado neste momento mais preocupado com a pandemia do que com as birrinhas partidárias.

Fazer política em tempos normais não é o mesmo nos tempos em que se exigem consensos mínimos quando tem de se enfrentar uma crise pandémica profunda, complexa e com consequências difíceis de antecipar.

Os tempos são muito exigentes e de respostas várias e variadas quando não se pode chegar nem dar respostas simultâneas com a mesma intensidade orçamental. Os tempos recomendam diálogo e capacidade para se fazerem concessões e não de entrar em guerrilhas e discordâncias movidas com o intuito de mostrar presença e força ao seu eleitorado.

Antes da aprovação do OE21 e de acordo com uma sondagem recente, da Aximage para o JN e para a TSF, 60% dos portugueses eram da opinião que o PCP e o Bloco de Esquerda deveriam viabilizar o Orçamento do Estado para 2021.  Entre os eleitores do BE 68% pensam o mesmo e apenas 15% defenderam o chumbo e 20% não têm ou não quiseram dar opinião bem como 61% dos comunistas e 67% dos inquiridos rejeitam uma demissão do Governo. Isto poderá vir a ter no futuro custos eleitorais para o BE.

Há incapacidade de aceitar, sobretudo para o BE, que não existe apenas uma verdade e uma forma de fazer as coisas. Este é o momento para aliviar a crispação e a tensão num contexto em que as pessoas exigem que os políticos se ponham de acordo para darem resposta aos seus problemas cujas propostas não podem ser de tal modo inexequíveis que possam vir a transformar um doente num morto.

Apesar de se ouvir dizer muitas vezes nos meios mais populares que os partidos não se entendem é preciso dizer que uma democracia não é um regime de acordos é conseguir conviver em condições de profundo desacordo. Devemos também dizer que os desacordos por vezes são mais conservadores do que os acordos daí que no que se refere ao orçamento já aprovado a posição do BE foi estranha. Ser fiel aos próprios princípios é notável, mas ao defendê-los sem flexibilidade condena-se à estagnação.

Os desacordos têm um prestígio relativo e exagerado. Radicalizar as posições é o procedimento a que mais se recorre para dar nas vistas, é um combate pela atenção, pela visibilidade, é um recurso que é muito caro aos populistas, sobretudo os da extrema-direita. Veja-se quem está sempre em descordo com tudo no nosso Parlamento com a justificação de não pertencer ao sistema, mas faz os possíveis para fazer parte dele concorrendo por lugares que dele são parte integrante.  

Numa ocasião como esta que atravessamos estar contra é uma prática menos imaginativa do que chegar a um acordo. A discordância no caso do BE pareceu ser dirigida a um público por quem compete ao nível eleitoral e por ser a ocasião para falar apenas para eles e não para o seu interlocutor que é o Governo e para o bem do país.  

Os partidos mais radicais vivem da controvérsia e do desacordo porque dessa forma obtêm a atenção da opinião pública e publicada e também para o interior do próprio grupo, que premeia intransigências, a vitimização e a firmeza.

Parece que a dificuldade de chegar a um acordo proveio do facto de que qualquer acordo implica cedências e em algumas circunstâncias exige também o sacrifício de algum tipo de princípio e requer que se compreenda que existe uma grande diferença entre conseguir uma aspiração e decidir entre alternativas possíveis o que em política qualquer delas não está isenta de inconvenientes.

Nem sempre é possível fazermos tudo aquilo a que nos propusemos quer ao nível pessoal ou coletivo do que está em primeiro lugar da listas das nossas prioridades e as circunstâncias obrigam a que nos tenhamos de contentar com menos e até por vezes com muito menos, mas o espírito de fação que é intrínseco nos partidos mais radicais termina em polarização e tanto mais quanto há eleições a aproximarem-se convertendo a política numa campanha permanente.

O debate político entre o BE e o Governo, na primeira fase de aprovação do orçamento, fechou a porta ao consenso devido aos sonhadores populistas da extrema-esquerda que parecem desconhecer que a política é levada a cabo numa enorme quantidade de condicionantes que acham devem levantar voo sem quaisquer limitações.

O OE21 tendo sido aprovado na generalidade com algumas alterações devidas a negociações e consensos terá a seguir a discussão na especialidade que se prevê seja algo surrealista. Se não houver consensos à esquerda que tenham uma visão racional para o país em lugar de visões umbilicais partidárias as propostas e a miscelânea de pedidos de alteração vindas dos partidos serão tantas e tais que o orçamento final será uma amálgama impossível de gerir que nos pode levar novamente ao caos político e financeiro. Se assim for não apontem depois o dedo à direita e à extrema-direita. Os únicos culpados serão os parceiros de negociação que desertarem e que não se livrarão do cadafalso eleitoral.

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publicado às 16:05

25 de abril-2020.png

A 25 de Abril de 1975 cerca de seis milhões de portugueses souberam pela primeira vez na sua existência o agrado de saber o que era o exercício democrático fundamental de ter o direito ao voto.

Hoje no dia da comemoração da Revolução do 25 de Abril de 1974 resolvi ir vasculhar os meus arquivos relacionados com esta data histórica e encontrei um recorte do artigo publicado da Revista Expresso com o título “A sondagem secreta”, cuja data por lapso não anotei.

Achei interessante saber-se, muito antes de haver marketing direcionado para a política houve no final de 1974, como é que se manifestava então a vontade popular através de uma sondagem de opinião efetuada por uma instituição ligada ao grupo CUF, o CEAD, que, entretanto, desapareceu, perdendo-se o estudo com a desvario das nacionalizações.

A sondagem era inédita porque, pela primeira vez, incidia sobre as preferências partidárias dos portugueses e de quais era os preferidos para Presidente da República.

Esta sondagem procurava entrever a incógnita que eram as eleições por sufrágio universal direto e secreto para a Assembleia Constituinte. As eleições livres era um dos sérios compromissos do MFA – Movimento das Forças Armadas que tinha derrubado o regime de ditadura que vigorou em Portugal durante 41 anos.   

No seu início e em finais de 1974 a revolução seguia caminhos incertos e sempre para a esquerda. Em dezembro de 1974 o poder político assentava cada vez mais nos militares onde despontavam claras divergências e o Governo Provisório que perdeu, entretanto, poderes era apoiado por quatro partidos PS, PPD (atual PSD), PCP e MDP dos quais se desconhecia a respetiva expressão eleitoral.

A sondagem apontava para uma nítida vitória dos partidos moderados, o PS e o PPD ficando-se o PCP e o MDP seu aliado com posições minoritárias e atribuía á direita, extrema-direita e á extrema-esquerda valores insignificantes. Outra conclusão antecipada foi quanto à abstenção que era quase residual.

O questionário continha 33 perguntas sobre problemas nacionais urgentes e foram questionadas pessoal e diretamente cerca de setenta e sete mil pessoas selecionadas aleatoriamente residentes no continente em trabalho de campo que ocorreu em dezembro de 1974.

