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Inflação apenas atinge alguns

por Manuel_AR, em 28.12.12

 

 

 
 

 

 

O ano de 2013 vai começar bem para os portugueses, novamente vítimas deste governo, com o aumento de preços de bens e serviços, aos quais não podem fugir, como a eletricidade, 2,8%, gás, 2,5%, transportes, 0,9%, portagens, 2,09%, as empresas de comunicações móveis, com aumentos superiores à inflação e taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde. A justificação para estes aumentos é a inflação apesar de se estimar que irá abrandar em 2013 em 0,9% de acordo com a RTP com a Lusa. Por outro lado, como são serviços e bens aos quais não podemos fugir ou de utilizar substitutos. Apesar de nos dizerem que há concorrência, então se todas aumentam os preços como escolher? Não será caso de concertação de preços? Em regime de mercado livre não nos prometeram a opção de escolha e a consequente baixa de preços?

Parece que, para o governo, a inflação é apenas sentida pelas empresas que fornecem aqueles bens e serviços e que os salários e pensões dos portugueses não têm nada que ser atualizados de acordo com a mesma taxa de inflação. O que acontece é que, devido a redução do consumo, os resultados das empresas baixaram e então haveria que aumentar os preços. Antigamente queixavam-se dos elevados salários pagos e que, devido aos aumentos salariais e de outros custos que justificavam a inflação e os aumentos de preços. Agora o que os justifica é mais uma vez a inflação que vai aumentar na formação dos preços mas não na dos salários.  

Para além dos cortes dos salários e pensões e aumento de impostos os rendimentos vão ainda baixar mais com o aumento dos preços. Não foi por acaso que foi aprovado no parlamento pelo PSD, CDS/PP e também pelo PS (a posição deste não entendi) o pagamento em duodécimos de parte dos subsídios. Como já tinha afirmado em “post” anterior a que chamei Artimanha este é um artifício para contentar os portugueses e induzi-los que a sua capacidade financeira não foi tão má quanto esperavam, que acontece é que este valor vai ser totalmente absorvido não apenas pelos aumentos que referi mas por outros que irão vir por aí. Preparemo-nos para que os subsídios a partir de 2014 ou 2015 deixem de existir porque passarão a ficar para sempre incorporados nos salários e que também justificará também o congelamento de salários durante vários anos. Continuam a enganar-nos!

Estou a fazer futurologia? Resta a esperança de que me engane, o que duvido.

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publicado às 22:30


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