Aqui vão algumas das principais conclusões do inquérito de opinião:

 

 

Partidos

PS

PPD

atual PSD

PCP

MFA

Não era partido nem concorreu

MDP

ANP partido único da ditadura

CDS

% de intenções de voto

35,1%

27,0%

10,8%

5,4%

2,7%

2,7%

Sem significado estatístico

 

Acima da média encontravam-se partidos como o PS nos distritos da Guarda, Setúbal, Lisboa, Beja. O PPD sobressaía em Viseu, vila Real Braga e Porto. O PCP destacava-se em distritos como Beja, Setúbal e Évora. O CDS em Castelo Branco.

Menos de um quarto da população, 23%, participara em comícios ou sessões de esclarecimento.

 

Sem eleições a população não sabia que rumo seguir

 

SIM

NÃO

Indecisos

Se não se realizassem eleições o povo sentia-se enganado

49%

13%

-

Tencionavam ir votar

83%

5%

12%

 

 

Maior liberdade

Mudança de governo

Fim da guerra no Ultramar

Na sua opinião qual foi a mudança mais importante depois do 25 de Abril?

21%

10%

9%

 

Acha bem ou mal

Bem

Mal

Aumento dos salários

88%

3%

Libertação de presos políticos

85%

2%

Prisão dos agentes da PIDE

80%

3%

Dar independência aos povos de África

78%

4%

Os sindicatos ganharem força

64%

3%

Abertura de relações com os países comunistas (na altura)

62%

9%

 

 

 

Haver possibilidade de divórcio

57%

27%

Portugal pode tornar-se um país comunista

46%

21%

Problemas entre trabalhadores e patrões podem ser resolvidos sem greves

72%

2%

 

 

Mais

Menos

Empresas do Estado são mais eficientes

33%

14%

Acredito mais na iniciativa privada do que no Governo

10%

37%

 

O Governo fez bem em dar independência aos territórios ultramarinos

Bem

Mal

81%

4%

 

 

Europa

EUA

Rússia

Junto de que países Portugal podia obter maior auxílio?

25%

20%

13%

 

 

Sim

Não

Portugal devia manter-se no Ultramar se fosse possível acabar com a guerra

51%

23%

 

A quem deviam pertencer as terras

Aos seus proprietários

45%

Aos que nelas trabalham

(Maioria verificou-se nos distritos de Beja e Setúbal)

30%

Cooperativas agrícolas

7%

Ao Estado

5%

 

Resultados reais das eleições

Que partido gostaria que ganhasse

 

Em quem vai votar

Resultado real das eleições (1)

PS

44,2%

35,1%

37,9%

PPD (PSD)

32,7%

27%

26,4%

PCP

11,5%

10,8%

12,5%

MFA

5,6%

5,4%

Não era partido

MDP/CDE

1,9%

2,7%

4,1%

CDS

1,9%

-

7,6%

UN/ANP

-

2,7%

Partido entretanto extinto

FSP

Partidos formados após a sondagem

Partidos formados após a sondagem

1,2%

UDP

0,8%

MES

-

-

1%

PPM

-

-

0,6%

Nenhum

1,9%

13,5

Outros partidos

 

25 de abril-2020-2.png.jpg

Num país que na altura não tinha experiência de inquéritos com finalidades políticas houve uma percentagem muito elevada de pessoas que não emitiram opinião sobre vários assuntos, devido à falta de hábitos democráticos e segundo os autores afirmaram especialmente no Alentejo os entrevistadores tiveram de ir acompanhados pela GNR.

Foi significativo o facto de metade da população desconhecer quem fizera o 25 de Abril.

Como tudo mudou até aqui!!!

Vivemos em democracia e queremos continuar a viver, apesar de haver ainda por aí uns “jarrões” empedernidos que estão a fazer tudo para acabar com ela. Querem a democracia deles, isto é, nenhuma!….

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publicado às 18:38

Iniciativa Liberal e Aladino.png

A disparatada afirmação do deputado do IL, João Cotrim de Figueiredo, não merecia sequer tantas linhas e espaço no jornal, nem o trabalho da jornalista, nem, tão pouco, os “posts” nos comentários.

Ler alguns comentários sobre artigos de opinião nos jornais online, salvo raríssimas exceções, é o mesmo que ler colunas escritas em jornais humorísticos. Ler esses comentários é, por vezes, um passatempo. Exemplos do jornal Público, é o que hoje apresento, sabendo-se de antemão que também poderiam ser de outros jornais.

Antes de avançar com esse caso concreto devo informar que podem também incluir nesse rol o presente texto. Sobre ele haverá, com certeza, alguns leitores, ou melhor, muitos, que também o acharão digno de gozo e que o considerem um chorrilho de disparates. Se assim for ainda bem, é porque foi lido.

A democracia é assim mesmo porque dá lugar a poder haver várias opiniões, contrastantes, idiotas, disparatadas, sem nexo, imbuídas de fação, recalcitrantes, ocas, sectárias, incompreensíveis, desajustadas, reativas, reacionárias, de propensão totalitarista, racista, etc., etc. e a maior parte delas são provocadas por emoções à flor da pele. Algumas são manipulações intencionais impulsionadas por facciosismo. Outras há que tentam mostrar erudição na matéria lançam-se em explicações e apontam formas de se fazer, algumas sem fundamento e exequibilidade prática para o caso em questão.

Sim, podem incluir também este mesmo texto numa dessas categorias.

Caberá a cada um a seleção e a avaliação. Mas a prática da Internet que muitos creem ser o paraíso da liberdade de expressão, sofre de fragilidade democrática identificada através de muitos dos conteúdos publicados que propagam informação falsa e intencionalmente deturpada, incitam à violência e fomentam a radicalização cujos publicadores consideram ser a liberdade de expressão, porque, para esses, a é a oportunidade de se fazerem ouvir e a ter acesso a todos os conteúdos, incluindo os falsos. Para alguns a sua verdade é a única, é a verdade e a razão absolutas.  

Continuando. Vem tudo isto propósito das mentecaptas palavras pronunciadas na intervenção no Parlamento por esse estreante e debutante deputado do Partido Iniciativa Liberal (será PIL ou apenas IL?) ao dizer que “O PS sabe que mantendo um país amorfo e resignado tem um grupo de pobres, desesperados e dependentes do Estado que lhe irão dar o voto. A pobreza de muitos é o que segura o PS ao poder.” E de seguida que o PS só “existe para estar no poder, nunca irá resolver o problema da pobreza”, pois são os pobres que permitem ao PS “manter-se lá”.

Antes de mais gostaríamos de saber qual é para o deputado e para o IL o conceito de pobre e qual a demonstração da afirmação que fez. Para um raciocínio ser correto as premissas devem ser verdadeiras e devem ser primeiras, ou seja, não têm necessidade de serem demonstradas, é o silogismo científico.

O conceito de pobre reduz-de, para o senhor deputado, apenas aos que ele diz votam no PS?

Se formos pela lógica e fazendo humor poderemos construir silogismos deste tipo:

Eu votei no PS, 

Segundo o IL os que votaram no PS são pobres e desesperados,

Logo eu sou pobre e desesperado.

Mais um:

A pobreza de muitos segura o PS ao poder,

Eu sou pobre,

Logo seguro o PS ao poder.

 

Senhor deputado do PIL, por favor, não goze com o povo!

Ora, dizendo-se o IL liberal a cem por cento, e diz apoiar a meritocracia e o acesso de todos ao empreendedorismo e supostamente à riqueza acessível a todos pela redução do peso do Estado, dos impostos, etc.., estamos a ver que, quando e se o PIL for governo, os pobres, os votantes no PS passarão a ser ricos, deixarão de ser desesperados e passarão a ser votantes no PIL.

Quem ler o programa do IL, pleno de demagogia, pode encontrar um conjunto de intenções e desejos. Tal como no conto de Aladino e a Lâmpada Mágica das “Mil e uma Noites” que, ao esfregar a lâmpada, são satisfeitos assim também o PIL (Partido Iniciativa Liberal) fará tudo acontecer. Isto é, tudo quanto lá se escreve vai no sentido de reduzir ou até eliminar a pobreza e dar a possibilidade a todos sermos todos ricos através da iniciativa e da meritocracia. O que não diz é como tencionam acabar com os pobres que, segundo eles, votam todos no PS.

É sobre este último ponto que a conceituada e experiente jornalista do jornal Público Bárbara Reis escreveu um artigo de opinião sobre as afirmações antes citadas de João Cotrim de Figueiredo, líder e único parlamentar do PIL que podem ler aqui. Na minha opinião a disparatada afirmação do dito deputado, não merecia sequer tantas linhas e espaço do jornal nem o trabalho da jornalista.

Foram escritos vários comentários críticos ao artigo de opinião de Bárbara Reis, poucos elogiando, outros atacando. Para quem tiver tempo e paciência para ler transcrevo-os a seguir na íntegra, sem qualquer alteração, mesmo a ortográfica, apenas os nomes dos que os publicaram foram omitidos.

  • 11.2019 00:53

As contas que foram feitas no final são completamente ridiculas e com o objectivo de atirar areia para os olhos dos leitores. O que interessaria saber seria como cada categoria profissional vota (e isto assumindo assim de repente que há categorias profissionais com mais pobres vs ricos). Interessava sim saber da categoria do operariado qual a percentagem que votou PS vs a percentagem que votou PS na categoria de empresários. Nem sequer sabemos a percentagem global de cada categoria no total da população, como podemos sequer fazer as contas de que percentagem votou no partido..enfim..isto é só para enganar quem quer ser enganado..

  • 11.2019 04:21

Não defendendo em circunstância nenhuma a retórica da IL, devo dizer que o que também não cola é a forma falaciosa como a autora tenta desmontar este discurso. Se o deputado da IL falou em "pobres" a autora não pode decidir comparar este termo com o esquema de classes de Daniel Oesch que não se refere a pobres, nem ricos, mas a categorias profissionais. Sabia que um arquitecto, professor, enfermeiro, e tantas outras profissões incluídas tradicionalmente no universo dos "não-pobres" chega a ganhar menos à hora que uma empregada doméstica ou um operário? Posto isto é lamentável que a autora tenha falhado redondamente a linha de raciocínio, sem confrontar quaisquer factos pertinentes, contribuindo apenas para mais desinformação.

  • 11.2019 21:17

Tanto trabalho a ler relatórios para fugir a uma evidência. Basta ver como e a quem são distribuídas as benesses em épocas eleitorais para saber onde estão os votantes que pesa

  • 11.2019 21:13

Tanto trabalho a ler relatórios para fugir a uma evidência. Basta ver como e onde são distribuídas as benesses em épocas eleitorais para ver que votos têm peso nos resultados eleitorais

  • 11.2019 19:34

Provavelmente o que Cotrim quis dizer a Costa foi semelhante ao que Palme disse a Otelo, quando este lhe disse que o 25 abril tinha sido feito para acabar com os ricos. Olof Palme respondeu que na Suécia estavam mais preocupados em acabar com a pobreza e os pobres. Se Costa fosse o alvo da pergunta de Palme, provavelmente responderia que Portugal cresce acima da média europeia. Ao que o culto e desconfiado Palme, depois de consultar uns números, perguntaria talvez porque razão o nosso país cai nos últimos 4 anos no rendimento per capita, descendo uma posição todos os anos e estando já em antepenúltimo lugar... não sei que resposta daria Costa/Otelo a Cotrim/Palme... A chatice são os números :-/

  • 11.2019 20:39

parece-me sensato iniciar-mos uma sessão conjunta de telepatia para apurarmos com precisão o que vai na tola sizuda do Cotrim....hemmm!??

  • 11.2019 19:34

Provavelmente o que Cotrim quis dizer a Costa foi semelhante ao que Palme disse a Otelo, quando este lhe disse que o 25 abril tinha sido feito para acabar com os ricos. Olof Palme respondeu que na Suécia estavam mais preocupados em acabar com a pobreza e os pobres. Se Costa fosse o alvo da pergunta de Palme, provavelmente responderia que Portugal cresce acima da média europeia. Ao que o culto e desconfiado Palme, depois de consultar uns números, perguntaria talvez porque razão o nosso país cai nos últimos 4 anos no rendimento per capita, descendo uma posição todos os anos e estando já em antepenúltimo lugar... não sei que resposta daria Costa/Otelo a Cotrim/Palme... A chatice são os números :-/

  • 11.2019 18:47

Senhora jornalista Bárbara Reis, como se atreve a escrever dois artigos a malhar no IL! Muito grato lhe ficaria, a auscultação dos tais cientistas, relativamente à caracterização dos pobres deste país. Pense nisto: temos pobres em Portugal, que só o são, porque vivem neste país socialista. É inadmissível que uma pessoa que trabalha oito e mais horas diárias, viva pobremente.

  • 11.2019 17:06

Esses Pobres são Incultos se soubessem Votar levavam o Cartão Vermelho

  • 11.2019 20:09

são os chamados pobres de espirito. desde que elegeram o illuminati Socrates que acredito no infindável bom senso do povo. outros portentos tb foram escolhidos, como Cavaco. mas é o povo quem mais ordena...isto é...45 % do povo porque os restantes 55% gostam tanto do actual sistema q nem sequer votam.

  • 11.2019 16:26

O Sr Figueiredo prestou homenagem à imbecilidade. Não é coisa pouca.

  • 11.2019 16:14

...o populismo combate-se com factos e argumentos sustentados neles...BR, como sempre muito lúcida, é um gosto lê-la.

  • 11.2019 16:10

Muito bem, Bárbara. Apenas gostaria que o sr. João Cotrim, nos falasse do milagre liberal no Chile, como exemplo de criação de uma sociedade sem pobres.

  • 11.2019 20:31

a Michele Bachelet é uma perigosa neo-liberal. é tão nice saltar uma geração ou duas.

  • 11.2019 20:56

O Chile foi transformado num "paraíso" neoliberal durante a ditadura de Pinochet. Foi tudo privatizado: educação, saúde, segurança social, tendo os trabalhadores perdido ficado sem quaisquer proteções laborais. Michele Bachelet não mudou nada. Foi totalmente conivente com o sistema instalado. Os chilenos estão fartos do seu "paraíso".

  • 11.2019 21:17

olhe que não, olhe que não!! quando o preço de cobre aumentou nos por volta de 2008, Michellet investiu os fundos dai resultantes de forma muito sensata: primeiro, criou um fundo almofada que permitiu ao Chile escapar á crise financeira global de 2008 e, além disso, investiu fortemente em pensões para os idosos, programas de assistencia social e um pacote de medidas para estimular o crescimento econóomico. ela reduziu o desemprego e a pobreza e melhorou dramaticamente a educação infantil. é por estas e outras razões que foi fenomenalmente popular... não diga mentiras. vários esquerdistas europeus elogiaram-na.

  • 11.2019 15:54

Vê-se que a Iniciativa Liberal já incomoda o PSV (Pinho, Sócrates e Vara) bem como a CS que os apoia, patrocina e catapulta.

  • 11.2019 15:49

Tenho a dizer que foi graças a alguns artigos da Bárbara Reis que votei IL. De facto, pode -se escolher algo com dois raciocínios: “se uma pessoa daquelas gosta , deve ser bom”. Ou: “se uma pessoa daquelas detesta, deve ser bom”. Percebida a minha situação, imagino que esta sua persistência já tenha arregimentando mais uns quantos potenciais votantes. Continue o bom trabalho.

  • 11.2019 15:38

De facto o PS não é o partido dos pobres, é o partido dos penduras. Pendura, em ciência politica, é aquele que, pobre ou rico, viva à custa dos outros.

  • 11.2019 17:28 Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdade

Nem mais.

  • 11.2019 15:22

Pobres? O socialismo nao acabou com a pobreza em Portugal? Ou quer é acabar com a riqueza?

  • 11.2019 14:56

Na politica não interessa a verdade mas sim o que se diz e o momento.O novel deputado da IL já aprendeu, depressa, a cartilha. O importante é dizer qualquer coisa para as TVs...

  • 11.2019 13:59

O PS não é o partido dos pobres, de facto. É principalmente o partido dos funcionários públicos e daqueles (em número muito maior) cujos rendimentos vêm directa ou indirectamente do Estado. Isto é um problema para a democracia, porque o PS é dominante na máquina do Estado, que deve supostamente ser imparcial. Quando o PS consegue dominar também a banca e a imprensa, como nos anos Sócrates, adquire um poder sinistro e praticamente sem controlo. [Escrevi este comentário há quatro horas, seria o segundo do dia por acaso, mas ainda não apareceu aqui, embora apareça no meu perfil. Um mistério.]

  • 11.2019 14:55

Fake News

  • 11.2019 12:27

Obrigada senhora jornalista por repor a verdade. Uns apresentam factos, outros frases bombásticas que no incêndio que agora se vive nos média e redes sociais até colam. Aliás a Iniciativa Lacoste deve grande parte da sua votação a esse tipo de frases feitas e em cartazes de puro marketing.

  • 11.2019 14:11

Aplaudo o escrutínio mas receio detentores da verdade.

  • 11.2019 11:31

Tenho um amigo que baralha qualquer análise sobre a propensão do voto. É Monárquico e leva um modo de vida aristocrático, veste-se a rigor para as refeições servidas em baixela de porcelana e copos de cristal por uma empregada e depois vota no Partido Comunista. Também conheço alguns pobres, Investigadores com grande capital social porque são Doutorados e estão no desemprego ou na precariedade e esses não votaram PS.

  • 11.2019 13:21

Não há ciência do particular...

  • 11.2019 11:15

Pessoalmente, acho que os pobres em Portugal não existem como suporte de qualquer dos partidos que têm estado no governo (PS e PSD). São, antes, uma consequência natural do tipo de governação imposta a esses governos por força da adesão à UE. Quando se sabe que a economia é mantida praticamente em "crescimento zero" propositadamente, com todas as consequências que daí derivam, então a pobreza em Portugal é um claro efeito secundário das políticas implementadas. Agora, se esse efeito secundário (pobreza) é aproveitado para beneficiar alguém, julgo que esse alguém poderia ser mais facilmente um qualquer partido de esquerda, mais defensor dos pobres.

  • 11.2019 11:08

Obrigado Barbara Reis, eu como votante na IL, venho agradecer-lhe a escalpelização - em sentido positivo - que em dois artigos dedicou á IL. A minha opção de voto na IL, identifica-se com os principios da valorização competitiva - quem organiza e controla eficientemente a sua actividade economica, perspetivando o lucro (não conheço empresas privadas que sobrevivam com prejuízos), adoptando uma politica de valorização dos seus colaboradores e remunerando em função da riqueza criada, pois hoje só sobrevivem empresas que tenham estes principios. Foi este tipo de exigencia que encontro no discurso da IL, o seu programa não sendo um primor nas referencias á organização da sociedade, tem bons principios e concerteza será melhorado pois reonheço-lhes capacidades para corrigir o que promova injust

  • 11.2019 15:20

Não conhece empresas privadas que sobrevivam com prejuízos?!... Ah, ah, ah! Boa piada! Basta olhar para as empresas que controlam os meios de comunicação social. E sabe, não sabe, porque não fecham mesmo a acumular prejuízos?... E também deve saber que a situação estaria ainda pior se não houvesse umas "empresas amigas" que lhes compram publicidade inútil. Tanta "ingenuidade"...

  • 11.2019 10:50

Não cola? Vamos então ao que este jornal publicou em 7 Outubro 2019: "Quem vota em quem? Breve análise ao perfil dos concelhos onde os partidos se destacam" 1. PS mais forte nos concelhos com menor poder de compra Os concelhos onde o PS obteve resultados mais altos registam um poder de compra inferior à média nacional, com um ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem de 950 euros (inferior ao valor médio registado no país, de 1108,56 euros). Têm também mais trabalhadores da administração local do que a média (por cada 1000 habitantes há 13,21 funcionários das câmaras ou juntas de freguesia, enquanto a média nacional é de 11,62 funcionários por cada 1000 habitantes). E ainda um número mais elevado de escolas, embora a escolaridade esteja abaixo da média." A realidade é esta

  • 11.2019 14:18

Mas hoje estava com vontade de mandar palminhas ao PS

  • 11.2019 10:46

E o argumento de que o Bloco central se alimenta da máquina do estado ?? Acho que isso já cola melhor !!

  • 11.2019 10:45

Então somos um país de eleitores filantropos! Obrigado pela revelação

  • 11.2019 10:39

O enviesamento do artigo demonstra-se na falaciosa pretensa aposta nos ricos para haver mais pobres quando a ideia é transformar os pobres em ricos, como dizia Lucas Pires e como demonstram os factos nos países que os emigrantes económicos pobres preferem como destino, sinal inequívoco do que realmente cola. Talvez estes últimos, pelo muito que sofreram nas suas controladas terras de origem, sejam mais listos a compreender os mecanismos da perpetuação da pobreza (dependência do estado e não do indivíduo) do que muitos jornalistas e investigadores.

  • 11.2019 10:22

Sendo benevolente, os "iluminados" da Iniciativa Liberal vivem num mundo completamente imaginado por eles, uma espécie de bolha de gente que nunca teve algum contacto de facto com a realidade em toda a sua extensão. Sendo mais realista, os "iluminados" da Iniciativa Liberal sabem que mantendo o país extremamente desigual, cultivando uma pequena minoria de bolsos cheios, enquanto o resto chafurda na miséria, irão ter o apoio dessa minoria. E aqui apoio não siginifica apenas votos, mas antes de mais lum lugar na teia de relações onde essa minoria se apoia.

  • 11.2019 09:46

Muito bem. Excelente trabalho jornalístico num espaço de opinião, que mostra que é possível sustentar opiniões com factos, sem achismos, “parece que” e pré-conceitos. Receio é que com a qualidade dos novos partidos que entraram no parlamento o Publico tenha de contratar uma equipa só para verificar as tolices que dali virão...

01.11.2019 10:50

  1. PS mais forte nos concelhos com menor poder de compra Os concelhos onde o PS obteve resultados mais altos registam um poder de compra inferior à média nacional, com um ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem de 950 euros (inferior ao valor médio registado no país, de 1108,56 euros). Têm também mais trabalhadores da administração local do que a média (por cada 1000 habitantes há 13,21 funcionários das câmaras ou juntas de freguesia, enquanto a média nacional é de 11,62 funcionários por cada 1000 habitantes). E ainda um número mais elevado de escolas, embora a escolaridade esteja abaixo da média. Jornal Público, 7 Outubro 2019

 

  • 11.2019 09:28

Excelente, Barbara. O jornalismo faz-se com fontes e conteúdos.

 

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publicado às 19:05

A guerra do trono no PSD

por Manuel_AR, em 11.10.19

PSD_guerra do trono.png

O PSD não é monárquico nem tem trono, mas tem a cadeira do poder partidário como trampolim para outro poder. O lugar de líder é, por isso, muito apetecível quer pelo prestígio pessoal, quer pelo orgulho partidário e ambição pelo outro poder, o que lhe pode conferir o apetecível lugar de primeiro-ministro do país.

Rui Rio é um social democrata convicto cujo pensamento e dinâmica não são compatíveis com neoliberalismos e muito menos com obsessão pelo poder. Os neoliberais que ele varreu e que vinham do tempo do anterior líder Passos Coelho valeram-lhe muitas inimizades e oposições internas.

Essa figura sinistra que é Cavaco Silva, apresenta-se também e agora “Como social-democrata com fortes ligações à história do PSD” e diz ficar entristecido por o PSD ter perdido as eleições.  

O ex-Presidente da República Cavaco Silva manifestou-se “entristecido com o resultado do PSD nas eleições de domingo defendeu que é urgente mobilizar os militantes que se afastaram ou foram afastados, apontando a ex-ministra Maria Luís Albuquerque”. Não o diz, mas é claro que, para ele, a culpa terá sido de Rui Rio. Isto não é reconhecido por Manuela Ferreira Leite que diz que “Rui Rio não deve sair do partido, mas manter-se, até porque "está num sentido ascendente". Na SIC a antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite defende que Rui Rio deve continuar à frente do partido, considerando que este está numa "trajetória ascendente" e que impediu uma maioria absoluta do PS.

O Cavaco Silva pretende é o regresso ao passado neoliberal do partido que de social democracia nada teve.  Apesar de escrever memórias a sua deve ter sido parcialmente apagada, porque se esquece de que o PSD que Rui Rio lutou para liderar vinha já contaminado negativamente por Passos Coelho e pelo próprio Cavaco Silva. Miguel Relvas não falta à festa para enterrar Rui Rio e quer antecipar congresso eletivo. Aqui está ele de novo a desejar um títere que lhe seja propício como o foi Passos Coelho.  

Mesmo sem Rui Rio na liderança não era expectável que o PSD ganhasse as eleições. As lutas pela cadeira do poder no PSD são apenas ambições pessoais e o país ficará em segundo lugar. Não se sabe ainda o que vai acontecer no partido durante as próximas semanas meses, mas a alcateia esfomeada de poder vai assaltá-lo.

Rui Rio passou de uma campanha inicialmente elucidativa para outra casuística e demagógica que em nada a enriqueceu, nada conseguiu a não ser a subida de uma ligeira percentagem de votos. Não há certeza de que qualquer outro que tivesse ligações ao anterior líder e estivesse a liderar o partido conseguisse melhor resultado, nem tão pouco ganhar as eleições. Refiro-me a Luís Montenegro que está a posicionar-se para assumir o poder no partido. Esta circunstância a verificar-se teremos um PSD a fugir do centro direita ao jeito do neoliberal. Isto é, um partido à Passos Coelho versão 2.0 já que Montenegro era, na altura, o líder parlamentar de confiança.  

Assim, as críticas a que estão a sujeitar Rui Rio para justificarem a corrida ao assento do poder no PSD é uma injustiça feita ao seu atual líder que apenas se explicam pela pretensão do regresso à ideologia passado neoliberal e erradicar a social democracia e do centro direita.

O desfasamento entre a bancada parlamentar anterior vinda de Passos Coelho da qual se queixava Rui Rio não pode acontecer novamente. Um novo líder do PSD viria a lamentar-se dos deputados escolhidos por Rio. Para António Costa seria muito favorável que a oposição de direita entrasse em disputa interna.

Rui Rio na noite das eleições, terá alguma razão quando diz que fez subir aos poucos o PSD, embora trazendo para o lugar público uma campanha menos “saudável” devido ao cunho que lhe imprimiu próximo do populismo.  O que Luís Montenegro irá provocar é algo que poderá a prazo desestabilizar o partido que diz querer unir. Não se sabe é como.

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publicado às 23:41

Ditos e escritos do Facebook

por Manuel_AR, em 03.10.19

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CDS suspendeu campanhas pela morte de Amália e de irmã Lúcia, mas Cristas continua na estrada apesar da morte de Freitas do Amaral. Mudastes de ideias?... toma lá e embrulha. Assim funciona a democracia do CDS.

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Com maioria absoluta do PS ainda todos podemos conviver, sim, até a direita, com maiorias do BE e do PCP e outros de direita que há por aí é que já tenho as minhas dúvidas. Conviver com aceitação democrática.

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Como Tancos salva a direita de si própria

O homem que esvaziou o Porto como está a esvaziar o PSD - massa crítica, identidade, desígnio, lá vai carregando a caravana pelas ruas do país longe das arruadas laranja de outrora. Como no Porto, talvez estas eleições sirvam para renovar o partido, uma vez terminadas. Trazer chama e visão à liderança do PSD urge, porque é fundamental para o país que a direita se reencontre como parceira de um centro comum para esvaziar a chico-espertice saloia da ladainha populista.

Pedro Abrunhosa no jornal Público.

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Quem nos diz que, se Rui Rio fizesse tudo o que está a prometer não levaria o país a entrar numa nova crise?

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Quem é o grande inimigo do BE e do PCP? É direita? NÃO! É o PS.

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Quem é que o BE e o PCP estão a ajudar. O PSD, claro!

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O PSD agradece a ajuda do BE e do PCP!

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A advogada Ana Pedrosa foi convidada para integrar as listas às legislativas, do Partido Aliança. A santanete respondeu numa entrevista:

Tem receio de uma maioria absoluta do PS?

Honestamente, não sei se é pior uma maioria absoluta do Partido Socialista ou uma nova geringonça. Tenho muito medo de uma nova geringonça. Pessoalmente, acho que é pior uma nova geringonça. Tenho muito receio da imposição moral, da tentativa permanente de destruição de valor que tem esta extrema-esquerda que apoia o PS…. Assusta-me muito ficar refém da extrema-esquerda.

Lurdes Rodrigues no Público:

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"É pena que Tancos tenha tomado conta desta campanha eleitoral. Percebe-se: Rui Rio e Assunção Cristas precisavam de mobilizar as suas bases, bastantes desmotivadas. Caiu-lhes no colo o tema de que precisavam para dramatizar e provar ao seu eleitorado potencial que são capazes de ser bravos, acutilantes, guerreiros, que são capazes de ser oposição. E assim se foi o que as campanhas eleitorais têm de melhor."

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A coordenadora do Bloco de Esquerda é uma atriz extraordinária. Passou rapidamente do papel da ativista antissistema, revolucionária e contestatária para uma sedutora política calma e cooperante. Porquê? - Perguntam vocês. Para caçar aqui e ali uns votinhos de um ou outro indeciso ou descontente com o radicalismo de outros.

Não, ela não é falsa. Faz parte do número de teatro a que a caça ao voto a obriga. Objetivo principal, apenas um só: evitar maioria absoluta do PS.

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Tancos agora outra vez? Acham que a maioria dos portugueses são tontinhos ou quê?

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No tempo de Salazar a direita utilizava todos os meios para neutralizar e difamar quem se lhe opunha. Atualmente a direita utiliza a mesma estratégia para o mesmo efeito.

Tudo o que Rui Rio disse sobre julgamentos na praça pública caiu por terra. Ele utiliza agora o que criticou.

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A direita, PSD e CDS, e seus meninos de coro, sem nada na mão, oferecem-nos Tancos.

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Da Revista Der Spiegel:

Primeiro Ministro de Portugal António Costa.

Ele sabe como tirar um país da crise

O primeiro-ministro de esquerda, António Costa, salvou Portugal da falência. Enquanto isso, a economia está crescendo. Agora ele está prestes a ser reeleito. Qual é a receita dele para o sucesso? Por Helene Zuber

20 de setembro de 2019

Quando António Costa conhece pessoas, ele as olha diretamente no rosto e sorri para elas. Curioso, o primeiro-ministro português se aproxima de colegas como Angela Merkel, aperta as mãos educadamente antes da entrevista ao vivo na televisão, ouve atentamente os cidadãos que se dirigem às ruas para seu chefe de governo. Ele sempre parece estar de bom humor, com o olhar levemente irônico dos olhos escuros por trás dos óculos sem aro.

O simpático senador Costa, com seu governo de minoria socialista, tolerado pelos comunistas e pelo bloco de esquerda trotskista, resistiu por quatro anos - um feito que quase ninguém esperaria que ele fizesse. Como "Geringonça", a caixa de diálogo, a oposição zombou da aliança quando assumiu o cargo há quatro anos.

No entanto, embora a Espanha tenha sido eleita mais no país vizinho do que a Espanha, Costa tem um mandato bem-sucedido - e ele quer ser reeleito em 6 de outubro. Suas chances de escolha são altas

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Acho que os portugueses já se estão borrifando para Tancos. Serve só para baralhar.

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Rui Rio nas entrevistas mostra-se um exímio vendedor de algo que qualquer um não hesitaria em comprar. O que acontece é que depois o comprador ao abrir o conteúdo acabaria por verificar que o material estava com defeito e que a devolução do material tornava-se difícil.

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Acho que sim! Tudo bem esmiuçadinho para desviar o vazio apresentado pela direita.

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BE e PCP pretendem que a votação no PS seja a mais baixa possível, mesmo que os votos vão para a direita, porque assim têm mais margem de manobra para pressionar o PS para políticas mais à esquerda no contexto da assembleia da República.

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A justiça não para e é implacável. O momento e o tempo por ela escolhidos são os mais oportunos para a aplicar. O tempo da justiça nada tem a ver com o tempo da política. E ainda há quem diz mal dela.

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Há uma nova polémica no PSD. Vários deputados do partido estão indignados com a liderança da bancada parlamentar. Acusam Fernando Negrão de ter usado as suas assinaturas sem autorização e sem os ter informado.

Os visados alegam que o uso sem consentimento faz ainda menos sentido porque estava em causa um pedido de fiscalização para o Constitucional.

Em causa estão assinaturas digitais, mas os parlamentares lembram que neste caso, por se tratar de um pedido de constitucionalidade, deviam ter sido contactados.

O líder da bancada parlamentar do PSD, Fernando Negrão, já admitiu à SIC o que aconteceu. Reconhece que foram usadas assinaturas sem autorização. E que agora, a pedido dos próprios, terá de as retirar e substituir por outras.

Todos os detalhes desta história no Polígrafo/SIC, no Jornal da Noite.

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Rui Rio é um grande propagandista de feira que tem receita para todas as maleitas.

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Então Dr. Rui Rio, punir jornalistas que condenem e tragam para a praça pública o que é da justiça! Onde está a a coerência? Ah! Pois! Isso é só às terças e quintas.

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Rui Rio se ganhar podem esperar pela pancada!

Rui Rio e o rigor das finanças públicas. "Faria igual a Maria Luís Albuquerque, ou pior"

Frase foi dita na reunião da bancada do PSD. Ao Observador Rio explica: perguntaram-lhe se ia haver mudança de rumo, respondeu que rigor nas contas era para manter. "Notícia seria dizer o contrário" (2017).

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Devo ter-me equivocado ao ler os programas da direita. Porque na campanha só os oiço falar em Sócrates, Tancos e laços familiares e nada de propostas! Ou, vá lá, pelo menos promessas mesmo que sejam inexequíveis.

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Sem uma maioria muito significativa do PS fica-se novamente na dependência das esquerdas BE e PCP com as inerentes dificuldades de governação e pior do que a geringonça, ou então caminha-se para ficar na dependência da direita.

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Ira para o Governo e encontrar contas certinhas era tão bom não era?

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As outras famílias (A confirmar).

Famílias.png

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Mas, afinal, quem está o BE e o PCP a combater, a direita PSD+CDS ou o PS?

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Que raio de esquerdas BE e PCP são estas que parecem estar a favorecer a direita!

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Mas ainda há quem acredite nas patranhas de Rui Rio e no vazio das suas propostas?

É verdade já me esquecia, tem as propostas de Tancos!

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"O candidato melhor colocado para vencer é o que conseguir convencer o eleitor de que as suas promessas correspondem aos seus interesses e são para cumprir. A “mentira tem pernas curtas”!.

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"João Almeida, na qualidade de deputado do CDS, no programa “Prós e Contras” de 23 de outubro 2013, culpou os eleitores pelo facto dos partidos que ganham eleições mentirem durante a campanha eleitoral.

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Na opinião do candidato do CDS na coligação “Portugal à Frente” pelo círculo eleitoral de Aveiro, “se os partidos dissessem a verdade aos eleitores, e afirmassem que iriam cortar salários e pensões de reforma, aumentar os impostos perderiam as eleições”.

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Ao concluir o seu raciocínio afirmou: “os eleitores obrigam-nos a mentir”, disse uma vez Almeida do CDS.https://www.diariodaregiao.pt/…/a-dificil-arte-de-conquist…/

Promessas eleitorais.png

Sobretudo as que ele sabe à partida que são impossíveis de cumprir. Talvez endividando mais o país gastando as reservas conseguidas. Ou será que vai ser um despesista sem critério como acusava o PS no passado o PSD ?

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Em memória do CDS

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Alfredo Barroso

29 de setembro às 11:55

QUANDO A ASSUNÇÃO CRISTAS FALA, PARECE-ME ESTAR A OUVIR O ANÚNCIO DA "NUTRIBALANCE" QUE TONIFICA E EMAGRECE (O CDS?)...

Não sei se já ouviram aquele anúncio da "Nutribalance" em que várias donas de casa - com aquele tom de voz mavioso e sabichão da líder do CDS-PP numa prova oral de Direito - testemunham os bons resultados do método tão 'tonificante' de 'emagrecimento', o qual, neste caso do CDS-PP, já está nos 3,6% de intenções de voto nas sondagens... - A.B.

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O CDS PRODUZ E DIVULGA NOTÍCIAS FALSAS

Os senhores da campanha do CDS enviaram para os jornalistas por Whatsapp mensagens a dizer que Rui Moreira do Porto ia apoiar o CDS e os jornais publicam sem confirmar? Será que os senhores jornalistas já pactuam com "fake news"? Rui Moreira já desmentiu. Mas os media não deram a esse desmentido o mesmo relevo à notícia. Depois há jornalista que ficam todos ofendidos quando os contrariam.

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Rui Moreira não vai à Casa da Música

Rui Moreira acaba de negar, no Facebook do PÚBLICO, a notícia de que esta noite estará ao lado de Assunção Cristas num espectáculo da Casa da Música. "É falso. Nunca apoiei o CDS e não vou apoiar o CDS. Aliás, não vou logo à Casa da Música. Não fui consultado sobre esta notícia", escreveu o presidente da Câmara do Porto. A informação foi enviada a meio da tarde pelos órgãos oficiais do CDS, por Whatsapp, para todos os jornalistas que acompanham a caravana do partido.

Apesar de ter enviado a informação, o CDS faz questão de clarificar que nunca anunciou a ida de Rui Moreira ao espetáculo, com Assunção Cristas, como um apoio formal à líder. No entanto, o gesto - vindo de um autarca que estabeleceu uma coligação pré-eleitoral com o CDS na Câmara do Porto - tem um significado político.

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Onde é que Rui Rio foi desencantar esse tal super cérebro das finanças que nunca apareceu em lado nenhum e que Rui Rio foi retirar por detrás do biombo das arrumações?

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Será que Rui Rio e o seu fiscalista, desculpem economista, ou sabemos lá o quê), teriam estofo para se baterem junta da UE por Portugal ou, se ganhassem, iriam para lá encher pneus como o fez Passos Coelho?

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O senhor génio das finanças de Rui Rio que ainda ninguém viu nem ouviu (ou estarei enganado?) não é aquele que foi assessor de Cavaco?

 

 

 

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publicado às 13:11

Eleitores_Indecisos.png

O “grande apelo aos indecisos para colocar o PS no poder” feito pelo candidato às eleições na Madeira parece não ter resultado.

No continente, à medida que se aproximam as eleições legislativas de outubro, as sondagens mostram um elevado número de indecisos. O impacto dos indecisos aumentou entre agosto setembro (de 19,6% para 28,4%) é muito importante nos resultados eleitorais em eleições com grande nível de competição e podem contribuir se forem em grande número para fazer oscilar as previsões eleitorais. Mas quem são estes cidadãos, potenciais eleitores, e qual o seu perfil? Pode ver em: Campanha eleitoral e Debates. Comentário e opinião.

A indecisão eleitoral tem um significado e implicações relevantes em democracia. Devido às características dos indecisos as suas preferências e a sua instabilidade relacionam-se com uma menor participação e uma menor satisfação com o sistema político sendo muito importante no que respeita aos resultados eleitorais quando nas eleições mostram uma grande competição e uma tendência para uma maior dispersão do voto.

Assim, os indecisos são o alvo principal da ação de campanha eleitoral dos partidos na tentativa de os influenciar e condicionar as suas escolhas.

Podemos considerar, à exceção dos que militam num partido, dois tipos de eleitores: os determinados e os indecisos.

Os determinados ou resolutos como não conhecidos nos estudos da sociologia eleitoral podem ser assim caraterizados: os ideologicamente convictos e os seguidores partidário do tipo clubístico que em qualquer circunstância o seu voto é sempre, ou quase sempre, no mesmo sentido; os que variam o seu sentido de voto em função das circunstâncias que os afetaram direta ou, indiretamente, aquando da ação governativa do partido em que votaram; os que votam emocionalmente num partido pela simpatia ou pelo efeito presença, nomeadamente o aspeto físico do líder do partido candidato a primeiro ministro; os que transformam o seu voto numa forma de protesto face a antecedentes governativos e também ideológicos; os que conscientemente conhecem as estratégias, os programas e as propostas dos partidos e que traduzem a sua vontade no voto racional.

No segmento dos indecisos do eleitorado há os que se mantêm nesta atitude até ao momento da votação e baseiam a sua escolha eleitoral numa lógica aleatória, numa componente racional utilitarista ou numa dimensão mais afetiva. A indecisão pode ser fruto de uma maior apatia e distanciamento em relação ao envolvimento político. São eleitores muito permeáveis às campanhas partidárias. A falta de identificação partidária e ideológica reforça a indecisão da escolha eleitoral e estão mais sujeitos à persuasão pelas campanhas dos partidos.

A persuasão política e a propaganda são formas de influência social, são dois conceitos importantes na psicologia política e social que nos ajudam a compreender as complexidades do comportamento político. Podemos definir persuasão como um processo simbólico no qual os comunicadores tentam convencer outras pessoas a mudar suas atitudes ou comportamentos em relação a uma determinada situação através da comunicação de uma mensagem num contexto de livre escolha. É então um processo que tenta mudar a atitude, as crenças e os comportamentos dos sujeitos. Os partidos políticos para captarem as várias vontades dos eleitores utilizam a persuasão e a propaganda para atrair para sua esfera os eleitores que ainda não tenham uma opção.

Por sua vez a propaganda é a forma de comunicação utilizada por organizações ou pessoas para disseminar pensamentos e doutrinas, geralmente religiosas, ideológicas ou políticas. A propaganda quando aplicada com conotação negativa pode ser definida como  disseminação de ideias, informações ou boatos com o objetivo de ajudar ou prejudicar uma instituição, uma causa ou uma pessoa, ideias, factos ou alegações difundidas deliberadamente para promover a causa de alguém ou danificar uma causa oposta.

Em campanha eleitoral a propaganda abrange as ações que visam atrair seguidores ou influenciar a atitude de potenciaos eleitores. Ela busca convencer o público a adotar uma determinada atitude ou a aderir a um grupo ou ideologia particular. É também através desta estratégia que os partidos centram a sua campanha para atrair os indecisos.

“Nas últimas décadas, as democracias ocidentais testemunharam um aumento na proporção de eleitores que fazem sua escolha eleitoral no final da campanha”, Explaining Time of Vote Decision, Simon Willocq (2018).

Estudos efetuados há alguns identificaram os indecisos como eleitores sujeitos a influências contraditórias no que se refer às características sociodemográficas, atitudes políticas, como por exemplo opiniões divergentes com a família, vizinhos ou amigos e também a influências religiosas resultantes de conflitos e atitudes políticas divergentes. Foram identificados Por exemploonde se identifica um conflito entre a identificação partidária de um indivíduo e outras atitudes políticas, isto é, estes eleitores sentem-se próximos de um partido ou candidato, mas também gostam de algumas propostas de outros partidos, o que pode ser confirmado no artigo da Oxford University  Ambivalence and the Partisan Perceptual Screen.

Os eleitores indecisos são, de facto, muito voláteis e imprevisíveis. Na minha opinião um discurso político específico direcionado apenas a atrair aquele tipo de eleitores pode condicionar negativamente a atitude política de outros mais determinados na sua escolha. Normalmente o efeito da pressão sobre os indecisos pode levar a adiar a escolha de voto devida ao desconhecimento dos mecanismos internos para resolução deste conflito. Não são eleitores indiferentes ou neutros nem com falta de opinião, acontece que as suas opiniões entram em conflito com os seus critérios de avaliação.

Têm sido feitos estudos que associam este tipo de eleitores a terem uma baixa formação, menos interessados na política, com um menor nível de informação política e um nível cognitivo muito baixo e tendem, sobretudo, a reforçar as escolhas do passado. O nível baixo de informação dificulta decisões baseadas em determinantes básicos como proximidade partidária, avaliação do governo ou da economia, posição dos partidos no eixo do espetro ideológico.

Acontecimentos de segunda importância que tentam por vezes obscurecer o essencial do debate político sério durante as campanhas eleitorais, assim como temas supérfluos que surgem nos media obscurecerem também, pelo menos temporariamente, o esclarecimento sobre as propostas partidárias e resultados da governação causam entropias que confundem os pouco convictos da sua opção eleitoral.

Estudos sobre os fatores que determinam o fenómeno da indecisão eleitoral podem ajudar os partidos a operacionalizar a suas campanhas eleitorais dirigidos ao segmento dos indecisos, sobretudo quando as sondagens nos indicam elevados níveis daquele segmento.

Um outro fator a ter em conta é que, de acordo com os mesmo estudos, os paradigmas que têm explicado o comportamento dos eleitores não se aplicam ao comportamento eleitoral do eleitorado indeciso.[1]

A aleatoriedade e a imprevisibilidade são características de quem toma decisões apenas durante a campanha eleitoral. A indefinição ideológica e a não identificação com um partido político são os traços dos indecisos sem, contudo, ser uma caracterização unívoca do perfil deste tipo de eleitores.

Análises empíricas dos eleitores indecisos no caso português apontam para que são os indivíduos mais apáticos, mais distantes da área política e menos participativos para este raciocínio basearam-se na idade, na ideologia, na falta de identificação partidária e na falta de interesse pela política e, ao mesmo tempo, pela combinação de elevados níveis de educação, embora tal não tenha sido comprovado.

A indecisão não se caracteriza por ser um eleitorado homogéneo ele faz parte da heterogeneidade que é o eleitorado geral que não difere pelas características sociais, mas distingue-se principalmente pelas atitudes políticas.

[1] Lisi, Marco, 2010; idem, 2019; Freire, André et al., 2007; Simon Willocq (2018); Russell J. Dalton*

Ian McAllister** Martin P. Wattenberg ;

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218738858V5xST4bl7Mk14EP6.pdf

 

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publicado às 17:55

UM PERFIL DE RUI RIO E O OPORTUNISMO DO BE E DO PCP-PEV
- uma confissão política de ALFREDO BARROSO

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... o que mais me dói é ver o BE encostar-se ao PCP-PEV e às direitas, dirigidas por demagogos de meia-tigela como Rui Rio e Assunção Cristas.

O que sinceramente mais me impressiona quando vejo e oiço Rui Rio a barafustar na televisão, é que o seu discurso político tem a espessura duma lâmina barbear, a subtileza dum tijolo e a consistência do puré de batata. Dá a impressão que ele se fia numa péssima intuição, nos seus rancorosos instintos, e nunca no conhecimento da realidade que o cerca. Rui Rio comporta-se cada vez mais como um demagogo populista e não como um "homem de Estado". Como diria Hermann Rausching (1887-1982),«as dificuldades só existem na imaginação». Rui Rio terá compreendido que «as banalidades, quando são ditas com uma forte convicção, actuam como evidências, e nem sempre se fará a diferença entre as "grandes ideias simples" e as "pequenas ideias simplistas"». À força de simplificar ideias e conceitos, os demagogos acabam muitas vezes por acreditar que também a realidade se deixará simplificar, rectificar, negar...
Dito isto sobre o presidente do PPD-PSD, o que mais me dói é ver o BE encostar-se ao PCP-PEV e às direitas, dirigidas por demagogos de meia-tigela como Rui Rio e Assunção Cristas, para colaborarem em mais um episódio carnavalesco da farsa de Tancos, desta vez na Assembleia da República e em plena campanha eleitoral. Que vergonha!
Como pude eu estar disposto a votar no BE, supondo que iria assim contribuir para evitar a maioria absoluta do PS, quando o que agora constato é que há uma conjugação objectiva do PPD-PSD, do CDS-PP, do BE, do PCP-PEV (eiro e vezeiro nestas "conjugações"), do Ministério Público e deste Presidente da República (leiam o Expresso do passado dia 28 de Setembro), para dar cabo de qualquer Governo do PS.
Ainda acredito (cada vez menos) na hipótese das Esquerdas terem de se "conjugar" para sustentarem um Governo do PS. Mas temo que, se isso suceder, à primeira grande contrariedade política, o BE, o PCP-PEV, o PPD-PSD, o CDS-PP, assim como os principais sindicatos da esquerda (Professores, Funcionários Públicos e etc.) e da direita (Médicos, Enfermeiros, Camionistas e etc.) não hesitarão em conjugar-se outra vez, objectivamente, para permitirem que este Presidente da República dê cabo desse Governo dissolvendo a AR. Ele anda "danadinho" por fazê-lo, e só não o fará se não for reeleito...

Campo d'Ourique, 1 de Outubro de 2019

 
 
 
 
 

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